Capítulo 4

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Priscilla acordou, mas Natalie não estava ali com ela. Então ela se levantou e foi procura-la. Ela parou quando escutou Natalie em uma ligação e muito nervosa, discutindo com alguém.

- Você não tem o que fazer? Cuida da sua vida, não tenho nada a ver com os seus problemas, suas loucuras. Vai procurar alguém da sua laia. Me deixa em paz, se não vou levar o caso a polícia. – diz Natalie nervosa e desliga o celular.

- Oi, tudo bem com você? O que ouve, tem algum problema? Me fala, quem sabe eu possa ti ajudar. – diz Priscilla.

- Não se preocupe comigo, essas pessoas vivem me fazendo ameaças, mas nunca conseguem o que querem. Me assustar para que eu não leve um caso adiante, ou por ai afora. Não tenho medo e nunca terei. – diz Natalie.

Elas então saem para fora para poderem respirar um pouco e Natalie se acalmar.

- Tá tarde, preciso ir embora pra casa. Amanhã irei trabalhar cedo. – diz Priscilla.

- Vamos comer uma salada leve, e eu ti levo embora, tudo bem? – fala Natalie.

Elas então comem, e Natalie leva Priscilla embora, ela vai orientando o caminho, logo chegam ao apartamento de Priscilla.

Priscilla pede para o porteiro abrir o portão para Natalie entrar, e estacionar o carro ao lado do seu.

- Vem vamos subir, vou ti mostrar onde moro, não é como a sua casa, mas dá pra me virar bem. – diz Priscilla.

Elas entram no elevador, e começam a subir, o apartamento de Priscilla fica no 20º andar, ou seja, na cobertura.

- Entra e fica à vontade. Não é tão grande como a sua casa, mas é bem aconchegante. Vou pegar algo pra tomarmos. – fala Priscilla.

Natalie foi até a porta de vidro que dava para a cobertura, lá tem mesas e cadeiras, churrasqueira, piscina e vestiário com banheiro. Ela se encostou na mureta admirando a vista. Ela estava tão distraída que nem percebeu a chegada de Priscilla atrás dela.

- Linda essa vista né? – diz Priscilla perto de seu ouvido.

Natalie se assusta com uma sensação estranha que lhe deixa como se tivesse com borboletas no estômago. E fica de frente para Priscilla, onde seus olhares se encontram. Ela olha para aboca de Priscilla com um desejo louco de lhe dar um beijo. Mas como num estalar de dedos, ela acorda do transe.

- Nossa, essa vista é maravilhosa, você é privilegiada. – fala Natalie disfarçando o clima de antes.

- Vem vamos tomar um vinho, peguei uns petiscos pra acompanhar. – fala Priscilla indo até a mesa.

Elas sentam nas cadeiras ao lado da mesa, tomam vinho, comem os petiscos e ficam conversando por um tempo sobre elas.

Priscilla está sem ninguém a algum tempo, pois seu trabalho lhe toma a maior parte do tempo. Então decidiu trabalhar e não pensar em nada que pudesse lhe desviar a atenção. A não ser que o amor aparecesse de uma forma diferente. Ela olha para Natalie de uma forma que a deixa sem graça.

Então Natalie conta que não quis se envolver com ninguém ao perder seus pais. Se dedicou aos estudos sem pensar em vida pessoal. Dedicou sua vida a alcançar a justiça. Apesar de ainda não ter feito a justiça valer sobre a morte de seus pais. Mas ela ainda tem esperanças disso se realizar.

- Já está tarde, preciso voltar para casa, foi muito bom termos conversado, adorei esse final de semana. E se cuida capitã. – diz Natalie se despedindo.

- Vamos marcar para sairmos um dia desses? – diz Priscilla.

- Me liga capitã, e combinamos um jantar, ou um cinema. – diz Natalie.

Priscilla então se aproxima dela e a beija no rosto. Mas, Natalie chega a ficar sem fôlego, pois achou que ela iria lhe roubar um beijo na boca.

Meus Deus Natalie, que pensamentos são esses, melhor ir pra casa e tomar um banho frio e dormir.

Natiese - Na trilha da justiça - por Maria Cristina VivancoOnde histórias criam vida. Descubra agora