Cinco Dias (RABIA)

Dia 5, Pt. 2

Gente, obrigada a todo mundo que  leu, votou ou comentou no capítulo anterior, me diverti muito com vocês!

Esse retorno motiva bastante, então sempre que puderem, continuem fazendo.

Capítulo maior, porque sei que tem quem gosta.

Aos que gostam de capítulos menores, podem reclamar aí que eu revejo nos próximos! Sem ressentimentos.

Enfim, vamos continuar o dia?

Vamos.

Boa leitura!

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Renato: Eu finalmente consegui um jeito de te trazer de volta.

[SILÊNCIO]

Renato: Rafaella? Me ouviu?

Rafa: Oi, Rê... Ouvi. – levou a mão à testa – Ouvi, sim, mas me conta isso direito. Como assim?

Renato: Descobri que se você tiver uma declaração de que vai atuar em alguma atividade essencial aqui em Goiânia eles liberam. Aí eu consegui que você seja presença confirmada em um evento de prevenção que vai ter depois de amanhã.

Rafa: Nossa... – ainda estava passada – Mas como que funcionaria isso? Digo, como eu chegaria aí?

Renato: Eu te busco. A declaração me permite te buscar e trazer de volta. Claro que a gente assume o compromisso de que estamos respeitando a quarentena, não oferecemos risco, e que nossa circulação vai ser só essa mesmo. Mas vai tudo certinho e registrado, com autorização do governo.

Rafa: Entendi... E você viria quando?

Renato: O evento é depois de amanhã a noite. Então não temos muito tempo a perder, mas eu posso sair amanhã cedo daqui. Por isso te liguei logo. É só o tempo de checar o carro, ver se tá em condições, providenciar a declaração, e partiu. Amanhã mesmo eu tô aí e a gente pode sair até no mesmo dia mesmo. Eu dou conta de emendar.

Rafa: Meio súbito, não? Tem toda uma agenda. E muito tempo de estrada. – A mente de Rafaella entrou em um espiral tão descontrolado que ela não conseguia pronunciar mais do que frases curtas.

Renato: A gente dá um jeito nos compromissos que você teria enquanto estiver na estrada, Rafa. – percebendo que a conversa não rendia, finalmente questionou – Mas vem cá, eu achei que você ia dar pulo de felicidade aí do outro lado, me amar pra sempre e você recebe a notícia assim?

Rafa: Ai, Rê, sei lá. Acho que só fui pega de surpresa mesmo, já tinha meio que estabelecido uma rotina... É... – nem ela sabia definir – Confortável por aqui. Então não sei se tem essa pressa toda.

Renato: Quê isso, Rafaella? Você passou a primeira semana inteira chorando no telefone com a mãe, a gente quase enlouqueceu aqui pra ajeitar as coisas pra você, e agora isso?

Rafa: Pois é, mas acho que acostumei, não sei. – chegou próxima a uma parede e bateu sua testa de leve ali, lamentando profundamente aquela mudança brusca de cenário, justo agora.