Só quero beijar você!

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Haviam se passado dois meses, desde que vi Seungkwan pela última vez, e, depois, não tive mais notícias de nenhum dos meninos. 

Após toda aquela confusão, expliquei a Cláudia tudo o que aconteceu, quando, depois que saí da casa do meu pai para ir atrás das minhas irmãs, e quem cada um deles era, bem como o que achava que estava acontecendo. No começo, ela ficou confusa, mas, por fim, pareceu entender.

Certa tarde estava quase no final do meu expediente quando Cláudia me chamou.

- Aconteceu algo?

- Chegou isso para você. - ela apontou em cima do balcão.

- O que? Um buquê? Mas quem me daria... - quando peguei o cartão fiquei emocionada e com a voz um tanto embargada.

- O que diz? De quem é? - Cláudia estava muito curiosa. Tentou olhar, se debruçando sobre o balcão, para saber de quem era, mas sem sucesso.

- É dele.

- Não me diga. Depois de todo esse tempo?

- Pois é.

- O que diz?

- Ele está me pedindo desculpas e diz que quer me encontrar.

- Você vai não vai?

- Ainda não sei.

- Como não Ariam? - ela fala mais alto do que deveria.

- Você só quer que eu aceite para ter notícias do Mingyu não é?

Desde que Cláudia conheceu Mingyu, ele era tudo no que ela falava. Estava encantada por ele e eu não a culpo. Mingyu realmente era um homem muito lindo e charmoso, mas de certa forma aquilo era um pouco irritante. Ela falava mais em Mingyu do que eu em Seungkwan. E olha que eu o conhecia há mais tempo do que ela conhecia Mingyu, mas acho que, o fato de não falar tanto nele, era porque ainda estava irritada pelo que ele fez. Por não ter me contado. Por me iludir. Eu nunca havia me apaixonado e quando aconteceu era por alguém proibido e que não fez nada para evitar isso.

- Claro que não. Quero que você aceite porque não aguento mais ver você assim tristinha. - ela fala sem me encarar. Tentando disfarçar o que eu já sabia.

- Tá... bem! Vou fazer de conta que acredito. - eu rio, voltando para o estoque.

Após isso, peguei minhas coisas e, ao sair da livraria, com o buquê na mão, distraída, ele me assustou.

- Oi Ariam! Há quanto tempo!

- Seungkwan? O que faz aqui? - perguntei surpresa com sua aparição repentina. Não esperava que ele fosse vir me ver, pessoalmente.

- Vim ver como você estava. - ele se afastou do carro, no qual estava escorado, e veio até mim. - Percebo que recebeu meu presente. O que achou?

- São lindas. Obrigada. - falei, enquanto continuava caminhando.

- Como você tem passado? - ele correu um pouco para me alcançar.

- Até que bem. - respondi sem o olhar.

- Ainda zangada comigo?

- Não estava zangada. Apenas fiz o que achei necessário. E você também deveria.

- Não posso.

- Por que não?

- Não consigo e não quero ficar longe de você. Você não tem ideia de como esses dois meses foram difíceis longe de você.

Eu parei e o encarei.

- Seungkwan fala sério!

- O que?

- Você não saiu da sua toca apenas para ver como eu estava ou para saber se estava zangada, não é?

- Bom... você me pegou... - ele colocou a mão no bolso da calça, enquanto encarava o chão - Na verdade, estava com saudades.

- Seungkwan...

- É verdade Ariam. Eu sinto sua falta. - ele disse encarando os próprios pés.

- Agora que já me viu, sabe que eu estou bem e que não estou brava, você já pode voltar.

- O que? Está me mandando embora? - ele me encarou surpreso.

Filhos da Escuridão ↬ Boo SeungkwanWo Geschichten leben. Entdecke jetzt