Capítulo 7

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Lauren jauregui pov

Alguns dias depois...

Estava em meu quarto com o pensamento fixo e aterrorizante de que: O dia de voltar a escola estava próximo.

Não havia desculpas, não havia "motivos", não havia nada muito conveniente ou inconveniente para que assim não fosse. Ao menos, isso acontecia na visão profissional da doutora Iglesias, que destacou que a data do meu retorno estaria mais próximo do que esperávamos, oque para ela e meus pais seria um bom sinal em minha recuperação. A data não se findava em em dois dias ou três, entretanto, meu pensamento era que teria muito mais dias distante do lugar que tornava a minha vida um verdadeiro inferno. Por isso, desde que havia tido conhecimento do assunto, estava com a cabeça e o coração cheios de ansiedade e insatisfação. A informação desagradável havia chegado na noite anterior, após a chegada do meu pai do trabalho. Ele reuniu a mim e a minha mãe para contar a "grande e boa" novidade. A ligação da doutora antecipando e afirmando a minha volta havia sido péssima para mim. Já para ele e minha mãe: animadora.  Durante os dias que se sucederam ao meu "acidente" estive tão empenhada em estudar e enviar meus deveres aos professores de casa, que a lembrança de uma volta prematura a escola não tinha me visitado a cabeça, até o momento em que ela veio. E ela veio como lembrete, que o dia de voltar ao inferno estava mais próximo por múltiplos cuidados e precauções tomados com meus ferimentos e fraturas. Ou seja, por eu estar "me saindo bem", logo voltaria a me sentir mal...

Relembrar meu último contato com Hassan era definitivamente assustador. Era definitivamente aterrorizante recordar todos os acontecimentos que tive com Hassan até aquele que havia me dado um tempo de distância dele. De fato, era sufocante saber que eu estava indo direto para a cova dos leões novamente. Aprendi, dia após dia, que nada muda. Que nada diminuiu ou desfavorece. Na verdade, percebi, dia após dia, que tudo só se intensifica. Não só o medo, a insegurança e a insatisfação, na verdade, existia em mim um mix de tudo e mais um pouco.

Trevis Hassan me fez entender que não havia redenção para alguém como eu com uma pessoa como ele.

Só de pensar que teria que lidar com ele novamente...

- Olá, querida! - Ouço a saudação de minha mãe e me viro para dar atenção a ela. - Tudo certo por aqui?

Queria dizer a ela que não. Que nada estava bem, mas eu não faria aquilo com ela. Eu não a colocaria em perigo. Eu não a faria sofrer.

- Sim. - Falei desviando meus olhos dela. Não queria mentir enquanto a observava. Ela não merecia.

- Oque há de errado? - Me questinou com um tom preocupado. E por segundos me julguei por deixar meu tom de voz me entregar tanto.

- Não, nada. É só... eu estou com a cabeça cheia de coisas e essas matérias uma em cima da outra estão me dando um pouco de dor de cabeça. - Murmurei e suspirei afim de demonstrar cansaço.

Um cansaço que não possuia.

Seus olhos me analisaram por um breve intervalo de tempo e ela não aparentava crença em minhas palavras.

- Você sempre tão estudiosa! Isso me deixa muito feliz. Mas essa sua carinha... vamos, me diz oque a preocupa verdadeiramente?

Lá estava a pura complicação. Odiava mentir para ela. Odiava mais ainda quando ela percebia que algo não estava certo comigo. Ela era boa nisso. Mas eu sempre fui melhor em mentir, doque ela em perceber as coisas.

- Tudo bem! - Sorrir sem humor enquanto trava de pensar em algo que parecesse convincente o suficiente, e graças aos meus novos vizinhos, havia encontrado uma escapatória do interrogatório. - Bom, é os meninos da casa ao lado.

Minha Garota Favorita (G!P) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora