XXXII

4.4K 348 130
                                    

Nota da Autora: comenteeeeeeeem bastanteee, amo ler os comentários de vocês! Será que o livro está chegando ao fim? Tudo o que posso dizer, é que ainda tem muita coisa para ser resolvida nos próximos capítulos, e que em breve vocês terão que dizer adeus para Tayla e Edmond, e dizer olá para as irmãs Helena e Sienna, pois cada uma terá seu próprio livro. Quem vai continuar me acompanhando, ein? Eu prometo que vocês sempre ouvirão falar de Tayla e Edmond nos livros das duas outras irmãs!

Watford, Inglaterra

Não era apenas Tayla quem recebia uma carta naquele momento. Edmond, sentado em sua cama, aquela cama que ele a pouco dividia com a esposa que tanto amava, mas fazia tempo que Tayla não dormia lá, aquela cama que vivenciou momentos incendiários entre o casal, ainda apaixonado e ainda plenamente confiante na fidelidade que os unia. Edmond, sentado, encarava a carta deixada por seu criado em cima da mesa de canto, onde o conde também tinha deixado seus óculos.

Seus óculos, o único auxílio que ele tinha enquanto sentia a visão perder a qualidade todos os dias. Ele não sabia como iria contar para Tayla o que estava acontecendo. Não sabia como faria para dizer que a pressa em casar um grande conquistador e sedutor de bailes como ele era por que tinha medo de ser rejeitado se suas complicações de saúde piorassem.

Parecia estranho, aos olhos da medicina, Edmond não ter perdido a visão totalmente depois do que aconteceu na luta. Ele não podia ferir os olhos, e vivia os ferindo constantemente enquanto lutava. E aprendeu a lutar por que não pode proteger seu pai, seu corajoso pai, que fora brutalmente assassinado por ladrões na estrada.

Ele gostava de lutar, canalizar sua raiva em algum lugar, mas desde que Tayla tinha entrado em sua vida, ele sentia perder a necessidade de externar a raiva que estava dentro de si por não ter conseguido salvar o pai. Edmond não era um homem violento, jamais fora alguém que precisasse quebrar coisas para mostrar poder ou superioridade, longe disso. Ele de fato, nunca demonstrou ter esse tipo de atitude. A luta para ele, tinha relação com o seu pai, unicamente.

Também tinha a questão do orgulho, que com o tempo viria pela fama que ele adquiriu. Ele tinha alguns oponentes, o maior deles despertava nele o desejo de lutar. Recentemente, Edmond vinha perdendo a vontade de estar sempre no box, mas pelo seu oponente ele abriria uma exceção. Isto é, se seu médico em Londres, permitisse.

A carta que tinha chegado era dele. Mas ele não tem coragem para abri-la.

Diversas vezes em que imaginou seu futuro, Tayla nunca pensou em toda a sequencia de eventos que aconteceu em sua vida. Um casamento arranjado, gostar do marido (ela ainda se recusava a dizer amor, por mais apaixonada e vulnerável que estivesse, ela simplesmente não podia suportar usar esse termo tão pesado enquanto não tivesse certeza ou perspectiva de melhora), um filho que acabou por morrer em um incêndio que quase levou a vida dela também, o marido que ela estava começando a se acostumar com a presença e a convivência agora tinha um filho com uma das mulheres que ela mais desprezava (pois Tayla ainda não sabia da mentira que Rose contava, incentivada por Isla e com a ajuda de Oscar)

Tayla estava mais rodeada de pessoas mais falsas do que podia imaginar.

Ela queria visitar a mãe, estava com saudades, sentia falta do colo em que podia chorar. Ela estava tão chateada pelos últimos eventos que não conseguia encontrar consolo na companhia do marido e nem na companhia da sogra e da a vó de Edmond.

Ela se sentia vulnerável desde que casou com Edmond e resolveu ser sua esposa. Ela estava emocionalmente e fisicamente vulnerável, despida de qualquer força ou escudo que usava para se proteger. Ela um dia fora criticada pelos jornais e pelas moças da cidade, como uma mulher mal educada, grosseira e e inconsequente. E após o incêndio na ala norte da mansão, ela sabia muito bem o quão perigoso o fogo podia ser, apesar de ter passado a vida toda ressignificando toda a periculosidade do fogo, por isso, não incendiava coisas ou lugares como uma vez fez em seus tempos de adolescente.

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora