Capítulo Oito

18.7K 1.1K 27
                                    

 Mulher gostosa e confusa dos infernos! – Incrível como a Melissa tinha o poder de me deixar surpreso, excitado, confuso e furioso em menos de uma hora. Parecia que ela gostava de me deixar nu em escritórios, além de duro e meio que na mão. Não queria terminar tão cedo com ela, mas fugiu como um diabo foge da cruz. Ah, Melissa... mas amanhã você não me escapa! Ela vai me ouvir.  

 E o que diria? Bem... não sei ao certo o que iria dizer à ela. Mas que meu tesão e desejo só pioraram depois do que houve em meu escritório, isso já era um fato e uma realidade que eu teria que lidar. Lembrar da sensação de poder entrar nela – mesmo com aquela maldita camisinha, odiava usar, incomodava muito – já me deixava de pau duro. Melissa me deixava descontrolado em tal ponto que nem eu mesmo me reconhecia. O que era estranho, pois mal a conheço e faz apenas dois dias que eu fui traído.

 Dei graças a Deus pela Pamela nunca mais me procurar ou tentar nenhum contato, não me responsabilizaria pelos meus atos se a visse. Claro que eu nunca fui de bater em mulher nenhuma, repudiava tal atitude. Minha mãe me criou e me ensinou muito bem a valorizar uma mulher, como meu pai também. Mesmo após a separação, meu pai sempre elogiava minha mãe e dizia que era uma grande mulher. Até hoje não soube por qual motivo eles se divorciaram.

 Depois do que aconteceu no escritório, sai da empresa sem cumprimentar ninguém e mais uma vez fui para minha casa, frustrado. Tomei um banho gelado. Mesmo eu conseguido ter transado com a Melissa, ainda ficava duro e bem excitado com as lembranças, parece exagero, mas realmente não é. Aquele escritório nunca mais seria o mesmo. O que me restava era esperar pela terça feira e rever uma certa secretária que me deixava irreconhecível para mim mesmo.

_____________________________________________________________________________

 – Ah, Mel, fala sério! Não acredito que você saiu correndo de lá! – Maitê começava a me dar broncas pelo celular. – Sério, eu ainda estou tentando entender! Você chega toda com atitude pra cima do cara e depois, simplesmente, cai fora?

 – Era isso que fazíamos, lembra?

 – Oh se lembro... bons tempos... mas essa situação é totalmente diferente, Melissa... ele é...

 – Meu chefe, eu sei – interrompo-a, revirando os olhos – Eu sei que a minha atitude não foi legal, mas não sei... eu tive... medo? Ah, Tê, não sei! – Passo a mão pelo meu rosto.

 – Olha, você está pirando por nada, Mel! Se acalma, okay? Só aproveita cada momento e cada oportunidade que a vida te oferecer. Não pense no que pode acontecer, não pense em nada que não seja o momento. Se ele te oferecer um sexo bom, aproveite, amiga. Porque seu trabalho está garantido, ele não vai te demitir, tenho certeza.

 – Não quero parecer que estou transando com ele pra ter um aumento, promoção ou qualquer coisa do tipo. – Sussurro, angustiada.

 – Bobagem! Será que eu vou ter que te dar uma surra? Porque é isso que estou com vontade de fazer! Sério! Para de ser vovozinha. 

 Começo a rir. – Você que é moderninha demais! Mas está bem, está certa, até eu estou começando a ficar com ódio de mim mesma.

 – Pois sei do que precisa! – Maitê grita, do outro lado da linha, me assustando. – Volta pro Poli Dance, você sabe que ainda faço, vai amanhã depois do trabalho pra academia comigo! 

 Arregalo os olhos – Voltar pro Poli? – Quando fiz dezoito anos de idade comecei a fazer Poli Dance com a Maitê, depois entramos para o Chair Dance. Adorava dançar, todos elogiavam minhas performances de danças e falavam que eu tinha o dom. Poli Dance na época foi libertador, sério. Aquela opinião de que Poli Dance era para strippers e prostitutas era um pensamento arcaico e chegava até ser preconceituoso. Além disso, meus ex namorados e ficantes adoravam. E que mulher não gosta de ser desejada? Nem que seja dançando Poli Dance, no meu caso? – Acho que posso voltar sim... Farei uma visita amanhã!

Uma Gota De VinhoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora