Sugiro que leiam o final do capítulo dezesseis para entender este.
A boca de Louis era macia. Harry aprofundou aquele beijo o máximo que podia.
Em um doce toque, Louis gemeu ao sentir o sabor de Harry. Como um rio doce, aquele beijo tinha gosto de paixão.
De repente, Harry se afastou abruptamente. Louis suspirou, em busca de ar e enquanto fazia-o, viu os olhos de Harry. Nele, havia confusão e medo.
— Harry...
— Eu... — Harry se levantou — Olha, me desculpa.
— Harry, por que está pedindo desculpas?
Por sua vez, Harry parecia perdido. Seus olhos tinham um misto de confusão e medo que mal poderiam se entender, o mesmo misto que Louis viu nos seus próprios olhos quando se descobriu gay.
Louis sentiu um pouco de medo.
Por sua vez, Harry sentiu vontade de chorar. Mas não entendia o motivo.
— Louis, eu preciso ir.
— Mas Harry...
— Me desculpe, por favor — Ele começou a se afastar — Mas não sei o que está acontecendo.
— Harry, por favor, se acalme...
Mas era tarde. O semblante de Harry havia desaparecido entre as árvores escuras e opulentas.
Nada aconteceu. Durante dias, o contato entre Harry e Louis se tornou frívolo e apenas de poucas palavras.
Frederick foi um dos primeiros a notar o comportamento alterado do neto. Harry não ficava mais em casa, dobrava o trabalho pelas tardes e chegava tarde em casa. Algumas garrafas de conhaque foram esvaziadas, e uma carteira de cigarro vazia começou a surgir.
Ele conhecia bem esse sentimento.
Por outro lado, Keith olhava Louis. Abatido e tristemente abandonado aos próprios sentimentos confusos, Louis estava há dias solitário e falando pouco. Seus alunos notaram isso, seus amigos notaram e principalmente seu avô.
Ele deve amar esse rapaz, Keith pensava.
Durante duas longas semanas, foi assim.
Outubro chegou. E com outubro, chegava o outono. As ruas de Londres estavam pintadas de laranja, amarelo e marrom, trazendo um contraste da natureza e dos homens, com seus parques e a doçura dos charretes, com seus cavalos, dos casais que passeavam entre os parques e as ruas. O frio se tornava presente, fazendo com que os casacos de outono e as botas tomassem conta da metrópole.
Keith chegou da rua, quando escutou The Cranberries tocar baixo no andar de cima. Olhando para a rua de volta, viu a caminhonete de Liam estacionada há poucos metros da casa, juntamente com o carro popular de Niall.
Ele tirou o casaco e as luvas, pegando a bengala e subindo as escadas.
Batendo na porta, ele viu Louis jogado de pijama entre os dois amigos, com um pote de creme de avelã entre as mãos e duas barras de chocolate.
— Achei que só mulheres faziam isso — Ele entrou no quarto.
Os olhos de Louis estavam inchados de tanto chorar. Liam e Niall estavam ali, deitados ao lado dele, com um pote de Ben&Jerry's sabor café com lascas de chocolate.
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Alabama Song ➳ Larry version
FanfictionNa década de 50, na idade do ouro no cinema e Elvis reinava na terra da música, o jazz ainda tocava nas ruas de Paris, Frederick Styles tomava conhaque no Le Trous, e Keith Tomlinson era um aspirante à escritor que amava a vida. O caminho dos dois f...