O sol bateu na janela de Keith, fazendo Frederick puxar a cortina. Acordado, ele beijou o pescoço de Keith diversas vezes.
— Hm, estou dormindo — Keith sorriu.
— Hm, não me importo — Frederick o beijou novamente — Dia de acordar, meu pequeno lírio.
Keith sorriu. Frederick pegou o caderno na cama. Rodeados de folhas da máquina de escrever, eles ficaram até tarde, criando nomes diferentes para alguns personagens do livro de Keith.
— Sabe, madruguei enquanto dormia, e pensei em um nome fantástico — Frederick pegou a caneta e riscou.
— Qual nome?
— Louis.
Keith abriu um dos olhos.
— Esse nome é bonito.
— Daria um nome bonito para uma criança de olhos azuis e cabelos castanhos. Feito os seus.
— Frederick...
— Penso eu que ficaria bonito.
Keith se sentou na cama, e pegou a caneta.
— Sabe, eu gosto do nome Harry.
Ele escreveu em letra cursiva, no diário de Frederick.
— Harry é um nome bastante comum em Londres.
— Mas não seria se fosse usado por um Styles — Keith riscou — Se eu pudesse, adotaria um menino e colocaria tal nome.
Frederick o atacou. Entre risadas e beijos, os dois rolaram na cama de solteiro, assustando os gatos.
— Sabe, amo você — Frederick esfregou o nariz na pele macia de Keith — Amo você.
Eles sorriram, um ao outro.
— Sabe, podemos nós ficar rolando e rolando nessa cama... — Frederick o pegou e arrastou para seu colo — Enquanto eu canto odes sobre sua beleza descomunal e masculina.
— Claro que podíamos, mas não podemos — Keith o beijou na testa — Devemos começar a nos preparar para se mudar para uma casa nova.
— Finalmente tomou vergonha de escolher um canto para nós dois?
— Achei uma linda casa no centro sul. Estou indo vê-la hoje. Que tal passar no seu apartamento e descansar enquanto eu a olho?
— Keith...
— Se for nós dois, desconfiarão — Ele encostou a cabeça no ombro dele. Keith era dois palmos mais baixo do que Frederick — Não precisa ter medo, eles não vão me pegar.
— Juro que tem alguns mexeriqueiros falando de nós — Frederick suspirou — Boris mesmo disse que um rapaz estava perguntando sobre você e eu.
— Eles devem tomar conta da vida deles e não se meterem na vida alheia.
— Sei eu, mas eles nunca nos deixarão em paz. Keith, por que não vamos embora?
— Frederick...
— Eu sempre quis morar sabe aonde? Em uma cidade distante de Londres, onde podemos comprar uma casa e morar por lá. Um vilarejo, um canto nosso.
—Mas... — Keith fechou os olhos — Temos nossa família aqui. Temos Rita, Genevieve e Fermín. Agora, temos Benito e Claire. Até Boris entra-se no meio.
— Eles terão a vida deles.
— Claire...
— Levamos ela — Frederick sorriu para ele — A criaremos como filha, falamos que somos tios dela, irmãos dela. Inventamos algo, mas a levaremos. Teremos nossa família.
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Alabama Song ➳ Larry version
FanfictionNa década de 50, na idade do ouro no cinema e Elvis reinava na terra da música, o jazz ainda tocava nas ruas de Paris, Frederick Styles tomava conhaque no Le Trous, e Keith Tomlinson era um aspirante à escritor que amava a vida. O caminho dos dois f...