2. Quando a música incomoda.

227K 23.3K 178K
                                    

#MorceguinhoCerejinha

Park Jimin.

"A cidade está em alerta. O xerife Kyung-Huk entrou em contato com as autoridades vizinhas e recebemos a informação de que o alarme continuará soando, todos os dias, às nove horas da noite. Sem data prevista para um fim. As investigações estão à todo o vapor, mas correm em segredo de justiça. As únicas informações que temos é que outras três vítimas foram mortas na última noite, por volta das dez e meia da noite. A polícia local suspeita de que há mais pessoas envolvidas nesses crimes brutais, e refere-se aos casos como um verdadeiro banho de sangue. Nós ficamos por aqui, e há qualquer momento voltaremos com mais informações. É com você, Kang."

Fui pego desprevenido com a televisão sendo desligada repentinamente e logo mamãe surgir com o controle em mãos. Caminhava apressadamente até onde eu estava e parecia meio receosa.

— Chega de notícias como essas, pois bem? — ouço sua voz em um tom preocupado.

Oh, ela é tão protetora. E se torna ainda mais por estarmos diante de um caso extremo de mortes aqui pelas redondezas.

— Mãe, não deveria ficar tão preocupada com isso. Não faz bem à saúde. Ouvi dizer que há pessoas que morreram por tanta preocupação. — Jihyun surgiu, completamente desengonçado e com seu estilo rebelde.

O cabelo? Puff, parecia mais que tinha levado um choque ou que um grupo de passarinhos rebeldes tinham feito de sua cabeça um palco para um show de heave metal.

Mas, bem... Quem sou eu para dar pitaco no estilo alheio? Exatamente, ninguém.

— Quem vai morrer são vocês se não forem logo para o colégio. Estão há um passo de perder o horário. — a mulher de cabelos tingidos pela tinta de cor preta, disse.

Eu levantei da cadeira em que estava sentado, limpei minhas mãos que estavam sujas do farelo do bolo e peguei minha mochila que estava na cadeira ao lado. Fui até minha mãe e deixei um beijo em sua bochecha, recebi outro em troca.

— Eu amo você, amo de montão! — falei, me afastando de seu abraço.

— Eu também amo você, neném. Agora, vá! Vá e fique de olho em seu irmão, não o deixe aprontar.

O pedido de minha mãe é uma ordem. Sendo assim, saí de casa e sentei no degrau de entrada, calçando meus patins e esperando que Jihyun aparecesse com seu skate.

Enquanto ele não chegava, terminei de colocar meus patins e fui até o meio da rua, andando calmamente para lá e para cá, cantarolando uma música qualquer. No entanto, em uma de minhas idas e vindas, meu olhar parou na grande e última casa da rua. Fixei minha atenção ali e fui pego de surpresa ao notar um caminhão de uma empresa, tentei ler o nome da mesma que estava estampado na lataria do automóvel, mas a miopia não me deixou ir à fundo.

Porém, tratava-se de uma mudança na casa. Havia quatro homens entrando e saindo com algumas coisas, e tinha dois trocando o portão enferrujado por um novo.

Oh, meu Deus.

Isso...

Mudança? Uma mudança? Para a casa abandonada? A casa que eu, Taehyung, Hoseok e Jin invadimos?

Jesus de ré pra Salomé!

Isso não pode ser possível. Eu não quero acreditar que sou tão azarado assim.

— Sua peste, sabe que não pode ficar andando no meio da rua, não sabe?! Se minha mãe te pegar aí, olha... Eu não sei nem o que ela faria com você. — escuto Jihyun exclamar, uma vez que estava à minha frente com seu skate em mãos. – Vamos, estamos atrasados.

ROCK MÁFIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora