Dê um trocado pro seu bruxo

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Tinha que admitir que não estava muito acostumado com a presença de Jaskier em seus banhos, com o mesmo lhe tocando os seus fios brancos a fim de os limpar. Ou com o fato de que por vezes o mesmo lhe perguntava de uma cicatriz ou outra, e o lobo branco o respondia com a paciência que apenas ele tinha com o bardo. 

– Você deve querer alguma coisa quando essa baboseira de monstros acabar. – Disse gesticulando com as mãos, quase achando graça da carranca do bruxo.

– Eu não quero nada. – respondeu seco.

– Bom, quem sabe, talvez alguém por aí queira você. – o bardo se agachou na frente do bruxo, molhando seus finos dedos na água, suavizando seu olhar.

– Não preciso de ninguém, e não quero alguém que precise de mim. – não conseguia decifrar o que o bardo estampava em seu olhar, mas ao dizer isso o brilho dos olhos de Jaskier sumiram um pouco. Não pode ser... Jurou estar alucinando.

– só que... cá estamos. – Quase sussurrou de forma inaudível. Mesmo que a luz precária do lugar dificultasse a visão do bruxo, notou que as bochechas do outro estava levemente rosadas.

Geralt se curvou aproximando mais seu rosto ao do outro que antes se via distraído com os próprios dedos. – me responda uma coisa, bardo. – levou sua mão até a mão de Jaskier, apenas arriscando causar alguma reação nele e conseguiu, apenas deixou ele mais acanhado. – nesses últimos dias... Anda doente? Seu rosto quase sempre toma um tom avermelhado quando entramos nesse comodo. Ou anda sentindo algo que não quer me contar? – Deslizou seu dedo indicador lentamente para dentro da manga do casaco do bardo, causando arrepios no mesmo. Não admitiria mas estava adorando causar tais reações em Jaskier. 

O pobre bardo não sabia o que dizer ou o que fazer naquele momento, não sabia se o lobo branco estava brincando com ele ou se o mesmo estava entendendo seus sentimentos. Geralt sempre o ignorava ou o respondia curto e grosso a procura de paz, mas agora estava deixando o confuso. 

Jaskier se afastou um pouco do bruxo e a passos lentos foi para seu lado – Por que quer saber agora?! Não é nada de importante, talvez seja um resfriado. Sabe minha saúde é um tanto frágil e.. – começaria a tagarelar sem freio algum se não fosse pelo puxão que o bruxo lhe deu, o puxando pela cintura o trazendo para a banheira e o molhando. Não teve nem mesmo tempo para dizer alguma coisa pois sentiu seus lábios serem tomados com tamanha dominância. Geralt tomava seus lábios fervorosamente, mal conseguiu acompanhar aquele ósculo até simplesmente se deixar entregar. 

Sequer se deu conta de que estava sentado no colo do bruxo, ou do fato de que estava totalmente encharcado pela água da banheira. Aquele selar de lábios estava se tornando profundo, com permissão de ambas as línguas esplorarem as bocas, as mãos do Dandelion passeando pelos ombros e peitoral definido do outro, por vezes sentia no tato de seus dedos as cicatrizes, algumas pequenas e outras grandes. O toque quente na pele gelada do lobo branco causava uma espécie de choque térmico gostoso de sentir.

O ar estava faltando então o selar foi separado por ambos, mas o bruxo não parou, desceu seus lábios, atrevido, até o pescoço branco ali deixando selares suaves e outros mais molhados, arrancando quase inaudíveis suspiros do outro, enquanto que com suas mãos levantava o casaco do bardo, entendendo aquele pedido silencioso o mesmo ajudou Geralt a tirar aquelas peças de roupa assim deixando desnudo seu torso.

Podia sentir e ouvir os batimentos cardíacos do bardo, eram realmente acelerados, poderia jurar que se fosse mais rápido do que já estava ele teria um ataque. Os olhos dourados o devoravam, misturados de luxúria e talvez... carinho? Não sabia se seus olhos estavam enfeitiçados ou se aquilo que estava estampado nos orbes do bruxo eram reais. Os dedos pálidos foram até os botões róseos e passaram a apertar, beliscar e brincar com eles, agora conseguindo arrancar suspiros mais audíveis e algumas vezes gemidos de Jaskier. Com apenas uma mão conseguiu se livrar do resto das roupas do menor, com uma agilidade incrível.

Os falos já acordados se roçavam causando uma sensação prazerosa e totalmente nova para ambos, principalmente à Jaskier que arranhava levianamente os ombros largos de Geralt. Sentiu a forte mordida do bruxo em seu ombro, fazendo o outro soltar um gemido de prazer e quase cravar as unhas na pele alva do lobo branco. A língua quente deslizou pelo local da mordida, quase que o distraindo até sentir um dos dígitos do bruxo o penetrar sem aviso, adentrando aquele lugar quente e extremamente apertado. O menor arqueou um pouco soltando gemidos baixos por conta da pequena dor incomodativa.

Não era por estar sentindo um pouco de dor que não teria a ousadia de proporcionar prazer ao bruxo. Levou sua mão até os falos e passou a bombear ambos, arrancando grunhidos e gemidos baixos de Geralt. O de cabelos brancos tomou os lábios do outro novamente, o bardo mal sentiu o segundo dígito lhe penetrar, a água estava ajudando na lubrificação. Seus dedos brincavam dentro de Jaskier, o mesmo sentia um pouco de dor e isso era inevitável. Encostou ambas as testas, sentindo as lágrimas finas do menor caírem em seu rosto e se misturarem com a água.

– Não sabia que isso doía tanto. – Quase choramingou e logo sorriu fraco para o bruxo o fazendo retribuir de seu jeito.

Não aguentando mais tirou seus dedos dali e fez o bardo descer até seu membro, sentindo o canal do menor lhe apertar por completo. As unhas cravaram na pele de suas costas, trazendo mais prazer ao lobo e dor, não dando muita atenção a isso. Sequer deu tempo a Jaskier para se acostumar e o fez começar a cavalgar. A água faziam ondas e podia se ouvir o "Splash" dela junto do barulho molhado e excitante dos corpos colados, os lábios se roçavam uma vez outra e os gemidos de ambos quase se misturavam em puro deleite.

Até quem em uma dessas investidas, Jaskier quase gritou pois seu ponto mágico foi acertado, ajudando o bardo, agarrou em sua cintura e investiu mais forte e profundo. Dandelion jogou sua cabeça para trás com tais sensações que estavam o levando ao céu.

Sentia que seu orgasmo estava próximo e em meio aos gemidos tentou avisar a Geralt. – Aaah! Gera.. A-ah, droga! Eu vou.. – E logo atingiu seu ápice fazendo seu líquido derramar na água.

Mas o lobo branco não se satisfazia tão fácil, investia cada vez mais fundo no menor sentindo sua entrada lhe apertar prazerosamente, soltando um grave grunhido causando arrepios na espinha em Jaskier. Logo sentindo seu ápice próximo e então despejando seu líquido dentro do castanho, que gemeu manhoso e exausto se deixando abraçar Geralt e deitar sua cabeça em um dos ombros largos. Os braços fortes do bruxo enlaçaram na cintura do bardo em um abraço, sentindo as batidas de seu coração e ouvindo a respiração descompassada do mesmo. 

Iria falar algo mas já era tarde, Jaskier tinha se entregado ao sono então saiu da banheira com ele em seu colo e o levou até a enorme cama que tinha no comodo. O deixando entre as cobertas e o secando.



Na manhã seguinte tinha acordado com uma terrível dor em suas partes, marcas pelo corpo e o mais estranho, o bruxo dormia ao seu lado no que parecia ser um sono profundo, o sentimento de acordar com o lobo ao seu lado era algo que esquentava seu coração. Seu rosto esquentou e se virou para o lado, e se Geralt tivesse bebido demais? E se o mesmo não se lembrasse da noite passada? Iria sair de fininho mas não sabia onde estavam suas roupas, estava completamente nu apenas coberto pelos cobertores. Enquanto planejava uma fuga sentiu um dos fortes braços lhe puxar para perto, a respiração do bruxo batendo em sua nuca. Ele tinha acordado.

– Geralt! Então eu ach...– não terminou a frase ouvindo um grunhido rouco do pálido, ficou com medo de terminar. 

– Volte a dormir, Jaskier... – A voz grave fez com que o bardo obedecesse na hora, fechando os olhos mas algo lhe incomodava.

– Não temos que nos preparar para a festa de... – Esqueceu o resto da frase, sua voz estava um tanto rouca.

– Temos muito tempo ainda, volte a dormir. – Ordenou sentindo os ombros do bardo suavizarem e o ressonar baixinho do mesmo.

O bruxo não conseguiu dormir mas permaneceu ali, sentindo o delicioso aroma de cedro e cereja que o mesmo possuía.

Róe i winieOnde as histórias ganham vida. Descobre agora