Trinta e Dois

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Por Marlon

Sinto um ataque cardíaco ser meu atestado de óbito, ou , possivelmente morrer em um trágico acidente de carro.

Meus batimentos cardíacos estavam elevados, e minha respiração ofegante, meu braço direito bateu tanto contra a porta da camionete que o sinto dormente.

Olhei para o pai de Miranda que segurava o volante ao ponto de seus dedos estarem brancos, sem cor alguma, seus olhos azuis claros estavam estreitos, sua presença já era marcante, imagine com sangue nos olhos.

Não literalmente claro, mais sua fúria parecia exalar dele, Ricardo pisava no acelerador e costurava pelo trânsito com precisão de um excelente condutor. Apesar de se mostrar um pouco bruto nas curvas, o que eu achava ser de propósito pois a cada gemido de dor partido de mim um sorriso quase imperceptível surgia no rosto do meu sogro.

Ok, ele me odiava.

Isso era óbvio, mais não...

Curva, batida contra a porta, gemido, quase sorriso.

Droga eu tinha que mudar isso ou ficaria sem os movimentos do meu braço direito!

--Hum.. Tem como diminuir a velocidade? .--perguntei suprimindo a vontade de gritar quando ele passou para a segunda pista saindo de trás de uma van, passar da van, quase bater em uma moto, mas por pouco escapamos ao retorna para pista correta.

--Humpf!  Esta com medo garotinha?  Mijou nas calças ?.--perguntou em deboche.

Isso me irritou, mais controlei a vontade de dizer uma resposta espertinha que aumentaria à má impressão que ele estava tendo de mim, controlei a respiração antes de falar.

--Não, é não. Só não estou afim de deixar Miranda viúva. Porque primeiro, já reparou na quantidade de homens que ficam cercando ela ? Se casada vem esse absurdo imagine viúva! Vou viver cem anos espantando esses abutres.- prometi

Vi pelo canto do olho um sorriso aparecer no meu sogro brevemente antes de desaparecer.

-Ah eu sei como é, tenho duas filhas se não sabe.-- disse ele depois olhou para mim, antes de voltar sua atenção na estrada.

Percebi mas não comentei nada quando a velocidade diminuiu, engoli em seco. Primeiro nível concluído, agora só faltava passar pelo quê quer que ele esteja planejado.

Os minutos seguintes passaram sem um quase acidente, felizmente meu braço sobreviveu à condução do meu querido sogro.

Notei também quando a camionete diminuiu ainda mais à velocidade até parar por completo, olhei para o estacionamento e vi quatros homens enormes, normalmente eu me considerava alto com meus um metro e oitenta e cinco, mais aqueles caras eram de dois metros ou um metro e noventa, dois deles com aparência de motoqueiros barra pesada, com vestes pretas e casaco de couro, ambos usando óculos escuros, e a famosa barba espessa.

Os outros dois eram um cara mais corpulento, sua careca parecia concentrar a luz daquela tarde, fiz uma lista mental de não fazer piadinhas de sua careca brilhante, tanto porque era bom sempre ter bom senso, e também por que este careca estava me encarando dando socos em sua outra mão aberta, com certeza imaginando meu rosto sendo sua palma, o outro homem ao lado do careca era mais magro, com um óculos de aviador, seus cabelos grisalhos deletava sua idade chuto uns quarenta, e ele seria o mais normal daquele quarteto se não estivesse em roupas camufladas e uma arma em mãos.

Ok.

Devo me considerar em perigo?

--Saia do carro.--a ordem dada por meu sogro me despertou de meus devaneios.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora