Capítulo 14 - Jogo perverso

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Gente, eu precisava de uma irmã para a Rafa então coloquei a "Larissa". Eu não sei se ela tem irmã de verdade, só sei do Renato.
Outra coisa, qualquer nome trocado, cidade, pessoa, qualquer coisa é só vcs falerem "olha ta errado aqui" que eu mudo kkkkkkk. É pq eu sou bem desligada, ok?
Leiam pq esse cap está beeeem quente...

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Point of view Rafaella Kalimann

- Rafa, você deveria vir! Sabe que papai sente sua falta. – ouvi a voz de Larissa tentando me repreender do outro lado da linha.

- Eu não posso ir, tem idéia de como sou ocupada?

- Você sabe o estado dele, além de que já tem meses que não vem nos visitar.

- Lari, por favor. Não é fácil para mim, e você sabe.

- Você precisa aprender a lidar com isso Rafaella, nos aprendemos e você pode aprender também.

- Eu não posso!

- Você pode, cala a boca. E venha esse final de semana, nós vamos fazer a festa de aniversario dele, e tenho certeza que ele gostaria de ter você aqui.

Respirei fundo tentando me acalmar. Já fazia meses que não os via, não que eu não sentisse vontade de estar com minha família. Mas era um tanto complicado ficar com eles, e, além disso, tinha muitos compromissos para cuidar, o que era uma boa tática de fugir desses encontros. Mas pelo visto, dessa vez eu não escaparia, Larissa estava decidida a me fazer ir.

- Eu vou pensar ok? Quem sabe final de semana eu apareço ai. – falei me rendendo a sua insistência.

- Pense com carinho, ou não. Mas venha. Farei seu bolo favorito.

Sorri ao lembrar o quanto Larissa e eu éramos unidas, apesar de mais nova, minha irmã sabia muito bem da vida. Sempre foi uma garota madura, e centrada.

- Vai mesmo fazer? – perguntei sorrindo

- Sim, estou com saudades de você, Rafa – seu tom de voz foi melancólico, me provocando um aperto no peito, em saudade de estar junto dela.

- Eu também estou com saudade, Lari. – ouvi a respiração dela do outro lado da linha, compassada e calma – Eu preciso desligar está bem? Pode me ligar quando quiser.

- Tudo certo, vou esperar você aqui esse final de semana.

- Tenha uma Boa noite, mana.

- Boa Noite, Rafinha – sorri ao lembrar a forma como ela costumava me chamar.

Desliguei a ligação, deixando o aparelho de lado. Ligações ou encontros com minha família sempre me deixavam meio melancólica. Fechei os olhos me encostando no estofado de minha cadeira, tentando fazer os músculos de meu corpo relaxar, o que não aconteceu. A essa hora eu já estava sozinha no prédio, apenas os ruídos dos carros e do transito preenchia minha sala aquele instante. Levantei-me, me servindo de um copo de vinho, que tinha sido um grande companheiro em minhas noites.

Em certos momentos eu poderia me sentir sozinha, e achar ruim. Mas em outros a solidão se preenchia com a calmaria que me fazia tão bem, era no mínimo reconfortante se sentir fora do mundo onde se tem tantos problemas e deveres. As vezes eu apenas precisava esquecer de quem eu era, ou de quem seria.

"oh céus, Rafaella, você está sozinha demais" – pensei tomando um gole de meu vinho.

Olhei para o relógio, vendo que já estava mais do que na hora de sair, e me perder por alguns instantes no corpo da mulher que eu mais desejava.

The Stripper (rabia version)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora