Capítulo 40.1

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Assustada e inteiramente envergonhada Pietra se escondeu atrás das largas costas de Ben e usou as mãos para tampar os seios despidos e cheios de marcas de mordida

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Assustada e inteiramente envergonhada Pietra se escondeu atrás das largas costas de Ben e usou as mãos para tampar os seios despidos e cheios de marcas de mordida. Bernardo sentindo as veias pulsarem de raiva encarou a secretária parada na porta com os olhos arregalados.

_ Me desculpem- Chloe pediu e saiu da sala apressada antes dos gritos furiosos que sairiam do CEO.

_ Eu vou matar essa garota- Ben murmurou pausadamente entre dentes.

Assim que ouviu o som da porta sendo fechada Pietra saltou da mesa em busca da camiseta, nesse instante o remorso da adrenalina começou a despontar e familiarizar-se com a vergonha. Ela suspirou aliviada ao encontrá-la caída próximo ao vaso de flores, com pressa vestiu-a e momentaneamente encarou o CEO com um sorriso divertido e brincalhão.

_ Como eu vou olhar pra cara dela depois disso?- questionou envergonhada.

_ Não se preocupe - ele grunhiu. O aspecto irritado e a beira de um surto.- Se ela estiver aqui amanhã será sorte dela.

_ Não faça nada com a Chloe- pediu indo até ele- Ela só estava fazendo o trabalho dela, e na verdade a culpa é nossa... minha- corrigiu abotoando a calça- eu estou aqui a mando do FBI, não devia estar na sala do chefe tirando a calça dele- caçoou rindo.

_ falando em calça, eu ainda não terminei o que ia fazer- ele disse e com rapidez pegou Toni pela cintura colocando-a novamente sentada na mesa.

_ Não, eu tenho que ir trabalhar- Pietra interrompeu o CEO que partia obstinado em direção aos botões que ela havia acabado de abotoar- Isso não pode acontecer de novo Ben!- censurou recebendo um olhar desafiador e determinado do rapaz- Eu estou falando sério!

Pegando suas coisas pelo carpete da sala Pietra caminhou até o corredor e expressou um sorriso acanhado a secretária. Sem paciência para esperar o elevador e ter que encarar o olhar julgador e tímido da Chloe, Pietra saiu em direção a escadas.

Depois de minutos perdida pelos vastos corredores do prédio, ela encontrou seu destino: A sala do contador. A esse ponto todo o fervor e ardência desapareceu dando lugar a ausência dos lábios de Bernardo.

Pietra deu dois rápidos toques na porta e aproveitou o vidro espelhado da sala para arrumar os cabelos que o CEO havia desgrenhado. O olhar comedido e desconfiado do contador assim que viu o visual bagunçado de Pietra, deu um choque de realidade ao cérebro dela que divagava deleitando-se nas memórias do último andar.

Não esperando um convite ela entrou na sala pequena sala e tentou amenizar a vermelhidão do rosto causada pelos atos libidinosos. Os cantos do lugar estavam tomados por papéis e pequenos vasos de cactos. Uma verdadeira bagunça estava presente em cada centímetro da sala.

_ Desculpa, eu te conheço?- ele questionou rudemente. Encabulado e estranhando o rapaz observou-a caminhar até próximo a mesa distraidamente.

_Agente especial do FBI, Pietra Bertolazzi- ela tirou a carteira da jaqueta e mostrou a ele. instantaneamente a postura sossegada sumiu dando lugar a aflição.

Ele caminhou inquieto e mexeu sobre as folhas que estavam em uma caixa do outro lado do cômodo, o típico comportamento de quem sabe que está encrencado.

_ Eu não fiz nada!

_ Essa frase não te ajuda muito- ela riu baixo e observou-o mais um pouco, ele estava agitado e dispunha de um nervosismo inexplicável- Conhece Kane Holfward?

_o irmão do chefe?-Pietra acenou confirmando- Algumas vezes vi ele andando por aqui, mas foi só de longe mesmo.

_ Sabe que mentir para o FBI é crime, né?- ela questionou encarando-o.

Ele foi até o outro lado da sala e remexeu nas prateleiras para fugir do olhar dela.

_ Eu não estou mentindo!-afirmou.

_Então vou ter que chamar seu chefe aqui, porque ele me disse outra coisa!- comentou despretensiosamente. Os olhos espantados dele vagaram até ela como se pedissem piedade.

Pietra arregaçou as mangas e sentou-se sobre a mesa dele, tamborilou os dedos sobre a madeira e mirou o rapaz encurralado.

_ Eu só falei algumas vezes com ele- o contador confessou. Ela continuou encarando-o instigando o rapaz a continuar.

_ Sobre o que conversavam?- Pietra notou a hesitação de Marquin e vendo que ele se manteve em silêncio ela abriu a carteira novamente e bateu o dedo no distintivo.

_ Ele me chamou para participar de um negócio dele..mas eu não aceitei!- ele apressou, a necessidade fervorosa de se ausentar da confissão impressionou Pietra. Ele estava empenhado em enfatizar que não participou do esquema.

_ Que tipo de negócios Marquin?

_ Algo pra ganhar dinheiro fácil em pouco tempo- Toni refletiu, coagir outros funcionários da empresa a participarem da máfia lhe pareceu algo inseguro demais, provavelmente Kane vigiou o contador por um tempo antes de fazer a proposta, mas por que esse rapaz?

_ E o que você teria que fazer?- ela continuou.

_ Fraudar documentos e esconder a entrada de muito, muito dinheiro na empresa- ele enfatizou a quantidade de dinheiro e arregalou os olhos a cada letra.

Mas ainda havia uma dúvida, se Kane tentou recrutar Marquim para disfarçar a entrada de dinheiro fraudado, por que no interrogatório ele não sabia sobre as transferências? Ela pensou que talvez ele atuasse melhor do que imaginava.

_ Marquim!- chamou- Ele te explicou como funcionaria a lavagem de dinheiro?- ao perguntar o pavor voltou a afligi-lo.

_ Não, ele me ofereceu e disse que se eu quisesse passaria para o superior dele.

Toni pulou da mesa assustando-o. Ela aproximou dele e encarou o olhos dele ansiosa.

_ Superior dele?

_Sim, foi isso que ele me disse- ele repetiu estranhando a animação dela.

_Ok Marquim, não saia da cidade nos próximos 10 dias!- avisou antes ir em direção a saída.

_ Ei, você não é a namorada do chefe?- Marquim perguntou timidamente.

_ Ex!- corrigiu mas logo parou confusa- Na verdade, nem eu sei!

Ela sorriu amigavelmente e saiu de lá com pressa. As lembranças do que ocorreu na sala de Bernardo retornaram com força quando ela o avistou do outro lado do saguão de entrada, o reprise da sensação do toque das mordidas e beijos molhados esquentou o corpo dela novamente, mesmo em meio ao rígido inverno.

Balançando a cabeça com força ela obrigou sua mente a não pensar no CEO. Aquilo havia sido um erro, não podia transar com o irmão do criminoso e além disso temporariamente ele fazia parte do núcleo de chefes.

O que piorou tudo, ela havia acabado de beijar um de seus chefes.

Desviando os pensamentos para a confissão do contador Pietra concluiu que o fato de ele ter revelado que Kane se referiu a um superior alavancou toda a sua hipótese sobre ele ser uma fachada pro chefe. Alguém estava usando-o para se safar, coagindo Kane a comparecer no descarregamento de drogas e recrutar os novos participantes , para não correr o risco de ser visto.

A ânsia por desvendar todo os detalhe sobre a quadrilha de Kane, somente não superaram a vontade absurda de voltar a sala de Bernardo e terminar o que havia começado.

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Concluí que a Pietra não tem um dia de paz nessa história KKKK.

Como Seduzir Um MafiosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora