Bônus (Maitê)

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 O que mais adorava nesse tempo atual de minha vida, era entrar nas loucuras de meus amigos! E Melissa estava me metendo em uma!

 Quando me disse que nosso chefinho, e quase namorado dela, me chamou para sair junto com eles, sabia que tinha algo por trás disso. Afinal, que cara chama a amiga da mulher que está pegando para sair junto em uma sexta feira à noite?

 Recebo a resposta de minha dúvida no mesmo dia da saída pela Melzinha! Um tal de Tadeu, que era irmão do Jonathan e tinha acabado de voltar da Alemanha, iria também.

 Bingo! Teria que ficar com ele para os danadinhos darem uma escapada! O chefinho era realmente esperto e minha amiga tinha muita sorte.

 Mas até que não seria tão ruim assim. Afinal, ia conhecer mais uma pessoa nova e me divertir na balada que me causou boas impressões. Quer dizer... Quase! Está certo que bebi demais da primeira vez e quando bebo, fico mais louca que o normal, mas detalhes a parte.

 – Então, cadê o gato? – Pergunto para a Mel, enquanto Jonathan nos guiava para dentro da boate que, por sinal, já estava fervendo.

– Deve estar nos esperando ou já está para chegar.

– Hm... – Minha tão amada amiga já me deu um aviso: "Beba menos, pense antes de falar e não transe com o irmão do Jonathan, pelo menos não essa noite". Quando ri da cara dela perguntando o porque, me disse que o cara era um gato e que nosso nível de loucura era parecida! – O que eu achava impossível, já que nunca apareceria em um escritório com um filhote de cachorro, eu acho. – Bom... Estava ansiosa para ver se ele era tudo aquilo mesmo.

 Quando chegamos no camarote, me distraio com a visão das pessoas dançando loucamente na pista. Eu queria mesmo é pegar uma bebida e descer. Uma coisa que aprendi quando vim para cá, pela primeira vez, era que não combinava em ficar em camarotes e lugares reservados. Eu era do povão, gostava de gente ao meu redor, principalmente pessoas desconhecidas. Me dava uma sensação gostosa de liberdade que sempre apreciei ter em minha vida.

– Esta daqui é Maitê, sua melhor amiga. – Meu nome na voz de Jonathan chama minha atenção e me viro. Me deparo com um homem que.. Uau! Gato era pouco! Ele beijava a mão da Mel, com um sorriso mais malicioso do mundo.

– Maitê... – Diz meu nome, se virando para mim e me encarando descaradamente. Okay, pela minha experiência com os homens e por tudo que já passei com eles, conseguia distinguir um cara que era honesto, santo, safado ou cafajeste. E, definitivamente, esse que agora está beijando minha mão é um safado e cafajeste.

– Tadeu, não é? Irmão do Jonathan? – Pergunto, levantando minha sobrancelha e retirando minha mão da sua. Droga, o cafajeste era lindo! Diria que ele era um atentado. O mesmo tinha cabelos curtos, bem cortados na cor marrom e estavam bagunçados. Tinha barba rala, nariz fino que combinava perfeitamente com seu rosto e com seu sorriso pervertido que me lançava. Seus olhos eram castanhos e seus lábios eram perfeitos e rosados. E o que falar do corpo desse homem? Estava vestido com uma calça jeans escura e bem justa, marcando suas coxas que eram bem musculosas. Estava usando uma regata branca bem aberta e exibia descaradamente os músculos de seus braços e um pouco do seu peitoral, não duvidava que ele se matava na academia para ficar desse jeito. Usava várias correntes e uma tira de couro no pulso. Se não tivesse detectado canalhice naquele homem, estaria flertando com ele agora. Sério, ele fazia meu tipo e só de olhá-lo tinha vontade de foder. Ele era um convite para o sexo com pernas e músculos bem distribuídos.

 Que genética, família Altherr.

– Acertou em cheio, ruiva! – Era abusado também! Quanta diferença de um irmão para outro.

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