The House (RABIA VERSION)

Cap. 13

– Então... - já estávamos ali a uns três minutos e ela não havia dito uma palavra sequer. Resolvi começar sugestiva já que até o momento a mesma nada disse. Ela me olhou com a sobrancelha arqueada. - você disse que queria falar comigo lembra? - Rafa me lançou um olhar tímido e se aproximou mais, segurando minha mão direita entrelaçando nossos dedos.

– Bom, vou ser direta com você.. não vai adiantar eu ficar te enrolando mesmo, já que de qualquer jeito você vai se irritar comigo...de novo. - ela disse encarando nossas mãos entrelaçadas.

– Então seja Rafaella, eu ainda pretendo tomar café da manhã. - disse seca.

– Por favor, não seja grossa comigo.

– Rafa, eu estou mal humorada e eu não sei se você já sabe mas é por ontem.. não me orgulho nem um pouco em saber que eu fiquei irritada por você ter evitado ao meu toque, eu não sei o que está acontecendo, talvez você esteja certa, talvez isso que anda acontecendo entre a gente realmente seja um erro, mas eu não ligo, eu gosto do errado, gosto do perigo, eu gosto do caos. - disse tudo de uma vez, ela ainda encarava nossas mãos fazendo um leve carinho com o polegar.

– Eu não gosto, nunca gostei de ser a "outra".. - ela disse fazendo aspas com as mãos, logo em seguida alcançando a minha mão novamente, voltando a entrelaçar nossos dedos. - Eu não gosto de saber que alguém esta fazendo algo errado.

– Não estamos fazendo nada de errado, Rafa. - disse vendo-a suspirar. - Todos sabem que esse meu namoro com Mariana não irá durar tanto. Eu não gosto desses ciumes possessos. Gosto dela, não a amo, mas gosto.

– É ai que eu queria chegar, Bia. - ela disse me lançando um olhar apreensivo. - não gosto do que anda acontecendo, eu não toco tanto no assunto porque ainda me lembro de como você me evitava quando tivemos essa conversa da ultima vez..

– Claro, você simplesmente acabou com o jantar no qual eu apresentava minha namorada a vocês, o que queria, que te agradecesse? - perguntei irônica.

– Bianca, me deixe terminar, juro que depois você pode me dizer o que quiser. - suspirei irritada, sabia onde aquilo iria parar. - Independente do que aconteça aqui, quero que me prometa que não vai ser como da ultima vez, pode me prometer isso, Bianca?- ela perguntou me encarando séria.

– Achei que isso só havia afetado a minha mãe. - disse sustentando seu olhar sério pra cima de mim.

– Acha que eu gostei de saber do que você andava aprontando? - ela me olhou decepcionada. - Não. Eu não gostei nem um pouco, Bia. Você ainda mora com a sua mãe, tem que respeita-lá..

– Eu a respeito! - disse em um tom de voz alterado.

– Eu estou aqui na sua frente, não aumente o tom de voz comigo, Andrade! - ela me olhou de cara fechada. - Ela está te estimulando a fazer coisas erradas, ela é três anos mais velha que você, ela tem experiências que você desconhece, meu amor entenda..

– Lá vem você de novo com esse papo de idade pra cima de mim.. Você por acaso aplica isso em você mesma quando esta saindo com o primeiro que pede o seu telefone, Rafaella? - raiva. tocar nesse assunto me deixava possessa de raiva.

– Vou fingir que não ouvi isso e voltar ao ponto principal dessa conversa. - ela fez uma pausa e então continuo. - Não afetou só a sua mãe, afetou a mim saber que você estava sendo capaz de fazer aquilo. Afetou a mim saber que a criança doce que eu vi crescer estava agindo daquela forma. - ela me olhava enquanto enquanto eu sentia meus olhos lacrimejarem.