Girls Like You - Bughead

Capítulo 31 - Jughead Jones

As coisas parecem estar voltando a normalidade, Betty está bem melhor do que antes, ela emagreceu muito nas ultimas semanas. Depois dá reunião com o Reitor e Clayton ela ficou bem abalada. Não me contou exatamente o que tinha conhecido, as únicas palavras que saíram da boca dela foram que o pai de Chuck tinha dado um bom apoio financeiro a faculdade para o caso ser abafado. Ela não contou exatamente o que tinha acontecido, mas isso já serviu para me dar mais raiva ainda dele.

Olho para baixo e vejo à cabeça loira descansando em cima do meu peito, noite passada ela veio no meu quarto com vários DVD's e acabamos dormindo depois de poucos minutos de filme. Estávamos em meio à semana de provas e isso estava nos matando. Agora que o final de semana chegou finalmente podemos descansar.

Levanto devagar tentando não acordar a loira. Pego minha toalha e entro no chuveiro sentido a água quente relaxar meus músculos, à noite de sono foi mais que necessária.

Me assusto sentindo às mãos pequenas e delicadas de Betty massageando minhas costas com cuidado. Me viro dando de cara o par de olhos azuis que me atormentam desde que os vi pela primeira vez.

"Dormiu bem?" Ela pergunta soltando os cabelos do rabo de cavalo e os molhando.

"Muito. Essa foi, definitivamente, a melhor noite de sono que eu tive em anos." Ela ri divertida se aproximando de mim colocando as mãos no meu pescoço.

"Fazia muito tempo que eu não dormia bem assim também. Sabe, acordei com muita energia." Ela me olha maliciosa e me dá um beijo no pescoço.

Nesse momento toda e qualquer gota de controle que me restava desaparece. Avanço até ela e prenso seu corpo pequeno no box do banheiro.

Sinto suas pernas enlaçarem meu quadril e solto um gemido alto. Suas unhas arranharam minha costas com vontade, o ardor é quase imperceptível. Meu corpo todo queima, tudo está bom demais para me importar com isso nesse momento.

"Jughead... Camisinha..." Betty diz entre suspiros com a respiração entrecortada.

Gemo baixo levemente irritado por ter que parar o que estávamos fazendo, mas volto em mim por um momento. Não podemos correr esse risco agora. Desço ela do meu colo e pego às camisinhas na gaveta dá escrivaninha.

Entro novamente no banheiro encontrando Betty de costas para mim soltando os cabelos meio molhados.

Tenho uma mulher dessas no meu banheiro esperando pra transar comigo. Eu não poderia ser mais sortudo. Acordo do pequeno transe com ela me encarando com um sorriso no rosto.

"Perdeu alguma coisa aqui, Jones?"

Nego com a cabeça me aproximando dela.

"Só uma loira gostosa no meu chuveiro."

Escuto ela dar uma risada melódica e me puxar para dentro do box.

 Certo, se isso não é sorte, eu não sei o que é.

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Saio do refeitório com Betty ao meu lado. Meus braço está em cima de seus ombros e consigo sentir os olhares queimando nas minhas costas. Andar assim com ela no campus é assumir que temos algo, os meus amigos já sabem, as amigas delas também devem saber e o resto não tem nada à ver conosco. Ela não se mostrou incomodada em nenhum momento desde quando transamos no chuveiro hoje de manhã. Almoçamos juntos e andamos pelo campus hoje como namorados Acho que posso me acostumar com isso.

Vejo Kevin e Valerie sentados em uma árvore perto do refeitório e eu e Betts seguimos até eles. No caminho damos de cara com Chuck e uns amigos idiotas dele.

"A loira te pegou de jeito não é mesmo, Jones? Cuidado que nem tudo que ela faz na cama é de qualidade." Sinto Betty se encolher do meu lado e meu sangue esquenta. Ela nota meu desconforto e sussurra para deixarmos pra lá suas provocações.

Aceleramos o passo até Kevin e Valerie que encaram à cena sérios. Escuto passos atrás de nos e vejo Clayton se aproximar.

"Qual é loira. Não vai contar pro seu namoradinho dá noite incrível que tivemos? Tão boa que até levei felicitações do meu pai. Ele acha que tenho talento pra fotografia. Sabia Betty? O reitor aceitou o presente do meu pai e usou o dinheiro pra ajudar o departamento de fotografia, deve ter ficado inspirado em ver às fotos que tiramos juntos.."

Nesse momento fico cego de raiva e pulo para cima de Chuck, escuto o barulho do meu punho acertando seu rosto. Betty está do meu lado gritando, tentando me tirar de cima dele. Consigo escutar no fundo à voz do Kevin gritando em minha direção.

Um, dois, três socos...

Chuck está apagado e eu não consigo parar de bater nele. Betty pela em cima de mim tentando me fazer parar e escuto ela gritar no meu ouvido.

"Jughead, para! Você vai matar ele! " Sinto meu cotovelo acertar ela e seu corpo cair para trás. Paro sentindo uma onda gelada no meu corpo. Eu tinha machucado ela.

Olho para trás vendo uma multidão assustada olhando para mim e Betty, que está caída no chão com a boca sangrando e com Valerie agachada do seu lado tentando ver como está a amiga.

Eu tinha machucado ela. Que merda tinha acontecido comigo?

Me levanto juntando minha mochila do chão e puxando a Betty pelo braço. Vejo o Kevin levantar o Clayton do chão com uns caras e gritando pra chamarem a enfermeira.

Arrasto Betty comigo para casa que é a algumas quadras do refeitório e Valerie nos segue em silêncio.

Entro na casa ouvindo o choro da Betts e finalmente consigo perceber a gravidade do que eu tinha feito. Sweet Pea e Fangs descem as escadas correndo com a gritaria.

Vejo Betty partir para cima de mim me dando tapas em meio ao choro.

"Que merda você tinha na cabeça, Jughead."

Sinto um tapa esquentar meu rosto e Sweet Pea segura ela enquanto Valerie tenta acalmá-la.

"Que merda aconteceu aqui?" Pea pergunta confuso e Valerie olha para mim com pena.

Vejo Betts se soltar falando que já tinha se acalmado. Ela tem um corte fundo no lábio e o rosto manchado de choro.

"Jughead, Chuck sempre tentou me atingir e eu nunca dei esse gostinho pra ele. Ele não fez nada pior comigo porque minhas amigas me salvaram. Eu tenho medo dele, mas agora eu tenho medo de você também." Tento falar algo, mas ela coloca a mão na minha frente. " Por favor, não me interrompa. Achei que teria um lugar seguro contigo, mas você me ignorou, ignorou minhas súplicas, você me arrastou por aí como se fosse uma mala velha e surrada e eu não quero isso pra mim. O que tínhamos acabou por aqui." Ela diz mostrando o braço marcado com a minha mão.

Vejo ela pegar a mochila e sair pela porta com Valerie atrás dela.

"Que merda você fez, J?" É a ultima coisa que eu escuto antes de subir as escadas e me trancar no meu quarto.

Eu tinha machucado uma garota. Eu tinha machucado a única garota que eu me importava.

Que merda eu tinha feito ? Nem eu sei direito.