Capítulo Dezessete

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 Levanto, ainda decidindo em que dia ir ao shopping, para comprar tudo que uma mulher precisa quando está prestes a viajar com um pedaço de mau caminho, e vou em direção ao escritório do mesmo, entrando sem bater.

 – Olha, sou sua secretária, preciso saber de tudo! Essa viagem, mesmo sendo a trabalho, ou não, não interessa! Você é mui... – Me interrompo quando o vejo ao celular, fico envergonhada na hora.  

 – Sexta à noite estarei lá. Eu sei, sou o dono! Bom Dia! – Termina de falar e desliga, encarando meus olhos. – Continue, gostaria de saber o que sou, Srta. Cavicchioli.

 Mordo meus lábios e, uma forte vontade de me jogar em seus braços e pedir para que me fodesse em cima daquela mesa, novamente, toma conta de mim. Será que sempre seria assim com o Jonathan? Nunca conseguiria acabar com esse desejo louco, quase insano, por ele? Começava a cogitar a ideia de estar apaixonada por aquele homem... O que deveria ser impossível, já que nos conhecemos tão pouco tempo...

 – Você é muitas coisas, Sr. Altherr. Tem seus momentos. – Respondo-o, cruzando meus braços. – Mas no momento, você está sendo muito irritante omitindo as coisas para sua secretária.

 E ele dá um de seus sorrisos de: “Molhou a calçinha, né? Agora arranca pra mim, Srta. Cavicchioli!”, e meu coração dispara. Oh, Merda! Eu estava realmente... FODIDA!

 – Lembra do que eu lhe disse mais cedo? – Diz, se aproximando.

 – O que? – Pergunto. Ele havia dito tantas coisas, não saberia em qual está se referindo. E claro, não me atrevi a dar nenhum passo para trás. Afinal, éramos como imãs, chamávamos um pelo outro.   

 – Você é bem melhor calada. – Fico boquiaberta. Sério, isso era provocação demais. Mas sei ser pior.

 – Já que sou muito melhor calada, não precisa ouvir meus gemidos, não é? Ou meus pedidos para que continue... – Passo a ponta da minha língua em meus lábios, provocando-o. – A partir de agora ficarei quietinha.

 – Ah, Melissa... – Sussurra, com a voz já rouca, levando suas duas mãos para o meu rosto, tocando-o. – Nem que realmente quisesse fazê-lo conseguiria. – Passa ambos os polegares pelo meu lábio inferior, separando-o do superior. E o que realmente estava com vontade de fazer naquele momento era gemer. Droga! Ele tinha razão. Porque Jonathan tinha que saber me tocar do modo certo para me deixar pronta? Sim, porque com aqueles olhos azuis esverdeados intensos encarando meus lábios, enquanto eram massageados pelos seus polegares, estava quase me causando um infarto. – Eu te foderia de novo nessa mesa, agora, nesse momento. – Oh, sim, Jonathan, faça isso! Meu corpo pedia pelo toque dele e pelo calor do seu. Instintivamente colei meu corpo ao seu. Minhas pernas quase vacilaram quando senti sua ereção pressionar meu ventre.  

 – Então o faça. – Murmuro, levando minhas mãos aos seus pulsos e os segurando, fazendo movimentos circulares com meus dedos. Como assim o fazer, Mel? Vocês estavam no horário de trabalho! Mas eu não me importava. Meu desejo e tesão deu um pontapé na bunda da minha razão e colocou uma fita adesiva em sua boca.

 E então me beijou. Me beijou com fome, desejo, desespero e uma pitada de saudade, pelo menos por minha parte tinha, mesmo não tendo desgrudado daquele homem desde que saímos de sua casa e da minha.

 Sua língua entrava avidamente em minha boca, me explorando, tomando tudo de mim, até meu ar. Agarrei em seus cabelos enquanto ele me agarrava pela cintura e tentava fazer o impossível, que era me colar mais ainda à ele. Gente, sério, esse beijo foi totalmente diferente dos outros. Não que os outros tivessem sido ruins, foram espetaculares! Mas esse ia além. Minhas pernas bambearam e só não ia ao chão porque estava agarrada à ele e o mesmo me segurava possessivamente pela cintura. Eu não conseguia pensar em nada além de sua língua me invadindo ferozmente. Nós estávamos praticamente fazendo sexo com nossas línguas. Acrobacias perfeitas entre elas e não pude deixar de presenteá-lo com um gemido.

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