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Savannah ainda estava acordada quando sentiu o colchão abaixar com o peso do corpo de Lincoln

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Savannah ainda estava acordada quando sentiu o colchão abaixar com o peso do corpo de Lincoln. Depois que revelou seus sentimentos ele a deixou sozinha e se trancou no escritório pelo resto da noite e não restou muito a Savannah a não ser fechar a porta do quarto da ex-esposa de Lincoln e voltar para a sala e assistir televisão sozinha. Nada chamou realmente a sua atenção, então ela se arrumou para deitar, pensou em dormir com Sophie, mas fugir do que sentia seria ainda mais vinte passos para trás, e ela não queria mais isso, ou o relacionamento dela com Lincoln evoluía ou se acabava de vez.

A mulher deixou os olhos caírem sobre o relógio ao lado da cama e suspirou. Quatro horas da manhã, nem mesmo ela percebeu que passou tanto tempo pensando e esperando por Lincoln. Ele era um cara da noite, por causa da realidade da sua vida e nem quando estava de folga dormia cedo. Ela o ouviu se mexer, puxar o lençol e se arrumar sobre a cama, não o encarou, não queria encontrar aqueles olhos frios e cheios de questionamentos.

— A gente precisa conversar — ele quebrou o silêncio.

Savannah fechou os olhos ao ouvir seu tom de voz repreensivo.

— Estou ouvindo.

— Eu disse que não seria capaz de dar mais do que o meu desejo por você em troca e você afirmou que podia viver assim.

— Sei o que afirmei, mas não posso fingir meus sentimentos por você. Fiquei contente em saber que você pretende nos incluir em sua vida e falei o que verdadeiramente sentia.

— Esse é o problema, falar o que sente. Você não pode me encurralar desse jeito, Savannah, quando não posso retribuir seus sentimentos.

Savannah se sentou, apertou o interruptor de luz ao lado da cama e tudo se iluminou, Lincoln estava deitado só de cueca, como era de costume, com o lençol jogado no meio de suas pernas e com os braços atrás da cabeça.

— Eu o encurralei ao falar dos meus sentimentos, Lincoln? — Savannah cruzou os braços sobre os seios e controlou a vontade que sentiu de bater em Lincoln quando ele respirou fundo fechando os olhos, como se ela se alterar fosse um problema. — O quê? Agora até a minha voz te incomoda?

— Não, só não estou no clima de discutir sentimentos às quatro da manhã.

— Deitasse mais cedo então, você sabia que eu não estaria dormindo e você me chamou para conversar, agora me escute.

Ela o odiou mais ainda quando Lincoln arqueou a sobrancelha, um sorriso zombeteiro nos lábios.

— Olha, Savannah...

— Não, olha aqui você. — Ela cresceu sobre o mafioso, aquela era a sua paciência chegando ao limite, não era nenhuma santa. — Estou apaixonada por você e não quero mais esconder o que sinto. Já sei que você disse que não pode me dar o mesmo, mas eu não esconderei mais os meus sentimentos. Supere isso. — Ela jogou os lençóis para o lado e saiu da cama calçando os chinelos. — O problema não está no que você não pode sentir, e sim no que não quer sentir. Você não quer se permitir me amar ou amar qualquer pessoa, porque na sua mente é o castigo que merece e acredita mesmo que não amando um dia você conseguirá redenção. Foi exatamente essa sua atitude de afastar as pessoas que fez com que sua esposa se sentisse sozinha.

LINCOLN  - Série Homens da Máfia - | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora