Capítulo Um

5.6K 518 82
                                    

Duas semanas atrás.

Assim que termino e saio sozinho da mesa do café da manhã (sempre sendo o que acorda por último na mansão) volto para o meu quarto com um dos livros que meu pai usava na filial dos Estados Unidos

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Assim que termino e saio sozinho da mesa do café da manhã (sempre sendo o que acorda por último na mansão) volto para o meu quarto com um dos livros que meu pai usava na filial dos Estados Unidos. Ele anotava tudo, cada coisinha que fazia no seu dia. Parece mais um diário do que um planner ou uma agenda.

É estranho perceber que ele acabou esquecendo por aqui em Santorini antes de toda a merda que aconteceu, porque eu tenho uma memória (ou talvez eu só tenha formado ela mesma), mas ele não desgrudava desse negócio.

Ultimamente venho pensando mais sobre isso, mais sobre tudo o que rolou naquela época... eu era uma criança, mas mesmo assim consigo perceber alguns padrões estranhos. Ok, talvez eu não esteja me concentrando 100% nessas interrogações que estão sugando os meus pensamentos nos últimos dias, mas tudo isso é culpa dele.

Augusto Martinollo.

A "agenda" fica sem graça quando o meu celular vibra de cinco em cinco segundos com uma nova mensagem dele, sendo a resposta de uma pergunta minha ou mais um selfie no balcão do Dionisio's. E eu acabo sorrindo para todas elas.

Droga, droga, nunca me imaginei assim tão... babão, bobo, caidinho por alguém. Ainda mais um puta cara, que por cima é um puta gostoso.

Ignoro as vibrações que vem do meu celular e tento me concentrar na página do caderno.

Estou em um de seus dias monótonos antes do acidente, uns quatro dias, para ser exato. No trecho em que meu pai acabou de sair de uma reunião com uma empresa chamada AstriCorp de um tal velho rico chamado Bartolomeus Astriggio II - há umas anotações alertando como Bartolomeus estava incisivo demais em fechar contrato com a filial da Scafidi S/A (na época só existiam a de Santorini e a de Detroit, e meu pai comandava a segunda).

Passo a mão pela letra curvada do meu pai...

Viro a página para ler e saber como que foi o resto do dia do meu pai, só que... não tem mais páginas, no lugar, há uma coisa diferente. Arqueio a minha sobrancelha.

Quase dentro da agenda há um pedaço de folha rasgada, mostrando que o que deveria estar ali fora arrancado com pressa e desleixo, já que a linha apresenta algumas pequenas palavras que ficaram para trás. Pressiono meu dedo e leio as duas palavras completas, a primeira é "enlouquecer" e na linha de baixo, um nome: "Amir".

Amir? Será que é mais uma empresa ou o nome de alguém?

Fecho a agenda, pego meu celular e saio do meu quarto, preciso de uma básica ajuda do meu primo. Então desço a escada da mansão.

Preciso de Andreas, ele já foi melhor, sei disso, mas depois de anos na adolescência sabendo sobre programação e linguagem de computadores, ele deve me ajudar a encontrar alguma coisa - hoje em dia penso que ele não liga mais para esse lado inteligente, é como se tivesse abandonado o posto de "nerd da cadeira" da família.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 08, 2022 ⏰

Adiciona esta história à tua Biblioteca para receberes notificações de novos capítulos!

SCOTT #1.5 [DESGUSTAÇÃO] - completo na AMAZONOnde as histórias ganham vida. Descobre agora