Capítulo 8

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Eva Fernandes 

Eu não sei quanto tempo se passou, eu estou encolhida sentada no chão longe da porta. Eu sei que essa é a vida dele, mas eu nunca vou me acostumar com uma coisa dessa. Eu estou trancada aqui dentro sem saber o que se passa lá fora, eu consigo escutar os tiros e eles não cessaram mesmo com o temporal que começa a cair. Aos poucos eles vão diminuindo até eu não escutar nada além de trovões, os tiros pararam mas há angustia continua por não saber o que aconteceu com Gustavo. 

Me assusto quando a porta é aberta e Guga aparece mancando e com a testa sangrando, mais não me contenho e corro para o abraçar. 

-Ai que bom você tá bem... - o abraço aliviada. 

-Por pouco... - fala gemendo de dor e o solto. - Preciso desce para falar com o pessoal na sala, vem comigo. 

Aos descermos as escadas vejo todos machucados mas nada grave, Ravi tá com uma faixa na cabeça igual Edu. Carol está sentada na poltrona do lado com um saco de gelo no olho, graças a Deus ninguém levou um tiro. 

-Quero agradecer vocês, pois se não fossem vocês tinha perdido o morro e tava morto agora. - fala meu namorado de pé ao meu lado. - Perdemos alguns homens, mais é parte do trabalho infelizmente... Foi Estevão outra vez e tem dedo do Carlão junto, eu estou realmente cansado disso e resolvi não espera mais e agir. 

-O que vai fazer? - pergunta Carol. 

-Vou matar Estevão, ele será assassinado. - responde. - Vou armar pra ele e será o fim dessa palhaçada, Carlão é outro que não vou deixar passar. WT tá fechado conosco, mais um aliado e isso é bom. 

-Se é fácil assim porque não fez ainda? - questiona Carol. 

-Ele é pai da minha filha, meio que tínhamos um conflito ai... - respondo pra ela. 

-Você é amante do inimigo? - olha pra mim incrédula. - Guga e se ela for uma X9... - ele não a deixa terminar. 

-Eva é de confiança e confio de olhos fechados nela, Estevão é um canalha que está pouco se fodendo para Eva e Ariela. - fala. - E ela não é amante de ninguém, é minha mulher. - fala em alto e bom tom. 

-Olha Carol segura a onda. - Menor fala. - Eva é uma mulher de confiança, não tem porque desconfiar dela. 

-Eu já disse isso Menor, não precisa repetir. - Guga fala entre os dentes. - Olha ninguém sai ou entra do morro mais hoje, Ravi cuida de tudo to sem cabeça. - olha pra Ravi e sei que estão conversando por olhar. 

-Pode deixar irmão e segura a onda, tudo vai ficar bem. 

-Tomara... - fala pensativo.

-Realmente tudo mudou por aqui, acho que fiquei tempo de mais longe. - fala Carol olhando pra mim. - E eu não confio em você. - aponta pra mim. 

-Eu não pedi para confiar em mim garota. - respondo irritada com seu tom. - Uma menininha que sabe atirar? É isso que você sabe fazer? Eu fui prostituta a maior parte da minha vida e nem por isso, eu sou uma burra! 

-Eu burra? - gargalha. - Eu sou a melhor no que faço, não se engane meu bem. 

-Em se jogar pra qualquer um? É verdade nisso você é excelente. - digo. - Eu não sou X9 e se você quiser acreditar ou não eu não ligo, Carol. - me aproximo dela. - Agora não venha me acusar na minha cara e espere que eu fique calada, pois não vai aconteceu garotinha. 

-Está se achando só porque dá pro dono do morro. 

-Eu dou, todo dia se for possível. - falo. - Ele é meu e espero que tenha entendido o recado, não sei atirar mais posso aprender. Não sou um demônio, mais também não sou uma santa do pau oco. - Guga me olha espantado. 

Nosso Amor Bandido - Livro BônusOnde histórias criam vida. Descubra agora