Paris, Abril de 1957.

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O sol bateu na janela de Keith, fazendo Frederick puxar a cortina. Acordado, ele beijou o pescoço de Keith diversas vezes.

— Hm, estou dormindo — Keith sorriu.

— Hm, não me importo — Frederick o beijou novamente — Dia de acordar, meu pequeno lírio.

Keith sorriu. Frederick pegou o caderno na cama. Rodeados de folhas da máquina de escrever, eles ficaram até tarde, criando nomes diferentes para alguns personagens do livro de Keith.

— Sabe, madruguei enquanto dormia, e pensei em um nome fantástico — Frederick pegou a caneta e riscou.

— Qual nome?

— Louis.

Keith abriu um dos olhos.

— Esse nome é bonito.

— Daria um nome bonito para uma criança de olhos azuis e cabelos castanhos. Feito os seus.

— Frederick...

— Penso eu que ficaria bonito.

Keith se sentou na cama, e pegou a caneta.

— Sabe, eu gosto do nome Harry.

Ele escreveu em letra cursiva, no diário de Frederick.

— Harry é um nome bastante comum em Londres.

— Mas não seria se fosse usado por um Styles — Keith riscou — Se eu pudesse, adotaria um menino e colocaria tal nome.

Frederick o atacou. Entre risadas e beijos, os dois rolaram na cama de solteiro, assustando os gatos.

— Sabe, amo você — Frederick esfregou o nariz na pele macia de Keith — Amo você.

Eles sorriram, um ao outro.

— Sabe, podemos nós ficar rolando e rolando nessa cama... — Frederick o pegou e arrastou para seu colo — Enquanto eu canto odes sobre sua beleza descomunal e masculina.

— Claro que podíamos, mas não podemos — Keith o beijou na testa — Devemos começar a nos preparar para se mudar para uma casa nova.

— Finalmente tomou vergonha de escolher um canto para nós dois?

— Achei uma linda casa no centro sul. Estou indo vê-la hoje. Que tal passar no seu apartamento e descansar enquanto eu a olho?

— Keith...

— Se for nós dois, desconfiarão — Ele encostou a cabeça no ombro dele. Keith era dois palmos mais baixo do que Frederick — Não precisa ter medo, eles não vão me pegar.

— Juro que tem alguns mexeriqueiros falando de nós — Frederick suspirou — Boris mesmo disse que um rapaz estava perguntando sobre você e eu.

— Eles devem tomar conta da vida deles e não se meterem na vida alheia.

— Sei eu, mas eles nunca nos deixarão em paz. Keith, por que não vamos embora?

— Frederick...

— Eu sempre quis morar sabe aonde? Em uma cidade distante de Londres, onde podemos comprar uma casa e morar por lá. Um vilarejo, um canto nosso.

—Mas... — Keith fechou os olhos — Temos nossa família aqui. Temos Rita, Genevieve e Fermín. Agora, temos Benito e Claire. Até Boris entra-se no meio.

— Eles terão a vida deles.

— Claire...

— Levamos ela — Frederick sorriu para ele — A criaremos como filha, falamos que somos tios dela, irmãos dela. Inventamos algo, mas a levaremos. Teremos nossa família.

Alabama Song ➳ Larry versionOnde histórias criam vida. Descubra agora