Cap 33 - Mais um no Ninho

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Olááá!
Aqui estou eu de novo na sua caixa de mensagem lhe trazendo mais uma altualização!🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼
Espero que tenham gostado do cap anterior. E espero também que gostem desse.😁😊
Sei que haverá muito mais perguntas, mas... O que posso dizer que tudo o que está acontecendo, tem um significado. (Por mais doido que seja kkk😅)
Então...
Simbóraaa!🤩✨
Let's Go peoples!
Divirtam-se my littles!😘💕

Jaskier lutou bravamente para escapar da fome insaciável de um certo lobo, e no fim conseguiu o feito, mas depois uma outra rodada quando o Geralt se satisfez de uma vez

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Jaskier lutou bravamente para escapar da fome insaciável de um certo lobo, e no fim conseguiu o feito, mas depois uma outra rodada quando o Geralt se satisfez de uma vez.
Literalmente teve que fugir do quarto do bruxo e retornar para o quarto de Ciri, ou temia que mesmo quando chegasse o alvorecer estaria atrelado ao bruxo e suas vontades.
Mas o bardo não estava nem um pouco achando isso ruim, muito pelo ao contrário, era mais que um sonho realizado, um sonho que tinha se tornado realidade. Chegar ao ponto de ter que fugir para não ser devorado foi a melhor conquista de sua vida! Nem que passasse toda sua vivencia ele acreditaria se alguém lhe dissesse que um dia, Geralt de Rívia, estaria aos seus pés como um louco sedento pelo seu amor.
E principalmente de seu corpo...
- Jaskier... - acordou Ciri, ao ouvir o bardo deitar na outra cama, que fez um som estalado mesmo que ele tivesse todo cuidado do mundo em não fazer.
- Olá Ciri. Lhe acordei com o barulho?
- Não... É que eu senti sua chegada. - a menina sorriu muito amigável e se sentou na cama, bocejando - O que houve com você?
- O que houve comigo o quê?
- Essas marcas no seu pescoço... - Ciri franziu o cenho muito preocupada - Se machucou?
- Não é nada minha linda princesa, estou muito bem. E-essas marcas são... Uma alergia! Sim, uma alergia. É que acabei de comer algo muito forte... - disse, tentando esconder o máximo seu pescoço dentro de sua camisa.
- Geralt pode ter um elixir para isso. Porque não vai lá no quarto dele e...
- Não! Não precisa... - riu sem graça - Já vai passar, não é uma coisa assim tão má... Já vai passar. Não se preocupe.
Ciri não se deu por vencida, ver o bardo daquela maneira estava lhe dando uma aflição.
A inquietação tomou de conta do sono, e Ciri então resolveu se levantar de sua cama e ir para o de Jaskier, vê-lo mais de perto, analisar seu estado com mais cuidado.
- Jaskier, como está se sentindo aqui? - perguntou a princesa, apontando para sua barriga.
- Agora que perguntou... Estou me sentindo estranho sim. Como se... Como se eu tivesse... Cheio. De novo. Mas meu estômago está vazio. E estou com muita fome.
- De repente é o bebê. Você precisa se alimentar. Mas tenha cuidado, ou senão ficará com novas alergias.
Jaskier franziu o cenho, quase por um momento esqueceu de sua mentira.
- Ah s-sim! Minha alergia... - riu breve e sem jeito - Sim, vou tomar cuidado. Mas tenha certeza que esse bebê aqui dentro é mais forte que nós dois juntos, afinal ele é do... - logo interrompeu-se por quase falar daquilo para a menina.
Era certo que Ciri aprovasse muito a amizade e o amor entre Geralt e Jaskier, e ficava muito triste quando discutiam por algo bobo, mas mesmo assim ela nunca os viu fazer algo muito afetivo na frente dela, pois queriam manter esse segredo do mundo só entre os dois. Quer dizer, sabiam que existiam pessoas que sabiam, mas o mundo todo não precisava saber de seu amor.
E eles sabiam que Ciri sabia que se gostavam. Mas eles sabiam também que Ciri não sabia que eles dois eram amantes a esse ponto.
- Fale Jaskier. Pode falar. É um segredo? Sobre o bebê? Não é do Geralt? - questionou, muito preocupada pelo bardo.
- O-o quê? Espera Ciri! V-você estava pensando que eu e Geralt... Que nós dois...
- Jaskier, eu posso ter só doze anos... Mas tinha certas coisas em Cintra sobre o que minha vô falava... História de seres que fugiam por amar outros seres proíbidos... Meus pais foram um caso assim. Minha mãe um princesa, e meu pai, um ouriço! Mas que na verdade era um homem amaldiçoado. Mas mesmo assim, não era um nobre. E também tinha histórias de outras princesas que fugiram com a amiga porque se amavam... Minha vó me dizia que eu tinha que saber das "esquisitisses" do mundo porque eu teria que estar preparada para quando eu fosse a rainha de Cintra. Então... Quando observo seus olhares para Geralt, eu sinto o quanto você fica feliz. Às vezes você sorri sem perceber também.
- Eu faço isso?
- Faz, e com muita frequência. Geralt também tem andado muito contente. Há muitas coisas que ele não me deixava fazer, como por exemplo, coisas perigosas como eu fiz em Novigrad. Mas eu percebi que depois que você veio com ele para Ellander, ele está mais gentil.
- Hmm... Isso é muito bom saber. - sorriu meio bobo, e logo a princesa riu contida.
- Você é muito apaixonado por ele não é?
Jaskier foi pêgo de surpresa por aquela pergunta sem máscaras ou disfarce. E diante das atitudes da menina tão a favor daquele assunto, o bardo resolver se abrir.
- Sim Ciri, muito. E não só apaixonado. Eu amo Geralt. Amo tanto que sou capaz de suportar qualquer coisa por ele. Meu peito dói em só pensar nele... - disse, pegando em sua barriga, acariciando a mesma. Ainda não aparecia nada, estava somente de um mês e poucos dias, mas ele sabia que uma hora iria ficar bem aparente.
E imaginar aquilo, lhe dava medo. Mas confiava em Geralt, confiava que iria ajudá-lo nisso, que ia apoiá-lo e estar do seu lado quando estivesse do tamanho de um porco.
- Eu sabia! - disse Ciri abrindo um largo sorriso - E eu sei que ele também gosta muito de você. Ou melhor, ele te ama! Saiba disso. Apesar de tudo, você é uma pessoa muito importante pra ele. Talvez seja por isso que nós tenhamos saído de Kaer Mohren.
- Um dos motivos? - Jaskier ficou intrigado - Pensei que fosse por causa de sua educação e segurança. Ele tinha me dito em uma conversa aleatória sobre um combinado com aquela feitceira, Triss Merigold. Que você precisava conhecer o mundo, ter um lecionamento e se esconder no templo.
- Sim, esse era um dos motivos. Mas, nós saímos mais por causa de você.
- Por causa de mim...? Porquê? Como assim?
- Eu não sei direito. Mas tem haver por Geralt estar ficando doente. Vesemir comentava que ele estava desistindo de viver, que... estava sofrendo... por amor. Foi o que ouvi. Que fazia três anos que ele não era a mesma pessoa...
Jaskier ficou chocado com essa informação.
"Três anos... Isso foi o tempo desde quando nos separamos naquela... montanha! É claro! Então... Geralt estava sofrendo por mim? Oh céus... Vou morrer de tanta emoção! Então... Ele se arrependeu naquela hora! Não era só eu caído nessa lama, ele também! Será que se eu voltasse... Ele se desculparia naquele instante?". Comemorou internamente, apesar de ficar também um pouco triste em saber que o bruxo sofria.
- Oh minha nossa... Estou sentindo. - levantou da cama abruptamente, assustando a menina.
- O que foi Jaskier?! O que está sentindo? - perguntou muito aflita indo atrás do mesmo que olhava para todo o canto do quarto em busca de alguma coisa - Jaskier, me diga, o que está sentindo?
- Ciri, uma inspiração! Estou sentindo uma bela inspiração para compor! E sinto que essa balada será um outro sucesso! - respondeu, fazendo a menina arquear uma sobrancelha e cruzar os braços um pouco zangada - O que foi?
- Pensei que estivesse passando mal ou alguma coisa assim! - disse, um pouco brava e com cara emburrada.
- Own... - Jaskier então foi até a mesma e se abaixou, pegando suas mãozinhas nas suas - Desculpe minha pequena Cirilla, me desculpe se te deixei preocupada. Às vezes sou assim, mas prometo melhorar. - e abraçou a mesma, que por um tempo resistiu, mas logo sucumbiu à aquele gesto carinhoso do bardo.
- Não, você não vai. Geralt sempre me diz que você não tem jeito. - rebateu.
- Ah é? Ele disse isso? Quando ele diz?
- Quase sempre. - respondeu, dando um sorriso mais tranquilo assim que se desvincilhou do bardo.
- Então saiba princesa, que quem não tem jeito é ele. Ora... - resmungou cruzando os braços.
- E então?
- Então o quê?
- O bebê, é do Geralt? - perguntou Ciri novamente, fazendo Jaskier ficar tão sem jeito e impressionado pela esperteza da menina. Afinal, ele tinha feito de tudo para mudar de assunto mas, sua tentativa de passar abatido pela inteligência dela foi fracassada.
- Bom... - o bardo coçou a nuca e desviou o olhar da menina - Sim... - respondeu tão baixo que a menina franziu o cenho tentando entender.
- O que disse? - perguntou. Jaskier revirou os olhos em rendição.
- Ok, ok... Sim, é dele. Pronto. Esse bebê é do Geralt.
O semblante da menina ficou radiante. E sem que Jaskier esperasse, ela pulou em seus braços novamente lhe abraçando com força.
- Eu sabia! Eu sabia! Sabia que você e Geralt fizeram esse bebê! Então significa que você não foi violado!
- Ah não, de novo com essa história... Pensei que eu havia explicado!
- Eu sei que adultos mentem às vezes para nos proteger. Mas eu ficava triste toda vez que pensava que você... Que alguém lhe machucou dessa forma... - disse ela um tanto tristonha na última parte.
- Não Ciri, ninguém me machucou.
- Sim, agora eu sei. Geralt nunca lhe machucaria. Ele te ama. Então esse bebê foi feito com amor. - disse, deixando Jaskier tonto pela perspicácia madura da menina, e ficando também muito envergonhado, um raridade que pouco sentida.
- S-sim... Foi feito com, amor. Mas agora chega. Isso não é coisa que uma garotinha possa falar. - disse desviando a toda hora do olhar indagador da menina, que estava muito feliz pelo bardo e pelo bruxo.
- Está falando sobre reprodução? Uma vez ouvi Lambert conversando com Cöen, lhe aconselhando a como tratar uma dama. Bem, não entendi muita coisa, eles diziam coisas difícies... Acho que em algum dialeto de adultos. Mas entendi o fato de que tudo tem que ser feito com carinho e amor, porque é assim que tem que ser quando duas pessoas se amam. E você e Geralt se amam, então, tudo está certo!
- Geralt deve ter mesmo sofrido esses anos... Você é terrível Ciri! - disse, fazendo a mesma dar de ombros parecido com a do bruxo, mas o sorriso serelepe e arteiro da menina, Jaskier sabia que vinha da influência dele.
- E você não tem jeito. Então estamos quites. - rebateu ela, dando um sorriso serelepe.
- É. Pode se dizer que estamos quites. Mas agora, ainda é hora de mocinhas dormirem. - disse, se levantando e indo até a princesa e guiando-a até sua cama - Dormir faz bem para a pele, lembre-se disso. Ou então não vai estar bonita para conquistar a sua lista de pretendentes.
- Argh... Isso nunca vai acontecer comigo. Odeio meninos.
- Ainda é muito cedo para dizer isso.
- Não. Eu odeio mesmo.
- Porque?
- Porque uma vez minha vó me disse que tenho que ceder as obrigações quando me casasse. Então nunca quero conhecer ninguém. Nenhum menino! Ninguém vai mandar em mim!
- Ciri... - sentou na beira da cama da menina - Sua avó tinha suas convicções e experiências próprias. E isso não significa que irá acontecer o mesmo com você. Somos livres, podemos fazer nossas próprias escolhas. E garanto que seu coração irá escolher o que lhe faz feliz.
- Assim como seu coração escolheu Geralt?
- Sim, isso mesmo. Mas espero que não tenha a mesma sorte que a minha, pois cair de amores por um bruxo é a coisa mais difícil que se tem. Mas, como o raio nunca cai no mesmo lugar... Tenho certeza de que encontrará um rapaz lindo, romântico, gentil e que te faça sonhar acordada.
- Sim, eu sei que vou encontrar. - disse, e sorriu para Jaskier, olhando para sua barriga do mesmo de forma meiga, e deixando o bardo intrigado.
- Boa noite princesa. - Jaskier sorriu contente por causa de um pensamento, mas não quis levar isso adiante. Se aproximou da Ciri e lhe deu um beijo na testa, a cobrindo depois - Vê se dorme.
- Digo o mesmo para você. Devia parar de fugir no meio da noite para ir beber com Geralt, você precisa descansar e deixar o bebê confortável. E não tente dizer que não bebeu. Pois o cheiro de vinho está bem nítido.
Jaskier se engasgou com o próprio ar.
- A-ah claro, você tem toda razão... Tenho que parar de beber um pouco... - disse, se encaminhado para a outra cama.
- Jaskier, você não tinha uma inspiração?
- Sim, tenho. Mas... Acabei de me lembrar que não tenho meu alaúde... Ficou no templo. Espero que Nenneke não o tenha transformado ele em uma vassoura.
- Ou num monte lenha. - Ciri riu contida. E Jaskier sentiu um arrepio ruim disso. Afinal, ele também amava aquele alaúde.
- Acho que você deve andar mais comigo. Seu senso de humor está "Ríviano" demais. - disse, se ajeitando na cama, tinha que deixar sua inspiração para depois.
- Ou Citrense, você devia ouvir o que minha avó dizia em suas piadas...
- Ah eu sei bem como era sua avó. Tinha uma língua afiada... Mesmo que por pouco tempo, eu consegui conhecê-la a distância. Mas quem pode lhe dizer com detalhes isso é o bruxo. Mas acho que já sabe disso não? - a menina fez que sim - Bom... Agora vamos dormir menininha, chega de conversas da madrugada. - deu uma piscadela cúmplice para a mesma que sorriu amigável com isso.
Ciri então se virou e deitou-se para dormir. Só que Jaskier, seu sono ainda não vinha, estava bobo demais pelas lembranças da sua entrega com o bruxo, seu corpo ainda vibrava com aquelas sensações que Geralt lhe proporcionou a poucos minutos atrás, foi tudo tão intenso que... Lhe dava calor só de pensar.
"Pare Jaskier. Pare de pensar nisso! Ou então vai acabar no quarto dele novamente. Tenho que pensar em mim, tenho que descansar, e cuidar dessa coisinha pequena dos deuses aqui dentro que nós dois fizemos...". Pensou, acariciando sua barriga enquanto sorria sem perceber.
Em parte, apesar de ainda ficar assustado com tudo isso, no fundo Jaskier tinha uma pequena ansiedade por saber logo como seria o bebê. Ou... Como ele teria essa criança, como criaria, como sustentaria. Bom, ele mais do que ninguém tinha muita condição para isso, mas ele decidiu seguir seu rumo longe das sombras de sua mãe e tudo que era relacionado à sua família. Pois sabia que se voltasse, teria que assumir suas várias responsabilidades, e quem sabe, ficar sem seu amor e felicidade.
E ainda por cima tinha aquele sonho que tivera quando estava inconsciente depois do que Rience lhe fizera em Ellander. Aquilo não podia ser esquecido. Não mesmo. Mas, decidira que iria aproveitar o quanto pudesse, se assim fosse.
Jaskier então se deitou, mas sem fechar os olhos. Quem sabe uma hora ou outra iria ser capturado pelo sono.
❃❃❃❃
- Jaskier. Acorde. - uma voz grave lhe chamou, e ouvir aquela voz lhe fez sorrir antes de abrir os olhos. E enquanto se espreguiçava, sentiu alguém de peso menor pular no colchão ali perto da cabeceira.
- Geralt... - o bruxo foi a primeira coisa que ele viu ao acordar de vez - Ciri! - disse, assim que a mesma se sentou mais perto dele, a mesma tinha uma pequena bandeja nas mãos, sua expressão era alegre, e muito animada - Isso é pra mim? Hm... O cheiro está delicioso... Que horas são? - perguntou, ao ver que o sol lá fora não ajudava muito na indentificação, o céu estava cinzento, parecia que ia chover.
- Hora de jantar! - disse Ciri, pondo a bandeja ali no colo do bardo assim que ele se sentou.
- Jantar?! Eu fiquei todo esse tempo dormindo?!
- Você precisava Jaskier. - disse o bruxo, cruzando os braços, parecia ansioso com algo.
- Jaskier, tome logo a sopa! Experimente! - disse a princesa, no mesmo ânimo do bruxo.
- O que vocês dois estão aprontando? Tem algo nessa sopa? Alguma poção do amor para me deixar mais apaixonado por vocês? - questionou, olhando para a bandeja.
Estava arrumado de um jeito meio desajeitado, havia uma pequena toalha bordada embaixo do prato de porcelana, com certeza vinha dali da estalagem. Mas os ornamentos davam pra ver que foram feitos artesanalmente, como por exemplo, uma pulseira feita com cordinhas de lã, trançada bem e com zelo. Isso Jaskier logo soube que fora Ciri quem fez, já que aquele tipo de trançado foi ele quem ensinou para a menina quando o mesmo lhe ensinava a como se arrumar sozinha.
Havia também um outro ardono na bandeja, um raminho de camomilas amarrado somente por um barbante que parece ter sido achado em qualquer lugar no chão, mas mesmo que tudo meio torto e rústico, era bem fofo de se ver.
Jaskier não precisou perguntar de quem era aquele presente.
- Vocês estão aprontando algo... - disse o bardo, todo bobo com aquela atenção, e logo pôs aquela pulseira no seu pulso - Desenbuchem, o que fizeram? - perguntou, enquanto pegava o raminho e levava ao nariz, inspirando aquele cheiro doce da flor.
- Nós fizemos a sopa! Geralt me deixou cozinhar! Vamos Jaskier, experimente!
- Oh então o bruxo lhe deixou usar uma faca? Que grande avanço! Geralt, porque está me olhando assim? Quer falar algo importante? - perguntou, assim que percebeu o olhar intenso do bruxo sobre si.
Ciri e Geralt se entreolharam.
- Vai em frente Geralt, fale logo!
- Falar o quê? - perguntou Jaskier já muito ansioso pelo mistério dos dois. Geralt parecia o mais nervoso dali, enquanto que Ciri estava quase pulando ali no colchão.
- Jaskier, eu fiquei preocupado porque você não acordava... Chamei um curandeiro. O mesmo não conseguiu achar nada. Disse que o que você tinha era além dos conhecimentos dele. Então tive que chamar uma feiticeira local. E então...
- E então o que? Falem logo! Estão me deixando nervoso... - Jaskier estava ficando realmente muito preocupado.
- Jaskier, depois do que a feiticeira descobriu, Geralt ficou tonto! - Ciri deu uma risada muito alegre - Então eu tive que fazê-lo voltar pra realidade, eu disse que tem que ser manter forte, então eu dei a idéia de fazer esse jantar pra você! E esses presentes também!
- Ciri, se aquiete, temos que ter mais cautela em lhe dizer... - Geralt tentou pará-la, mas a menina estava radiante de tão feliz.
- E então eu também dei a idéia de fazer uma surpresa, falei que para comemorar, ele podia escolher os nomes deles! - disse a menina.
- Oh. - Jaskier sorriu emocionado para o bruxo e a menina - Então tudo isso é para você me dizer que quer escolher os nomes... - de repente o bardo deu conta de algo, e sentiu seu corpo entrar em choque - Nomes... deles... N-nomes... - sua voz quase não saiu, ficou estarrecido.
- Jaskier... Você tem... Dois deles. - o bruxo passou uma mão na testa - Você está carregando... dois... bebês. - Geralt disse por fim, olhando-o com seriedade e nervosismo.
- Eeee! Jaskier, vou ter dois irmãos! Ou irmãs! - disse a menina, abraçando o bardo, que se mantinha congelado ali segurando a bandeja no colo.
- Dois... nomes... Deles... bebês... eu... Dentro... Dois... Deles... dois nomes... bebês... - Jaskier dizia tudo de modo confuso e perdido.
- Jaskier, olhe pra mim. - disse o bruxo, sentando-se ali na beira da cama e pegando o rosto dele entre suas mãos - Me escute Jaskier, fique calmo, sei que é muito para processar, mas não podemos entrar em pânico, temos que....
- Eu vou ter dois bebês!!!! - gritou, caindo a ficha finalmente - Não, não, não, não! Isso não pode estar acontecendo! Geralt! Me ajude! - disse, com os olhos desesperados e em pânico.
- Me perdoe Jaskier... Isso tudo é minha culpa... Se eu não tivesse... Se eu te deixasse em paz... Isso não iria acontecer.
- O que você quer dizer, Geralt, o que quer dizer?! Como pode ter dois bebês aqui? Era só um! Só um! Geralt, eu não vou conseguir... Não sou... Não serei um bom pai pra eles...! Eu sei disso! Eles vão me odiar! E e-eu... - sua voz começou a falhar, sentiu-se tonto ao mesmo tempo em que seu coração batia forte.
- Jaskier! Fique calmo! - disse o bruxo de maneira mais firme, segurando o rosto do bardo entre suas mãos com mais força, pois o mesmo parecia a qualquer momento pular daquela cama e correr para a janela em uma fuga cega.
- Jaskier, eles não vão te odiar, você é um bom amigo. Eu gosto muito de você, na verdade, eu lhe amo muito, você cuida de mim, então vai conseguir com eles também. - disse Ciri, muito aflita em ver o desespero do bardo, que já derramava suas lágrimas sem parar.
- Cirilla... Eu também lhe amo minha princesinha... - disse, e fechou os olhos, chorando com mais vontade - Geralt... O que está acontecendo comigo?! Porque?!
Geralt olhou para Ciri, e a mesma entendeu que era para se retirar, pois sabia que o bruxo iria ter uma conversa séria com o bardo.
- Ciri, por favor, não vá... Fique aqui... por favor... - pediu Jaskier meio transtornado, queria todo e qualquer apoio emocional. Mas Ciri entendia que a conversa era de adultos, e Geralt teria que conversar finalmente com o bardo.
- Geralt, por favor... Faça isso parar... - seu choro era intenso, seu coração batia a mais de cem, pulsava parecendo que ia sair pela boca a qualquer momento, suas mãos e o corpo todo tremiam de tão apavorado.
- Não há como Jaskier. Não há. Mas me perdoe. Isso tudo é culpa minha. Toda minha.
- Porque está dizendo isso?!
- Porque é. Porque se não fosse por eu... Por eu... Se não fosse por eu te amar, você não estaria nesse estado. Tudo é minha culpa. Toda essas dores, tudo o que está sofrendo é por minha culpa.
- Geralt, eu não estou entendendo nada! Explique logo de uma vez!! - disse de modo tão afetado que nem sequer percebeu que o Geralt tinha acabado de falar que o ama.
Mas o bruxo compreendeu. Respirou fundo, tirou as mãos do rosto do bardo e depois se levantou, levando consigo a bandeja, pois a sopa ainda estava quente, e poderia queimá-lo. Assim que deixou tudo ali na criado mudo, voltou a se sentar na beira da cama.
Geralt estava também da mesma forma, completamente apavorado e desnorteado com tudo isso, mais um vez. Mas ele tinha que se manter são, por ele e pelo bardo, alguém dali tinha que aguentar essa tempestade. Já enfrentou coisas muito piores, então tinha algum tipo de resistência emocional para isso.
- Jaskier, olhe para mim, me ouça bem, - pediu, respirando fundo antes de continuar, Jaskier estava atordoado, não sabia se olhava para o bruxo ou para a porta, querendo sair correndo para a mesma - A feiticeira disse algo sobre uma lenda, um mito entre as feitceiras e magos, sobre um feitiço muito perigoso. Mas isso nunca tinha aparecido até hoje. Até você existir.
- Eu realmente não sei aonde quer chegar, mas não estou gostando nada disso! De nada! Geralt, olhe para nós. Somos dois homens sem eira nem beira, e ainda por cima fugindo de pessoas que nos querem pegar por motivos macabros inimágináveis! Temos a Ciri, e mal conseguimos cuidar dela. Geralt, uma criança como ela precisa de um lar onde tudo é bom e estável. Depois descubro que tô carregando uma criança que só deuses sabem como foi parar aí. E não me venha com gracinhas! Sei que foi por métodos naturais, mas você sabe do que estou falando! Sou um homem Geralt! Como isso é possível?! E agora... Fico sabendo que estou com dois bebês dentro de mim? O que vai ser deles? Que futuro vamos dar à elas?!
- Daremos um jeito.
- Como? Geralt, nas nossas condições elas acabarão sendo órfãs e pararão nas ruas! Nos odiando por terem nascido de uma magia proíbida que... e de... Nós dois!
- Isso não vai acontecer Jaskier, não vou deixar. Ciri e esses dois terão um lar. E terá a nós dois!
- Só você! - esbravejou o bardo, soltando em raiva e medo.
- Jaskier... O que está dizendo?! Não me diga que quer se livrar deles... - só de imaginar essa possibilidade o bruxo ficou com seu coração mais apertado.
- Não! Não é isso! - o bardo limpou os olhos e balançou a cabeça em negativa - Geralt, você é um bruxo. Sabe se defender, é forte e praticamente imortal! E eu sou somente um humano frágil... A idade chegará para mim um dia e eu vou partir! - assim que ele disse isso, Geralt sentiu uma grande pontada de dor em seu peito, e um doloroso nó em sua garganta apareceu - E temo que nem isso será concretizado também...
- Jaskier, pare de falar... Não fale mais nada...
- Geralt, lembra de quando eu estava te evitando? Naquela busca pela Ciri? - o bruxo fez que sim - Geralt, antes da nossa viagem... Quando eu fiquei desacordado por dois dias... Nesse tempo eu sonhei. Sonhei com coisas terríveis. E uma delas, era uma voz me dizendo que assim que eu completasse meu propósito, eu não seria mais nescessário. Já que as sementes terminariam e continuariam meu legado. Isso Geralt, quer dizer que meu tempo com você é o tempo desta criança, ou agora, destas crianças! Eu pensei que fosse a Ciri e o bebê... Mas vejo agora que tudo está se concretizando como sonhei... A duas sementes são esses dois bebês... Então sabe o que isso significa, não sabe?
Foi a vez de Geralt ficar desnorteado, sem chão.
- Jaskier... Porra Jaskier... - e pela primeira vez, o bardo viu os olhos do bruxo marejarem.
O ambientedo quarto se tornou melancólico, onde antes havia uma imensa alegria, agora existia desespero e uma tristeza fúnebre, como se ali tivesse morrido mesmo alguém.
Geralt se esforçava para não derramar uma lágrima sequer, pois não queria ser visto como um fraco. Sempre foi lhe ensinado que isso era uma fraqueza, que nunca poderia vacilar e mostrar-se vulnerável para ninguém, pois isso era o mesmo que por sua vida na mão daquela situação, ser ou pessoa.
E era o que estava ali. Geralt estava botando sua vida nas mãos do bardo, totalmente vulnerável e vacilante para ele.
Sem que Jaskier esperasse, o bruxo lhe abraçou, o mais forte que podia contra si.
- Geralt...?
- Nenhuma merda vai acontecer com você. Nada. Você terá uma vida longa. Se tornará um velho rabujento e encrenqueiro, e eu vou estar lá por você Jaskier. Até seu último suspiro. Foda-se tudo, foda-se esse maldito destino. Você mesmo disse, podemos ser predestinados, mas temos também nossas escolhas, nosso livre árbitrio. Nem que eu tenha que enfrentar esse maltido mundo, mas você viverá uma vida longa como tem que ser! - disse, olhando nos olhos do bardo, que estava paralisado e emocionado demais por todas aquelas coisas vindas do bruxo.
- Acho que meu faro em sempre pensar que você era uma pessoa boa esteve sempre certa. - pôs uma mão trêmula no rosto do bruxo - Quando todos diziam que era um assassino de sangue frio, lá estava eu discordando e indo contra tudo e todos que me vinham. Nunca deixei de acreditar que você, Geralt, era um homem bom, e o que merecia ter todo meu coração. Acho que te amei desde o momento em que meus olhos se depararam com você ali quando passava debaixo daquele galho... - sorriu em meio as lágrimas, até Geralt se deixou levar e também se permitiu abrir um pequenino sorriso afetado.
- Não estava em meus dias bons ali. Mas aí apareceu um idiota para piorar mais ainda as coisas... Minha vida já estava um verdadeiro caos, você cruzou o meu caminho e bagunçou de vez. - juntou suas testas e fechou os olhos, inspirando o cheiro do moreno - E não me arrependo nem um mísero de instante de ter escolhido ir por aquele caminho e achar um franzino feioso e sem juízo.
- Ei! Isso é mentira! Nunca fui feio. Tudo bem que não tinha muitos músculos...
- E ainda continua não tendo.
- Dá pra parar! Estamos em um momento triste, não corte o clima do drama todo! - disse em uma fingida indignação que o bruxo sabia que ele fazia para poder sair daquele "drama todo". Contrariedades que Geralt sabia de cor de seu moreno.
- Sim, vou parar. - disse, e aproximou seu rosto ao do bardo, que foi de encontro também aos seus lábios, lhe beijando com calma e ainda com aquela sensação inevitável de despedida - Jaskier, e quanto aos bebês, eu quero que saiba que...
- Que venham mais bruxinhos! Pronto, dane-se! Já sei lidar com um, lidei com a presença de um outro aqui dentro, e agora, tendo mais um, já virei um especialista, vou tirar de letra. - disse, parecendo mais calmo, mas ainda se sentia em ebulição por dentro, pois eram agora duas crianças, dois seres habitando e se desenvolvendo dentro dele.
- Você é um louco Jaskier. Isso não é uma coisa normal. Nunca será.
- Geralt, pra começo de conversa, esse amor que senti desde o começo por você não é uma coisa normal. Nós dois somos duas forças que desafiam a natureza, então, era de se esperar que algo não normal acontecesse com essas proporções meteóricas. - disse, fazendo o bruxo balançar a cabeça em negativa por divertimento em ver o tamanho otimismo do moreno - E bem... - enxugou seus olhos, respirou fundo para que engolisse o choro e se pôs numa postura mais motivada, mesmo estando ainda tremendo - Continue Geralt, me explique o detalhe do porque estou com mais um desse fênomeno sobrenatural em minha barriga.
- Segundo a feiticeira, foi porque... Porque ultrapassamos nossas nas nossas entregas. Você ficou extremamente receptivo para aceitar outro. Ela disse que o ditado sobre "Quando há muito amor, esse amor se multiplica", é um ditado que vem disso. E nós dois... Ontem...
- Agora estou me sentindo uma cadela no cio depois de uma cruza! É o que agora? Toda vez que eu e você formos nos divertir vai aparecer outro aqui dentro? - Geralt deu de ombros, fazendo o bardo arregalar os olhos e abrir a boca exasperado e mais apavorado pela informação da possibilidade - Acabou Geralt! A partir de hoje, nem beijos! Porque sei que até isso é um risco!
- Não precisa exagerar. É só não levarmos muito a sério. Como aconteceu ontem.
- Prefiro não arriscar! Acabou Geralt, que fique esperando sentado as minhas escapadas para seu quarto! Pois não me verá mais na mesma cama que você até que esses dois aqui nasçam!
- Já falei, não precisa exagerar. Podemos fazer sem levar muito à sério. Somente por puro prazer.
- Esse é o problema Geralt, não há mais como ser somente por prazer. Toda vez que me toca... Toda vez que me entrego... É impossível não sentir algo! E sei que com você é a mesma coisa, não minta para mim! - disse, cruzando os braços.
- Podemos trabalhar isso. Sabemos que existe outras formas para não acontecer o que aconteceu. - argumentou o bruxo, tentando-o convencer.
- Geralt, está parecendo um alcoólatra tentando sustentar seu vício!
- E de quem é a culpa?
- É sua mesmo! Porque é um insaciável!
- Jaskier... - chamou-o em uma voz baixa, fazendo o bardo esquecer por um segundo toda aquela tristeza de antes.
- Promete se conter?
- E você promete? - o bruxo rebateu.
Bom... Até o bardo sabia que não resistiria e acabaria cedendo a certos "descuidos".
- Esse negócio de promessa não dá certo com a gente... Porque não só ficamos mais atentos nisso? Fazer de certas "coisas" um hábito, até acostumarmos com algumas regras...
- Regras? Jaskier, você é a pior pessoa quando se trata de regras.
- Geralt, tente me ajudar! Você é o mais consciente daqui! É sua função botar um pouco de juízo em mim! E não o contrário!
Geralt respirou fundo e balançou a cabeça em negativa.
- Estamos completamente fodidos, Jaskier. - e abraçou o moreno, o acolhendo entre seus braços de maneira cuidadosa e cheio de amor.
Sim, era verdade. Geralt poderia garantir com toda certeza que cumpriria isso antes, mas agora... Tanta coisa aconteceu e certas coisas mudaram dentro de si, o bruxo sabia disso.
Eesse descontrole pelo moreno era uma delas.

E então, gostaram?
Ai ai ai...
Viram no que deu tanta insaciedade desse bruxo?🤭🤭🤭
Pôs mais um meio-bruxinho/meio-humano no bardo.😅❤️
Como será agora? E porque?
Só peço um tiquin de espera, pois como eu disse antes, tudo será explicado.😁
E acho que sabem quem tem as respostas... Vocês sabem?🙃
Espero que tenham se divertido um pouco mais hoje, e que eu tenha feito o seu dia um pouco mais colorido.
Agora só na quarta ou quinta-feira, mas até lá, lhes desejo uma semana cheia de alegrias, força e positividade.
(Tudo vai melhorar, tenham fé💙🌼)
Um grande abraço apertado e beijitos à todos!😘😘😘
(Pelo por aqui podemos nos abraçar né? Mesmo que agora seja somente através de palavras😉)
Inté lá!👋🙃 #peaceandlovealways❤️✌️❤️✌️❤️🌼❤️🌼❤️🌼

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