Capítulo 15 - And I'm gonna miss you

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Steve Rogers  Narrando

– Garçonete, então ? - Clint disse irônico. Eu estava encostado a grande janela de meu quarto quando Clint passou pela porta e ficou parado a alguns metros de mim com os braços cruzados.

Eu ainda fervia de raiva, me sentia um idiota, um trouxa. Como eu tinha sido tão inocente a ponto de acreditar nela? Natasha era uma prostituta, ela fazia sexo para sobreviver, não se importava com quem transava, só se ele tinha dinheiro para paga-la... Não sabia como me deixei seduzir por ela, não sei como deixei que isso chegasse tão longe, deveria ter me afastado quando Carol me aconselhou ou quando achei que deveria me afastar.

Aquilo tinha ido longe demais, era obvio que não iria acabar bem... Eu e Natasha erámos o oposto um do outro, tínhamos realidades completamente distintas, vivíamos em mundos muito diferentes. Nunca daria certo, sem falar que Natasha me decepcionara de uma forma que nunca imaginei que fosse fazer, transar com meu irmão tinha sido imperdoável.

– O que você quer? - Disse mal humorado.

– Será que tem como amansar a fera? Não venha me dar patada, eu não tive culpa de nada, nem sabia que sua adorada garçonete Natashaé na verdade Natalie, uma prostituta. - Clint tinha razão... Ele não sabia que Natasha estava comigo... Mas também como ia adivinhar? Natasha naquela maldita boate era Natalie e na verdade era uma prostituta e não uma garçonete, e de noite ela se transformava, parecia mesmo outra pessoa, ninguém diria que de dia ela seria uma mulher meiga e encantadora...

– Ok então veio aqui esfregar na minha cara que dormiu com a mesma mulher que eu? Acredite Clint, eu não preciso que você jogue na minha cara que Natasha é prostituta, eu já estou bem humilhado enquanto a isso.

– Steve, da pra calar a boca e me ouvir? Pelo amor de Deus! - Disse nervoso. - Porque mentiu para nós que Natasha era garçonete?

– Será mesmo que você não sabe? - Virei-me de frente para ele e cruzei os braços.

– Você tem vergonha de sua namorada ser uma prostituta?

– Ela não é minha namorada... - Revirei os olhos.

– Como não?

– Nós não temos nada, Clint. Nós só transamos, eu era cliente dela. Nós nos conhecemos da mesma forma que vocês...

– Serio porque não parece que vocês não são namorados, que ataque de ciúmes foi aquele na sala, Steve?

– Ataque de ciúmes? - Revirei meus olhos. Ok, não podia negar que também sentia ciúmes, era impossível não ficar enciumado quando a mulher com quem você transava estava tendo relações com outros homens, principalmente com seu irmão.

– Sim, se aquilo não foi ciúmes, não sei o que foi então.

– Não foi ciúmes, foi orgulho machucado! - Rebati.

– Ok, conta outra! - Riu sarcástico. - E precisava tê-la humilhado daquela forma? Primeiro foi na minha frente e depois aqui no quarto, qual é Steve, você não é assim.

– Em nenhum momento eu a humilhei, Clint, e aliás, você ficou ouvindo atrás da porta?

– Claro que não, a porta estava aberta e vocês estavam falando um tanto alto. - Explicou. - Steve, você tinha que ver como ela saiu daqui. - Era ótimo que ela estivesse se sentindo mal, tão mal quanto eu estava me sentindo... Talvez só assim percebesse que tinha errado feio comigo.

– Não me importa. - Disse ríspido.

– Como não te importa?

– Não me importando. Clint, Natasha errou, o mínimo que ela poderia fazer é ficar mal.

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