volume:1
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''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''.
É...
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Vinte e um
Bufo entrando em casa e corro para meu quarto batendo a porta atrás de mim, e como, imagino meu pai não deixa isso passar batido. Como não deixou Alexia passar despercebida no acontecido. Eu suspiro forte observando-o nos olhos, olhos preocupados:
— O que houve? Você parecia tão animada só foi sua mãe chegar e estragou tudo.
— Não ela não estragou nada. Essa é a porra da minha vida agora será que você não enxerga também! — brado.
Ele tenta me abraçar, porém de imediato eu o empurro para longe de mim e quando noto a tensão entre nós dois eu ergo minha cabeça me recomponho e esclareço querendo parecer calma:
— Não quero seu abraço. Só me deixe sozinha, por favor.
Ele balança a cabeça em gesto de reprovação, porém eu ignoro completamente sua forma de agir. Ele não sabe como é como é esta em meu corpo, não sabe como dói, não sabe como me sinto de verdade, não sabe como é. Noto suspirar e apenas dizer antes de sair pela porta:
—Sem chuva não há flores meu bem.
Os momentos difíceis são necessários, não para mim, não devia ser necessário. Eu não devia passar por nada disso, só queria ser como todo mundo é não ter preocupação com fotos vazadas, com pesadelos, com alucinações, com cicatrizes pelo corpo, com o medo profundo do mundo de fora e com o medo de viver novamente e tudo desmoronar iguais cartas empilhadas.
Pressiono a mão contra meu peito e tento recuperar o fôlego que não consegue permanecer dentro de mim, eu estou tendo outro ataque de pânico e dessa vez o motivo causado; minha mãe. Fecho meus olhos ao conseguir ouvir correntes sendo arrastadas pelo chão caio sentada no chão cobrindo meu rosto na beirada da cama tampando meus ouvidos do mundo exterior, não quero ouvir correntes, nem goteiras, nem risadas, nem gemidos, eu não quero mais ouvir eles, não quero mais ouvir nada.
Quando me percebo já estou chorando compulsivamente enquanto tremo de medo ao enxergá-lo tão perto de mim. Será que esse é o meu destino, voltar para aquele lugar tão ruim.
Você sempre será minha
Consigo ouvi-lo dizer para mim mesmo eu tampando meus ouvidos, é como se a voz estivesse em minha própria mente.
