The first day of school, part 2

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•Noah's POV•

encaro o garoto e suspiro irritado, quem ele pensa que era, era evidente a raiva em seu olhar, mas por quê? O que ele era daquela garota?

- bom se você considera acertar uma cesta, então ela estava jogando, mas não sei se podemos chamar isso de jogo

dou de ombros simples e arremesso a bola que eu segurava

Bailey: Noah, você sabe muito bem que não ia ser qualquer um que conseguiria aquilo

Bailey sussurra e olha ao garoto de olhos azuis sentado na arquibancada

- qual o seu nome? E o que está fazendo aqui?

mudo de assunto drasticamente tomando um gole de minha água, não precisava me estressar mais para uma manhã de terça-feira

Josh: sou o Josh, ex jogador dos Wills, por acaso irmão daquela garota que também era, e vim fazer o teste para o time de basquete, ou vai me dizer que jogadores de outros times não podem entrar

ele se levanta e fala com ironia a última parte. Arrumo meu cabelo e olho para o tal de Josh, apenas vejo ele se levantar e correr até a quadra, pegar a bola e sair quicando com ela ao meio de suas pernas até chegar na cesta e enterrar a bola na mesma

Josh: se lembra dos Will's team? Os únicos que ganharam de vocês no último torneio, tirando vocês do campeonato estadual, acabando com a imagem da escola e surpreendendo todo mundo? Prazer, ex vice-capitão daquele time

ele fala no mesmo tom que eu estava o tratando até agora, ele estava me provocando? Sendo que ele queria entrar no time? HA

- sim sim, eu me lembro, mas também me lembro que estávamos jogando com os reservas naquele dia, pois não queríamos gastar nossos melhores jogadores e ter o risco de algum se lesionar ...

falo simples e dou de ombros, eu estava mentindo? Talvez, mas enganaria, ele não devia se lembrar do time

J: sempre soube que você estava na reserva

ele fala soltando uma risada e fazendo eu finalmente raciocinar o que havia falado, porra mano, oh merda

Josh: bom, eu tenho que ir, tenho uma garota mexicana para cuidar que provavelmente não ficará bem essa noite, espero a resposta até a segunda aula de amanhã Urrea

ele bate de leve no meu ombro assim que me entrega a bola e sai da quadra tirando a bandana que estava em sua cabeça

- Bom vamos jogar em vez de ficar encarando a maldita cara um do outro

arremesso a bola na cesta e vou para minha posição começando o jogo

•Josh's POV•

assim que já saio do vestiário colocando meu moletom, corro em direção ao meu carro e saio da escola em direção a minha casa. Quando deixo minha mochila sobre o balcão e subo as escadas rapidamente escuto alguns barulhos assustadores e corro em direção ao quarto de Sabina vendo o estrago do mesmo e o sangue escorrendo entre seus dedos. Eu não deveria ter deixado ela voltar, ela estava atordoada, porra, eu deveria ter voltado com ela. Quando finalmente ela me encara e vejo seus olhos vermelhos e manchados pela maquiagem, apenas passo pelos cacos de vidro e cerâmica que estavam no chão até chegar nela e abraça-la. Ela tenta se afastar primeiramente, mas eu não permito, se eu não segurasse ela, ela terminaria com o resto do quarto, em segundos.

deixo sua cabeça em meu peito e começo a sentir a mesma se debater, seguro seus braços com uma certa força, não que a machuque, mas sim que a paralise. Ela começa e diminuir a velocidade de sua respiração e sinto seus músculos ficarem menos tensos em alguns minutos. O silêncio que havia entre nós acaba assim que escuto seus soluços baixos novamente

- Sabina, ficará tudo bem, isso já aconteceu antes, você sabe que sempre termina bem, você só tem que se acalmar

sussurro contra seu cabelo e fecho meus olhos por um breve momento passando minhas mãos pelas suas costas

Sabina: não deveria ser tão difícil lidar com isso, o que aconteceu lá me lembrou dele, por que tudo me leva a isso? Porra isso era um trauma, e se transformou em um problema psicológico Josh, isso é difícil para mim, eu não sei como parar quando começo

sinto ela se afastar e abro meus olhos para ver a mesma se parando na sacada e apertando suas mãos no corrimão

- você sabe que uma hora vai ter que ir a um psicólogo ou a algum terapeuta Saby

Paro do seu lado e o olho deixando minha mão sobre a sua

Sabina: mas eu não quero ir, falar o que acontecia naquela casa, o que meu pai fazia, como eu vivia

Percebo que ela aperta sua mão no corrimão abaixo da minha, olho para seu rosto, seus olhos estão frios, não há mais aquele castanho amendoado, mais sim um castanho escuro sem brilho,  olhando a um ponto fixo no jardim, apenas desenrolo seus dedos do corrimão e deixo sua mão por cima da minha

- você não vai ser obrigada a falar o que você não quer Saby, você só vai falar o que seu psicológico permitir

Asseguro a ela e finalmente levanta seu olhar a mim, seus olhos estavam tão vazios, eu odiava isso, ela sofria, ela tinha demônios a perturbando, demônios que ela não poderia se livrar, mas talvez aprender como agir com eles, arrumar uma maneira de conseguir controla-los

Sabina: eu só queria ter nascido em uma família como a sua, eu teria uma casa, uma mãe que me amasse, que não me abandonasse...

Ela iria continuar, mas ela para e as lágrimas escorrem seu rosto, apenas me aproximo deixando a mesma encostar sua testa contra meu peito, ela estava segura, ela tinha que se sentir, era a única maneira dela ficar bem

- eu não posso mudar o passado, nem você saby, mas nós podemos fazer com que o futuro seja melhor

Seguro seu rosto, deixando minhas mãos a cada lado do mesmo e apenas seco as lágrimas com meus polegares fixando meu olhar no seu. Ela fica um tempo ali, ela tinha que acreditar no que eu falei, ela ia passar por isso, nós iríamos ajudá-la a passar por isso. Quando ela finalmente assente com a cabeça, deixo um beijo em sua testa e seguro suas mãos com delicadeza

- vamos cuidar disso

Coloco uma de minhas mãos em suas costas e a levo para dentro do quarto ao banheiro

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Thanks for reading this book ❣️

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As Nossas Divergências - UrridalgoWhere stories live. Discover now