O Caminho Para A Liberdade [REESCREVENDO]

Capítulo 1

A V I S O : Essa história contém palavras ofensivas direcionadas a pessoas negras, LEMBRANDO que isso se deve aos fatos sobre a época em que a história se passa. Talvez possa gerar gatilhos. Contém: Racismo, violência, machismo, e outros.

" Liberdade, Liberdade! Abre às asas sobre nós; e que a voz da igualdade, seja sempre a nossa voz!"

- Trecho do samba enredo da escola Imperatriz Leopoldinense, no ano de 1989.

Curiosidade: Poucas palavras remetem a língua portuguesa antiga, para melhor entendimento do leitor.

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Esse livro não tem a intenção de ofender raças, religiões, culturas, e nem distorcer a História. A autora após estudos e se inspirar em livros e novelas que retrataram a época, tentou chegar o mais próximo possível de como tudo acontecia.

Eu sou Rianne e trago para vocês lutas, romances, o amor de mãe, homens corajosos, e a voz e força das mulheres em uma época em que elas não tinha vez.

Boa leitura!

1°Fase, 1869

              Dandára, a doce menina cativa, filha da mais respeitada mulher que habitava ali, cuidava da horta, colhia alimentos para levar até sua mãe que era cozinheira. Mesmo debaixo do sol, não deixava de cantarolar, pois seus dias haviam ficado mais alegres. Sua cantoria foi interrompida quando alguém a agarrou por trás, fazendo-a tremer, tentando se soltar. A aflição lhe tomou de conta, mas logo ouviu uma voz bastante conhecida, que lhe acalmou o coração.

        - Solte-a, agora mesmo!  - Gritou Leôncio.

        - Senhor Leôncio, perdoe-me! Eu só estava tentando fazê-la trabalhar mais rápido. É uma escrava!
        - Já disse para solta-lá!   - Gritou ele de cima do seu cavalo.
        - Perdoe-me, não iria fazer nada...
        - Solte-a agora mesmo, ou não responderei pelos meu atos, Cipriano!
        - Sim, senhor!   - Cipriano soltou a moça.
        - É a última vez... Olhe para mim! É a última vez que quero vê-lo incomodando a Dandára. Entendido?
         - Sim, entendido!
         - Ótimo! Agora sai.

                  Cipriano saiu de cabeça baixa pelas terras. A moça respirou aliviada.

     

         - O que ele fez com você?

         - Nada! Graças a você que chegou na hora certa, Leôncio.
         - Ele sempre faz isso?
         - Eu sempre fujo dele, mas hoje não o vi chegar.
        - Não se preocupe, ele não irá mais incomodá-la, eu prometo!
        - Meu coração... Falta sair pela boca!   - Ela tentava respirar fundo.
        - Ei, fica calma... Nada de mal te acontecerá, eu prometo!