Capítulo 79

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Andrew está parado na porta com as mãos para trás, observo sua expressão divertida e lhe dou passagem para entrar. Fecho a porta e molho os lábios com a língua, vendo meu namorado andar calmamente até um dos sofás e se sentar com um sorriso travesso. Ajeito os óculos e caminho para sentar ao seu lado.
- ainda não respondeu minha pergunta ! - digo ao colocar uma perna sobre a sua.
- hoje eu percebi que não te dei uma aliança quando te pedi em namoro. - os olhos vasculham meus lábios.
- sabe que eu não ligo pra essas coisas. Tento soar indiferente, mas na verdade, eu queria uma aliança, um símbolo que me mostre que isso, tudo isso, não é passageiro .
- mas deveria ligar.
Andrew se levanta e se ajoelha a minha frente, a perna esquerda dobrada enquanto a direita encosta no chão. Respiro fundo e entrelaço os dedos das mãos, ainda não acreditando ao ver que uma de suas mãos entrou dentro da jaqueta e de lá retira uma caixinha de veludo em um tom vivo de vermelho.
- eu lembrei de você quando a vi, sinto que ela deveria estar em seu dedo. - a caixinha se abre e dois anéis de prata aparecem.
Um deles tem uma pequena pedra vermelha, coloco uma das mãos sobre a boca e me atrevo a perguntar.
- isso não é um rubi ? Me diga que não ? - sussurro.
- é sim, achei que combinava com a cor do seu cabelo.
Ele retira o anel da espuma e pega delicadamente minha mão direita, colocando o anel no penúltimo dedo e dando um breve beijo em seguida. Pego a caixa de sua mão e retiro a aliança que resta, pego sua mão direita e coloco o anel no mesmo dedo em que ele colocou o meu. O faço levantar e lhe dou um beijo, um beijo cheio de amor.
- sabe que eu não iria te cobrar uma aliança, não é ? - me agarro em seu pescoço.
- eu sei, mas acho que não há nada melhor do que um anel de compromisso para deixar isso mais sério. - ele sorri ternamente.
- quer ir pro meu quarto ? Vou estender a roupa e já subo.
- eu vou com você.
O puxo pela mão e o levo até a lavanderia, o deixo escorado na porta e retiro a roupa da máquina, pegando alguns prendedores de plástico e pendurando as peças nos varais.

" "

Deitada ao lado de Andrew analiso o anel em meu dedo, a pequena pedra vermelha brilhando me faz sorrir, não pelo preço que ele pagou, odiaria saber que gastou mais do que o necessário, mas sim por que ele quis dar mais um passo em nosso relacionamento. Uma de suas mãos massageia minha lombar e eu levanto os olhos para encará-lo.
- esse anel é lindo. - sorrio.
- achei que ia gostar. - ele me puxa para mais perto.
Me viro para olhar a porta e checando se a mesma está fechada, subo em Andrew o deixando surpreso.
- não brinque com fogo Ruiva. - a voz rouca pelo desejo.
Subo um pouco o vestido, sentindo as bochechas queimarem, deixando as coxas mais visíveis e sinto seu olhar sobre mim.
- e se eu quiser me queimar ? - pergunto retirando os óculos e os colocando sobre o criado mudo.
- posso cuidar disso.
Andrew se senta e repousa as mãos sobre minha pele exposta, apertando a carne e cheirando meu pescoço.
- cheirosa pra caralho. - ele rosna antes de me fazer abaixar a cabeça e o beijar.
Os dentes mordem meus lábios e eu não me incomodo, sinto sua ereção dar sinal de vida e começo a acariciar sua nuca. Sinto o pano de meu vestido começar a subir e a mão de Andrew pode ser responsabilizada, levo os dedos até sua calça e abro o botão da mesma, abrindo o zíper e puxando a para baixo até a altura do joelho.
- não temos muito tempo. - sussurro.
- só preciso de dez minutos.
- segunda gaveta a sua esquerda.
Enquanto ele se vira para alcançar a gaveta ajeito as almofadas e me deixo ir para o centro da cama.
- aonde conseguiu tudo isso ? - ele se vira de volta para mim com uma embalagem nas mãos.
- meu avô me deu.
- o que ? Ele sabe ? - seus olhos se abrem muito e rio de seu espanto.
- vovô me conhece bem e sabe quando algo está diferente, nós conversamos ontem e eu não iria mentir pra ele.
- tudo bem então.
Ele rasga a embalagem preta com os dentes e desenrola a camisinha em seu membro duro, levanto os olhos para olhar sua boca e mordo os lábios quando seu corpo fica sobre o meu. Seus dedos jogam o fundo de minha calcinha para o lado e ele se enfia em mim sem avisar, a sensação de dor ainda é incômoda e tento pensar apenas em como isso ainda pode ficar quente.
Seus lábios atacam os meus e os lampejos de calor começam a aparecer, abro os olhos e me deparo com um sorriso sacana brincando nos lábios de Andrew e seguro seus tríceps para melhor me firmar. O prazer parace absurdo, a cada vez que ele entra é como se o pavio para a explosão ficasse mais curto, sua cabeça cai na curva do meu pescoço e com o auxílio de suas mãos dobro minhas pernas, cruzando os calcanhares em suas costas. Engulo seco ao sentir um calafrio terrível em minha espinha e tento me segurar ao máximo para não gritar, deixo que alguns sons escapem do fundo da minha garganta e sinto as mãos de Andrew me apertarem as coxas, os nós dos dedos dele agora brancos pela tamanha força usada.
E enfim, fogos de artifício.

GraysonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora