Hospital

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Pov. Henry

Quando chegamos ao hospital, Ilaria correu direto para o quarto aonde minha mãe havia dito que Tom estava e eu acabei ficando para dar as informações sobre nós e as que faltavam sobre o garoto, somente depois de uns 15 minutos que eu subi para o quarto, aonde encontrei Ilaria aos prantos sendo consolada por minha mãe.

- Está tudo bem? – eu disse apenas com os lábios e minha mãe respondeu para que eu não me preocupasse da mesma forma.

- Henry já está aqui Ilaria. – minha mão disse para ela que balançou a cabeça, passou as mãos no rosto e me encarou.

Eu nunca imaginei que ver uma pessoa triste pudesse me afetar tanto, mas ao olhar Ilaria com aqueles olhos vermelhos, cheios de água enquanto me encarava parecendo pedir socorro senti como se tivesse levado um soco. Eu não estava apaixonado, mas eu não queria que ela sofresse.

- Está tudo bem Ilaria, foi só uma crise de asma. – minha mãe a afastou um pouco e limpou o rosto dela. – Ele vai ficar bem.

- Me desculpe, é que depois do que aconteceu com o meu pai, eu...

-...está tudo bem. – ela interrompeu Ilaria e fez carinho nas costas dela para que se acalmasse. – Não tem porque pedir desculpas por se preocupar, você é mãe, de certa forma, e nós somos assim e você não está sozinha, eu e Henry... – tanto minha mãe quanto Ilaria voltaram a cabeça para mim e sorriram. - ...estamos aqui para te ajudar.

- Eu também! – após o grito estridente percebemos que a porta foi aberta, tanto eu como minha mãe olhamos para a porta e vimos uma figura alta e arrumada demais entrar no quarto.

- Virginia. – Ilaria disse um tanto constrangida e eu me senti um pouco mal e deixado de lado ao vê-la ali. – Eu a chamei, porque...

-...tudo bem Ilaria, eu preciso mesmo ir tomar um café e depois ir para casa. – ela deu um beijo na testa de Ilaria e olhou para Tom que dormia calmamente como se nada tivesse acontecido.- Eu te disse, foi só uma crise, não se preocupe e me chame se precisar. – ela fez carinho em Ilaria e se afastou. – O médico já vem para falar com você. – minha mãe veio até mim e pegou na minha mão. – Me acompanha querido?

- Claro. – eu pisquei algumas vezes e olhei de Virginia para Ilaria, mas senti minha mãe me puxar e, levemente, me conduzir para fora dali.

- Você deveria ao menos ter usado seus dons para disfarçar a cara que fez. – minha mãe disse assim que saímos do quarto e passamos a caminhar em direção a cafeteria.

- O que você está falando?

- Parece que o ex marido e pai do filho da sua esposa apareceu quando Virginia entrou. – ela pegou o celular e disse como se não fosse nada.

- Você sabe como eu tenho tratado aquele garoto para a Ilaria chamar a Virginia? E desde quando a senhora conhece ela?

- O pai da Ilaria havia me mostrado algumas fotos dela. – ela deu de ombros. – Você está com ciúmes. – ela disse quando nos sentamos em uma das mesas.

- O que você vai querer? Café, cappuccino? Chá? - eu desviei a conversa e minha mãe abriu um sorriso.

- Só vou te acompanhar querido, daqui a pouco seu irmão está chegando para me buscar. Você pode vir também se quiser, mas acho que a Ilaria vai precisar de você.

- Eu acho que não. – eu dei um sorriso fraco para a minha mãe e ela segurou as minhas mãos. – A Virginia com certeza vai fazer um papel bem melhor que eu.

- Eu vou fingi que esse comentário não mostrou o quanto você está enciumado. – ele deu umas batidinhas na minha mão. – Vou te dar alguns conselhos, primeiro não veja coisa a mais do que há, tanto em relação a Virginia e Ilaria quanto com você e ela. Sei que você gosta dela, mas talvez você esteja confundindo o seu desejo de ter uma família com o fato de gostar dela e de ter uma família com ela.

Tudo Que Eu Nunca Pedi || Henry CavillOnde histórias criam vida. Descubra agora