A pedido de leitores.

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Primeiramente, eu não morri. 

Leio todas as mensagens, todos os comentários e todo o vosso ENORME apoio está sempre comigo. Existe, de facto, explicações que vos devo que estarão no fim deste capítulo, copiados também de um capítulo que postei no Social Spirit para explicar a minha ausência.

Quero agradecer a toda a gente que apoiou, leu e amou My Little, Sweet and Loyal Employee. Nunca esperei nem metade das visualizações e comentários que tenho agora.

A fanfic foi excluída por mim porque realmente achei que não fazia falta no meu portefólio. Adorei escrevê-la, não me interpretem mal, no entanto julguei legitimamente que ninguém sentiria a sua falta e muito menos a deveria manter aqui. 

Estava enganada.

Depois de CENTENAS de pedidos, mensagens privadas, mensagens afixadas no meu perfil, comentários em todas as minhas redes sociais e até no meu Whatsapp - vocês aprenderam a stalkear com o Bill, não é? - decidi voltar a restaurar a fanfic e terminar todas as minhas histórias em andamento.

Não posso garantir que seja rápido; este processo poderá demorar até um ano. Mas é um desejo pessoal que quero concretizar por mim e por vocês, já que, pelos vistos, gostam tanto destes xuxus quanto eu.

A parte dois desta fanfic também será restaurada; decidi rever uns detalhes e melhorar a história antes de publicar certa parte. Inicialmente, teria vinte capítulos, mas dada a quantidade de fanfics talvez serão apenas treze. 

Mas não se preocupem! Os capítulos serão gigantes!

Terminando o com o comunicado, atualmente escrevo My Hero Academia, também yaoi, no Social Spirit. São tudo histórias originais, ou a sua grande maioria; inclusive uma fanfic que mais tarde será adaptada para livro e já se encontra o original aqui no Wattpad, Take me to Church.

Eu ainda... Não consigo acreditar nos comentários ABSURDOS que recebi ao longo deste ano. Junto, por fim, acrescendo a explicação e o meu enorme agradecimento a todos vocês. Amo-vos, a cada um, para hoje e para sempre. Não tenho palavras que definam o vosso suporte BRUTAL! Seja aqui no Wattpad, no Spirit, no Nyah, em todo o lado. É incrível. É mágico. É... É tudo o que eu sempre sonhei. E, vocês, são a razão do meu acordar, a razão do amor que ganhei por mim própria. Cada elogio, cada crítica, cada choro, cada sorriso e gargalhada... Tudo isso é o que faz Church, é que me faz a mim, é o que nos faz a nós e ao que lêem. Ao que eu escrevo. Sem vocês, eu não era nada.

Obrigada.

Não tenho palavras.

Obrigada.

Obrigada por me fazerem ser a escritora mais feliz do mundo. 

Eu prometo, um dia, publicar livros e vos orgulhar. Prometo. De verdade.

Eu prometo que volto.


"Acho que vocês merecem saber o que aconteceu.


Para começar, eu não sou uma pessoa de desistir ou desaparecer. Sou alguém extremamente otimista, feliz e positivo. Não compreendo como isto começou, logo a mim, uma pessoa que era suposto ajudar, escrever pela vida e sorrir, como sempre o fez. Então, depois de literalmente trezentos e quarenta e quatro dias sem atualizar - amanhã fará um ano por total coincidência porque eu só abri esta página agora mesmo -, estou aqui.

O meu namoro de cinco anos terminou e, honestamente, até hoje não sei dizer se foi a pior ou a melhor coisa que me aconteceu. Percebi que, afinal, não me conhecia completamente. Cresci como nunca o tinha feito, vivi, amei, diverti-me e fui livre; não que o meu namoro tenha sido mau, pelo contrário. Foi bom enquanto durou, acabou bem, mas com isso vieram as desilusões ainda piores e as verdades nuas e cruas que descem à realidade, com as mentiras finalmente desmanchadas.

Sinto que o que eu tinha mais era uma amizade muito íntima, porque honestamente senti mais que perdi o meu melhor amigo que namorado, acho eu. Acho. Não sei bem dizer. Dar as mãos e beijinhos para mim sempre chegou; depois, tínhamos objetivos muito diferentes, raízes opostas e desejos, sonhos completamente irreais para se viverem juntos. Eu queria A; ele queria Z e não há problema nenhum nisso. Pessoas crescem, moldam-se e estão sempre a evoluir. Tornou-se incompatível para mim.

Depois, para melhorar, perdi todos os meus amigos aqui da minha cidade. Desapareceram, ou melhor, eu desapareci. Descobri que as coisas não eram tão boas e positivas como achava que eram. Afinal, não gostavam assim tanto de mim como eu gostava deles, por exemplo. Repito, não os culpo por criarem contas falsas no Instagram a mandarem comentários de ódio ou por dizerem mal de mim nas costas. Crescemos de forma diferente, eles fizeram as escolhas deles e eu as minhas. Seguimos rumos diferentes e aquela amizade que já não era tão saudável terminou e dei por mim, sozinha, com três amigos que só conseguia ver raramente por vivermos longe e a minha irmã.

As coisas não estavam nada bem para o meu lado.

Continuei a tentar escrever, cada vez mais solitária e sozinha e isso ainda rendeu-me durante dois anos. Ao terceiro, acho que simplesmente fechei o meu computador e deixei-o a apanhar pó. Chorei, chorei, chorei.

Eu finalmente tinha admitido para mim que eu não estava bem, que me sentia sozinha e que toda aquela positividade e sorrisos começaram a desaparecer. E eu não queria isso. Lutei, a minha vida toda, para ser alguém que me orgulhasse e eu não podia estragar tudo agora.

Finalmente, percebi porque Church existia. Percebi o que eu fiz, o erro que eu cometi e como não havia volta a dar. Eu criei Church porque a história tinha os amigos que sempre sonhei ter. Tinha o namoro, a amizade e a vida que eu sempre quis. Não, não queria ter sido abusada por um padre; por amor de Deus, não é isso. As personagens, as caracterizações que eu criei eram os meus melhores amigos. Eram as amizades perfeitas, os conflitos realistas com que eu queria lidar. Eram os amigos que inventei, apesar de adaptados de uma história de mangá já existente, que eu sempre sonhei em ter e que falava, a toda a hora, para não me sentir tão só; porque eu estava sozinha durante anos e nunca admiti para mim própria. Com amigos que, lá no fundo, sabia o que diziam de mim e com um namoro há distância onde só o vi três vezes na minha vida.

Estava sozinha e, por isso, passava todas as horas do meu dia a escrever, a ler, a criar amigos imaginários no papel.

O último capítulo que escrevi, eu chorei. Não chorei em específico nalguma parte deprimente - de certeza que sim mas não é isso que quero focar. Chorei por não estar ali, por não poder viver, por não os poder abraçar, por não ter quem ir comigo a sítio x ou y. E os que tinha, por mais que os amasse e ainda os ame, na altura era tão complicado os ver.

Então, dei um basta em tudo.

Pela primeira vez na vida, tirei exatamente um ano para mim mesma. Só para mim. Por muito que me magoasse, eu precisei tanto disto que vocês não imaginam. Não escrevi Church a sério, mas também nunca parei de pensar nele.

Um dia, decidi ir a um evento anime que ia haver aqui na minha cidade, sozinha. Só com a minha irmã. Eu fui sem combinar com ninguém, porque também quem eu conhecia não tinha intimidade na época para ir com a pessoa. Fomos só nós, com o intuito de conhecer pessoas novas.

E depois, conheci a pessoa mais importante da minha vida.

Não só fiz um grupo de amigos fantástico, que me acompanharam até em viagens pelo país, que me fizeram viver, que me fizeram ter as amizades que sempre sonhei, como também conheci um certo alguém demasiado especial. Eu viajei mais do que na minha vida inteira no último ano, beijei mais do que na minha vida inteira, amei mais do que na minha vida inteira. Conheci cidades novas, pessoas novas, ri-me de coisas novas, descobri e aprendi coisas incríveis que eu nem sonhava. Nunca, em toda a minha vida, sonhei que fosse ver um dos meus grandes amigos atuais a fazer um strip de Drag Queen; ou que, os meus amigos que viviam tão longe, fossem voltar a sair muito mais comigo porque agora estudam perto de mim, porque finalmente as coisas se orientaram e temos liberdade para nos vermos quando queremos; ou até mesmo adotar uma cadela do nada e viver comigo na minha cama, onde agora mesmo ela está a dormir aos meus pés.

Este ano, digo-vos, foi quase perfeito. Mas este, meus leitores e amigos, será muito, muito melhor.

Porque eu vou lutar novamente para manter tudo isto, para continuar a crescer, para ganhar mais e mais, aprender mais, viver mais e amar mais.

Mas também vou lutar para escrever mais.

Obrigada a todos os que esperaram por mim, leram até aqui e me acompanharam até agora. Agradeço especialmente aos meus leitores mais chegados do grupo de Church, aos que deixaram aqui comentários ao longo dos tempos - irei responder aos que puder agora - e, também, obrigada à minha irmã, aos meus pais, à Kushi, Croissant, Bifes.

Ah, e claro, obrigada ao homem da minha vida, o Todoroki".

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