Episódio 01 - Menina de açúcar

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Junho

O mar da glamorosa praia de Copacabana era visível pela janela daquele grande apartamento, ainda que estivesse de noite. As luzes da grande metrópole carioca deixavam o quarto menos escuro do que estava, sendo possível admirar a luxuriosa mulher, que de inocente só tinha a idade, com semblante de quem estaria prestes a devorar sua próxima presa.

Ela estava de pé, em frente a cama, segurando seu chicote como se estivesse prestes a usá-lo. Suas lentes azuis eram quase escondidas pela máscara preta de gatinho; sua peruca castanha de tons avermelhados estava solta, apesar do pescoço preso por uma coleira de couro. Vestia um corpete de látex, uma calcinha e meia-calça transparente presa por uma cinta-liga, ademais de botas de látex com um salto perigoso.

— Você vem sendo um menino muito malcomportado, não é, Amaranto?

O homem, por outro lado, estava deitado na cama, de pernas e braços abertos

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O homem, por outro lado, estava deitado na cama, de pernas e braços abertos. Suas duas mãos e pés estavam presos por uma corda nas laterais da cama, deixando seu corpo semi-nu exposto. Corceu tentava erguer o pescoço para conseguir visualizar sua namorada, que estava se aproximando, enquanto se segurava para não ter um orgasmo só de ouvir sua voz falando de modo tão erótico.

Eu perguntei se você vem sendo um menino mau! — Lia exclamou, batendo o chicote na madeira da cama.

— E-Eu venho sendo, sim! E daí? — ele respondeu, soltando uma risada irônica. — Não tem nada que você possa fazer pra impedir isso.

— Ah, não tem? — Soltou um olhar ameaçador. — Eu vou fazer você se arrepender de ter dito essas palavras.

Lia foi até a lateral da cama, onde subiu, cravando seu salto no colchão e ficando de pé. Corceu estava entre suas pernas, completamente paralisado. A morena, então, de um jeito lento, agachou-se na altura de seu abdômen, curvando sua coluna para aproximar-se com seu rosto do dele, mordendo seu próprio lábio.

E os dois teriam continuado no mesmo clima, se não fosse pela voz de uma terceira pessoa:

— CORCEU!

— Ah, não! — o homem resmungou, com ódio. — Droga...

— Ah não, mesmo! — Lia exclamou no mesmo tom, saindo da cama e se dirigindo, com passos rápidos, para a sala. — Agora essa mulher vai ouvir!

— Ei, Lia! — gritou em desespero. — Me desamarra antes, caramba!

Lia Almeida tinha um relacionamento de um ano e oito meses com Corceu Amaranto, quem havia se divorciado oficialmente há seis meses. Estavam morando juntos na casa onde antigamente ele vivia com sua ex-esposa, Louise, desde a firma do divórcio.

Muito embora tivessem uma relação séria, Lia somente o provocava. Não tinham tido relações sexuais pela jovem ter dezessete anos, apesar de fazerem algumas encenações eróticas juntos.

First - Eu nunca achei que seria capaz de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora