Capítulo 21

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Christian Charles:

Ela escapou. Simplesmente... passou pela porta e fugiu. Escuto quando Mário diz: Oi. Quem é você?

Que droga ele pensa que está fazendo?

— Mário, o que você está fazendo aqui? — cerro os punhos. Que merda!

— O que tá rolando? Sente fetiche por empregadas? — solta uma risada. — Ela deixou cair isso aqui.

Ele me entrega minha chave. Como ela consegui pegá-la sem que eu... Ah. Lembro que eu a deixei na jaqueta. Porcaria!

— Vamos. Me convida pra participar também!

— Não é nada disso que você está pensando, imbecil. — digo rápido. Depois acrescento: — E mesmo se fosse, eu não te convidaria.

— Se isso não é o que estou pensando, o que é, então?

Suspirei.

— Você não respondeu minha pergunta! — vociferei.

— É sexta-feira, cara! Quero dizer, acho que já é sábado. São... — consultou seu celular. — Duas e vinte. Vim te chamar para saírmos, beber um pouco. Mas parece que você tá bastante ocupado. — ergueu uma sobrancelha.

— Depois te conto melhor o que significa tudo isto — fiz um gesto com a cabeça para que ele me seguisse. — Vou procurá-la. Vigie eles para mim. — apontei para os quatro no chão. Por que será que ele não se surpreendeu?

— Quem são? — perguntou, enrugando a testa. — São aliados do Rodrigo? — o tom de sua voz, que antes estava divertido, ficou bastante irritado.

— Acha que eles têm cara de mafiosos? — franzo a testa.

— Não. — responde sorrindo.

Quando eu estava prestes a colocar o último pé para fora, ele pergunta:

— Tá me achando com cara de babá? Eu vim aqui te chamar pra curtir a noite de sexta, quero dizer, sábado, é noite de sábado ou manhã de sábado? Não importa. E você quer que eu cuide deles?

— Quero! — ameacei.

Ele os observou bem.

— Por que deu um tiro de raspão em cada um?

— Vai se foder com suas perguntas! Não ferre com tudo, tá legal? Ou eu mato você. — ele pareceu não acreditar. — Estou falando sério. Muito sério. — lancei meu último olhar de aviso para ele e o notei tenso.

Liguei a lanterna do celular para que fosse melhor de encontrá-la e comecei a correr. Ela já devia estar longe, mas não tanto.

Observei bem o caminho e vi que ela deixou um rastro por entre os matos pequenos que cresciam, além dos galhos das árvores quebrados no chão.

Se ela pensou em me enganar, seguiu para a direita ou a esquerda. O que é uma puta de uma péssima de ideia. Porque no lado direito tem um lago, e no outro... Ah, não. Espero que ela tenha ido para o lago ou seguido em linha reta.

Violeta (Completo/Revisado)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora