Trinta e Seis

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Quarta- feira

Eu estava ansiosa, nervosa um tumulto de sentimentos sem fim. Não dormir direito aquela noite, então ali estava eu mordendo meu polegar.

Eram cinco horas da manhã e Marlon tinha acordado para me fazer companhia, e após passar 45 minutos conversando com minha barriga ele tinha parado para ficar me encarando.

A luz pálida daquela madrugada sequer perpassava as cortinas, mas apesar do silêncio que durou pouco eu soube o porque meus olhos não quiseram fechar e ter um sonho tranquilo.

Porque hoje era o dia.

O Dia, em que faríamos a consulta com à doutora Diana Watson, e tiraria a ultrassonografia.

Sabe aquele silêncio? Forá quebrando com Marlon quê não parou de encher meu saco dizendo o quão animado estava, e me perguntando quê sexo o bebê teria.

Como se eu fosse saber!

Ele estava tagarelando tanto sobre aquilo aquela madrugada, que me estressei ao ponto de gritar.

-POR ACASO TENHO UMA BOLA DE CRISTAL? COMO É QUE VOU SABER PORRA?

Respirando ofegante, vi Marlon piscar indiferente para minha explosão, logo em seguida sorriu dando uma suave beliscada em minha bochecha fazendo eu balançar minha cabeça de um lado e outro enquanto dizia com uma voz melosa.

--Ooow o primeiro surto da gravidez dela,como é fofa braba meu desu!

Bati em sua mão querendo socar sua cara, mas ele rolou sobre mim quase me esmagando na cama, seu rosto enterrado na curva de meu pescoço enquanto sua mão deslizava por minha coxa afastando minha camisola de seda pêssego para baixo e repentinamente rouco perguntou .

--O que será que posso fazer para diminuir sua raiva bebê? .

Ele não esperou eu responder, seus beijos e mãos logo fizeram o resto, meu corpo se tornou febril, molhada e eu gemia implorando por alívio, pouco tempo depois ele estava com sua boca em minha boceta...

Nem preciso dizer que esqueci rapidinho minha raiva...

(...)

A consulta aquele dia seria no horário do almoço para não atrapalhar com o trabalho, já era a quinta vez que ia ao banheiro desde os vinte minutos, minhas mãos estavam suadas enquanto digitava no meu computador,Fernanda estava ao meu lado aprendendo uma nova forma de fazer um contrato sofisticado e simples para quê pudesse fazer sem que se atrapalhasse toda com a fonte e qual modelo usar.

Nos dias em que se passaram desde o anúncio no jornal, o pessoal da empresa me encaravam estranho e quando eu chegava em qualquer sala eles paravam de falar e ficavam me olhando.

Não que eu me importasse; sabia que isto viria acontecer no instante que concordei com Marlon em tornar público nosso casamento.

Paula do Rh me lançava um olhar debochado e invejoso, era só isso mas ela não dizia mais besteiras, desde que Fernanda tinha passado uma resposta afiada para ela; a mulher ficou quieta.

Lembrei-me do dia em que aconteceu, eu estava no restaurante bar comendo meu almoço com Fernanda depois de Marlon sair com Brad, ele não me disse porque, mas não era nada relacionado com o trabalho.

Porém não insistir em perguntar, sabia que ele logo me diria, então lá estava eu com Fernanda batendo um papo divertido, e descontraído quando a Paula e sua amiga Sofia chegaram com seus narizes em pé,toda pomposa com suas roupas de marca e decotes chamativos que apelavam por atenção, elas assim que nós virão bufaram antes de caminha para a mesa atrás da nossa e se sentarem.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora