Primicias

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Liz

Depois de subir dois lances de escada, Dominic adentra comigo em um quarto - o que ele está ficando nesses dias - e me coloca sobre a cama, ficando em pé diante de mim.

Eu emudeço.

— Prefere uma ducha ou um banho de banheira? - Ele pergunta retirando o casaco cinza que lhe cai tão bem.

— Eu disse que já tomei banho hoje, prefiro minha cama. -Deitar parece a única coisa plausível no momento.

Ouço a risada de Dominic encher o quarto escuro.

— Tão apressada, pequena deusa, vamos optar pelo mais lento então.

Ele se retira para um cômodo anexo ao dele, que suponho ser o banheiro, e enfim posso soltar o ar que não sabia estar prendendo. Reparo então na decoração do quarto.

Só existe cinza. Todas as tonalidades de cinza estão presentes aqui, desde a roupa de cama até as cortinas, cada coisa com uma tonalidade diferente, o que deixa o lugar um tanto obscuro.

Ainda não consegui processar o que Dominic disse querer fazer comigo, assim, tão naturalmente.

Eu não acho que ele quer me machucar, como ele mesmo disse, mas não consigo parar de tremer e a costumeira excitação que ele me desperta, não está mais aqui, o que tomou seu lugar foi um medo indescritível do desconhecido.

Dominic surge novamente, com uma expressão curiosa no rosto. Ele vem até mim e estende a mão.

— Venha.

Vou até ele hesitante, e aceito sua mão.

Sou guiada para dentro do banheiro de azulejos brancos e escuto a porta sendo fechada atrás de mim.

Não é um lugar enorme, mas também não é pequeno. No canto direito do banheiro há um box de vidro transparente e dentro posso ver uma grande ducha, que parece convidativa, mas não mais que o grande deck de madeira no lado esquerdo, de onde posso ver a água quente evaporando da banheira de hidromassagem.

— Um centavo por seus pensamentos. - Escuto sua voz perto de minha orelha e engulo em seco.

— Parece muito relaxante, até agora não entrei na banheira do meu quarto.

Ele dá um passo parando novamente na minha frente e começa a retirar sua blusa de lã enquanto olha nos meus olhos. Desvio.

— Eu não vou te morder Liz, claro, ainda não.

Meu coração não sabe como se comportar, consigo sentir as batidas descompassadas, medo e excitação misturados, me deixando sensível a qualquer movimento.

— Venha, sente aqui na borda.

Dominic aponta para o Deck de madeira e eu obedeço, já que não tenho muito o que fazer.

Olho para seu tronco nú e não consigo evitar morder os lábios, não sou uma pessoa de expectativas altas, mas se fosse, com certeza esses músculos superariam todas elas.

— Gosta do que vê, pequena deusa? - Ele solta o cabelo, e me olha com os olhos penetrantes.

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