espero que faça mais sentido desta vez.
Ainda invejo a sua venerável capacidade de mentir. Primariamente para si mesmo e depois para o seu ego. Este que consequentemente cresce e engole-te a cada dia de sua confusa vida. Chega a ser desesperadora toda fantasia construída e atuada por tão pouco. Sim. Pois até os dias atuais não encontro motivos pelo qual você foi tão estupidamente imaturo diante de tudo que quase vivemos. Lembro-me ainda, infelizmente, em uma mera imagem perfeita na mente de quando apenas não pensamos nas consequências de que toda aquela história possivelmente escrita um dia por alguém em algum desses aplicativos transformaria-se nesta imensa e grande merda que somos hoje em dia. Você sequer um dia se importou ou tudo foi realmente nada mais que uma mentira para você? Em algum período de pura sanidade mental que possas ter tido entre aqueles nossos momentos, pensaste em mim ou quem sabe em nós? Entreguei-te tudo de mim. Metade do que fazia em minha antiga invisível vida foi pensar em você. A outra metade estava detida contigo. Parece integralmente simples acreditar que foi fácil ter feito isso á ti por tão mínimo que me deste. Sempre falou à plenos pulmões que estavas à procura daquele famigerado amor maior. Um que pudesse ser maior que o seu próprio amor. Que seria dificilmente complicado parar de pensar apenas em ti, e sempre em ti, somente em ti e pensar em alguém. Na qual soava de tua boca tantas palavras e promessas que nem um milésimo de segundo paraste a tua vida para cumprir a menor das já faladas. Todavia, infelizmente, eu estava lá. Eu sempre estive. Tí sempre soubeste que estava ali. Por diversas vezes notou o quão triste ficava após ouvir inúmeras das tuas agora mentiras. Eu estava lá quando ninguém estava. Mas agora que fui embora, estais ai. Apenas em ti. Somente com ti. Por que não correu atrás daquilo que sempre procurou e estava pateticamente em tua frente como sempre soubeste? Por que não acreditou quando disse que tu me fazias muito mal? Por que me deixou lá queimando como uma magnífica e grandiosa fogueira de inverno? Tudo foi desabando e sentia-me preso. As tuas palavras. As tuas atitudes. Aos teus sumiços. Aos teus não porquês. Aquelas paredes. Aquela cama. Aquela imensa vontade. A que me fazia cada dia mais querer menos de você. Querer menos de mim. Aquela que me fez chorar compulsivamente durante dias. Precisei libertar-me vislumbrando aquelas enormes e pequenas paredes brancas sem sequer piscar. Necessitei abrir, literal e primeiramente, os olhos da carne para logo também abrir os olhos da razão e fechar os da emoção. Continuei a contar todas as feridas abertas em meu corpo sem senti-las. Ironicamente, tornei todo aquele sentimento em uma convicta certeza do quão mal me fizeste durante todo aquele tempo. Lembras que meu nome era mais seguro em tua boca? Para falar a mais pura verdade, foi. Pois como num mínimo segundo ouvi cuspi-lo como se nada mais fizesse sentido no teu perfeito e sarcástico vocabulário. Ainda pergunto-me qual agora é o grau de capacidade da tua insanidade de procurar saber sobre mim. Cabe a mim, apenas, sentir o máximo de calafrios por lembrar que sua voz era o som mais familiar que tinha guardado em meus ouvidos e hoje soa como algo tão perigoso e ardiloso para mim. Sempre fui muito bom em esconder tudo que sinto e tí acreditava perfeitamente que também era, ou melhor, és assim. Que mantém ao redor do teu quase inexistente coração uma gigantesca e incorruptível muralha. Mas não. Nem com todos os nãos em todas as línguas existentes na face da terra és assim e posso provar-te porquê. Eu tenho perguntas para você. Primeiro, responda-me com o máximo da sua legítima verdade o que pensas que és? Apenas me falas o que porras achas que és? Por que tu acreditas que podes com essa desequilibrada coragem foder e destruir com a fé de alguém? Segundo, por que queria enganar-te? Por que por diversas vezes omitiu toda esta merda que estais agora querendo espalhar por aí? Alguma coisa faz sentido nesse lado esquerdo de tua cabeça? Terceiro, por qual motivo agora acreditas que com todo esse seu círculo forjado e confabulado irás conseguir isso que tanto almeja? Por que caralhos acredita que ridiculamente as palavras meu grupo faz sentido pra você e seus confusos sentimentos? Nunca, ninguém jamais deveria confiar em você. Assim como, nem você deveria confiar, se é pra ser genuinamente sincero. Contudo, responda-me tú: é tudo minha culpa? É realmente meu esse sentimento? Você sente a minha falta? Eu tenho perguntas para você.
"I have questions for you..."
