Compre um e leve dois: Um colar + um demônio.

167 7 0
                                    


Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


POV Elena Gilbert.


Quatro meses antes.

  O aparelho simplesmente dançava em sua mesa de cabeceira com uma determinação digna de dançarinas de axé. O "priiiiim" irritante soava como uma espécie de brinde da tal engenhoca. Quase um Cavalo de Tróia moderno.

  Sentiu que era a hora perfeita para ter uma arma só para destruir aquele maldito despertador de uma vez por todas.

  Quem afinal de contas havia inventado aquela droga?

  Rolou na cama praguejando e foi ao banheiro tomar banho, escovar os dentes e se vestir. Dormiu três vezes no processo e seu irmão que teve que salvá-la dos quase afogamentos triplos na banheira. Patético, mas era bem a cara dela.

  Uma coisa que todos deviam saber sobre Elena Gilbert era que ela era patética.

  Abandonada pelos pais que mais valorizavam a droga do trabalho deles do que os filhos; protegida pelo irmão mais novo que deveria ter feito coisas indizíveis com a cruz já que sofria incansavelmente cuidando dela e, nada normal para os padrões de comportamento adolescentes, a menina não era lá invejada pelas garotas do colégio.

  Fracassada era pouco, ela era... Ah, ela era a Elena.

  Arrumou os cabelos com a ponta dos dedos deixando-os mais desgrenhados do que penteados, mas o resultado não foi dos piores. Os cabelos lisos castanhos, quando tratados corretamente, ficavam colados na sua cabeça dando-lhe a aparência de carolas que usam gel

  Seu método era mais eficiente e os deixava revoltos, ondulados e cheios. Indizivelmente melhor do que o estilo vaca-lambeu-e-pedi-para-o-boi-lamber-também-depois-dela.

  Escolheu roupas simples e confortáveis, pegou a mochila em cima da cadeira e desceu as escadas.

  Seu irmão provavelmente se cansara de esperá-la, porque a cozinha estava completamente vazia. Não o culpava, um dia todos cansavam, não?

  Resolveu que veria aquilo como uma recompensa, já que poderia se atrasar ainda mais para o colégio sem o auxílio do seu "pseudo irmão mais velho".

  Mal retirava o suco da geladeira e enchia generosamente o seu copo, quando Bonnie surgiu.

  Por algum motivo a roupa rosa extravagante da amiga a fez lembrar-se de como se tornaram inseparáveis.

  Nem sempre se amaram, na verdade, desejavam loucamente a morte dolorosa uma da outra. Bonnie era a "menininha perfeitinha da mamãe" e isso a irritava de uma forma indescritível.

Demônios Não Amam. || DELENAWhere stories live. Discover now