Junhui me ignorou. Mas eu me sentia grato a ele. Ele não contou a ninguém sobre a minha comida jogada na lixeira do Chan. Ele até a limpou.
Quando eu tentei agradecê-lo, ele só me lançou um olhar mortal e caminhou para longe.
Nem mesmo um dia depois a dra. Nam veio para o meu quarto e estava muito brava. Tipo, muito brava mesmo.
Eles tinham descoberto que nós estávamos sempre no telhado. Junhui se livrou do problema dizendo que era tudo culpa minha.
Passei a andar com Mingyu e Wonwoo o tempo todo. Eles eram legais e o Wonwoo até que era engraçado.
Hoje a noite o telhado ainda estaria aberto, eles o trancariam no dia seguinte.
Na hora do jantar eu estava bem nervoso porque eu queria ir para o telhado. Pela última vez.
“Você está bem?” Mingyu me perguntou.
“Sim, por quê?”
“Você parece feliz. Nesse lugar isso é meio… Meio estranho” Wonwoo completou, fazendo Mingyu rir.
“Não, eu não estou feliz” eu disse, vendo a enfermeira trazer nossas bandejas.
Wonwoo se levantou para pegar sua comida. Ele pegou algo, virou para nós e sorriu. Na mão dele estava um pudim de chocolate. O último pudim.
E os outros três garotos viram isso. E Junhui ficou irritado.
Wonwoo voltou para nossa mesa e foi a primeira vez que o vi sorrir tanto.
“É a segunda vez que pego o pudim antes daqueles idiotas” Wonwoo disse.
“Você não gosta deles, né?” eu o perguntei e ele assentiu.
“Principalmente Junhui. Ele é a razão de eu estar aqui” ele disse.
“O quê??” Eu estava chocado.
“Nada, esquece o que ele disse” Mingyu parou Wonwoo antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa.
“Por que? Eu acho que ele deveria saber disso” Wonwoo continuou, batendo na mão de Mingyu que tentava cobrir sua boca.
“Wonwoo, por favor” Mingyu suspirou.
“Okay, okay. Talvez ele te conte algum dia” ele disse e começou a comer seu pudim.
Nós não conversamos mais. E todos foram embora, exceto eu e Mingyu.
“Você sabe onde a Sua está?” eu perguntei ao Mingyu depois de notar que a garota não estava por ali.
Ele apenas deu de ombros.
“Mandaram ela para outro hospital. Ela estava muito doente para ficar aqui. E ela estava deixando outras pessoas doentes também” uma voz disse, surgindo ao nosso lado.
Dra. Nam.
“Ah, não estou surpreso. Aquela garota era doida pra caramba, de qualquer forma” Mingyu disse. “Podemos ir embora? Já passaram 45min” ele acrescentou.
A dra. Nam apenas assentiu e nós saímos.
Eram onze da noite. Eu nem tinha me trocado e estava encarando a cama do Chan. Eu não conseguia ver se ele estava deitado ali, estava muito escuro.
Eu me levantei devagar e caminhei até a porta. Eu a abri e a luz do corredor iluminou o corpo adormecido do Chan sobre a cama.
Fechei a porta cuidadosamente atrás de mim, caminhando para longe do quarto.
Eu fui até o telhado, parando em frente da porta fechada.
Tinha música tocando.
Uma música bem familiar. Dirty Jam Jam.
ESTÁ A LER
Ala 11 ; [junhao]
Fanfiction"Então, o que você tem?" "Porque caralhos você quer saber disso?" "Desculpa, eu só..." "Cala a boca. Você é tão irritante quanto todos os outros aqui. Agora me dê seu brownie" Quando anorexia nervosa e transtorno explosivo intermitente se apaixonam...