Lauren Jauregui Pov
Uma semana e meia havia se passado desde minha conversa com minha vizinha, Camila Cabello.
Eu á via sempre da varanda de minha casa. E sempre que ela olhava de volta, fingia que não estava a observando e em outras vezes, quando sustentava o olhar, ela abaixava a cabeça. Nos últimos dias mantive minha janela trancada com as cortinas também fechadas. Assim também foram para qualquer aproximação que ela tentava.
Estava sendo horrível é claro. Mas usava sempre como argumentos que aquilo que estava fazendo era o certo a se fazer.
Camila ainda vinha tendo seus encontros com sei lá quem, o que me magoava dia após dia. Contudo, não podia fazer nada além de vê-la sair toda arrumada na maioria das noites. Na maioria de suas saídas, eu sempre a via observar minha casa antes de adentrar o carro e partir. Algumas vezes, como uma boa idiota, a esperava voltar só para ver seu rosto e tentar identificar seu humor. Por vezes, egoistamente, desejei que ela voltasse insatisfeita com o seu encontro. Desejei que ela demonstrasse isso enquanto eu assistia sua chegada, que vinha sendo além das dez da noite. Mas, ela sempre voltava sorridente, alegre e definitivamente descontraída. Descartando qualquer expectativa remota da minha parte. Por vezes tentei manter distância da janela nos momentos em que presenciei sua chegada. Por vezes lutei contra mim mesma para não fazer, a que vinha considerando ser: a maior burrice que andava praticando. Entretanto, não conseguia controlar fazer em todas as vezes que ouvia o barulho do carro estacionando próximo.
Sempre ouvia dizer que, o tempo era o melhor remédio. Por isso, desejava dia após dia que tudo se evaporasse, que todo o sentimento que nutria por ela fosse embora. Almejava que o remédio chegasse com urgência. Era doloroso ter que vê-la e saber que não podia impedi-la de qualquer coisa. Ela era livre para fazer o que bem entendesse. Assim, ela também era livre para sair com quem bem quisesse.
Não poderia fingir a amiga feliz enquanto via ela, possivelmente, apaixonada por alguém. Não seria possível nem me imaginar em uma cena a qual ela narra sua história de amor com o fulano. E ainda por cima tinha minha história com o Hassan. Não podia colocá-la em perigo. Camila era uma boa pessoa. Não necessitava da atenção de alguém tão babaca como Trevis Hassan ou qualquer um dos três outros que amavam me "dar atenção".
Só precisava aguentar a barra por mais algum tempo. Logo ela esqueceria de mim. E, viveria sua vida como vivia antes de me conhecer.
Entretanto, no meio tempo que tinha conseguido afastar Camila Cabello para longe, outro Cabello andava perturbando meus neurônios com suas evasivas intromissões. No passo que vinha obtendo sucesso em manter um longe, o outro parecia trabalhar em prol de que as coisas não se encaminhassem para o mesmo destino. Cameron tinha conseguido me alcançar na escola. Nós conversamos e colocamos alguns pontos na mesa. Assim, obtive a conclusão que não importava oque fizesse para tentar me esquivar dele, eu não obteria sucesso. Por esse motivo voltei a falar com Cameron normalmente, mas evitava fazê-lo aos arredores da escola, não só por causa de Hassan mas também porque tinha descoberto que seu nível social na escola, em pouco tempo, tinha se estabelecido em bom patamar. E sabia que se alguém o visse comigo, isso o tornaria alvo de piadas ou coisas piores. Dependendo de quem seria o mensageiro da crueldade.
Na escola, durante a semana, nós dois nos encontramos em muitas aulas, assim como também dei de cara com Camila em algumas delas. Ela sempre parecia dispersa e sequer demonstrava me notar. Todavia, isso não foi oque mais me chamou a atenção, pois sabia que ela poderia estar tão infeliz com nosso desfecho quanto eu e assim poderia estar me evitando, mas sim a maneira como as pessoas pareciam agir de maneira remota em volta dela. Estavam sendo em demasiado prestativos e gentis. Contudo, não parecia ser algo vindo de pura vontade mas sim de um dever a ser cumprido. Era como se ela fosse... O próprio Hassan em nossa turma. Só que sem qualquer semelhança em suas faces e ações. Pelo contrário, ela lhes dava sorrisos e jeitos em forma de agradecimento. Diferentemente de Hassan que sempre foi um escroto mal educado. Mesmo assim, não pude deixar de notar que as pessoas ao nosso redor pareciam temer não deixá-la mais do que bem em nosso período de aula. Era definitivamente estranho, mas tentava não ligar muito, pois estava mais do quê disposta a deixar qualquer vínculo com ela morrer. Contudo, não era só na sala de aula com Camila que as coisas estava diferentes. A escola estava estranha por completo. Um exemplo: hoje quando estive em meu horário escolar, percebi haver mais cochichos ao meu redor que o normal. Meus colegas de escola estavam mais falantes e me pareceram mais centrados em alguma fofoca que não parecia ser eu, Oque de fato não era incomum, mas foi estranho perceber que eu não estava sendo o centro das atenções de uma forma negativa. Na verdade, pela primeira em anos, pareciam nem perceber ou se importar com minha presença. Em algum momento quis saber o motivo, entretanto preferi deixar de lado ao meu dar conta que estava tendo um dia passivo e nada conturbado.
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Minha Garota Favorita (G!P) EM REVISÃO
FanfictionManter um segredo a sete chaves nunca foi um problema para Lauren. Afinal, quem em sã consciência a amaria?( Ao menos é oque se passava em sua mente).Porém, oque ela não sabe é que: "o destino prega peças". Talvez, Lauren só precisasse ser menos tí...