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Glenda Madison

— Você irá a frente com isso, Glenda?
Minha irmã perguntou, enquanto fazia a decoração dos cupcakes para expor na vitrine. Estávamos na cozinha da minha loja de delicatéssen, especializada em cupcakes e doces finos, todos criados por mim, ela estava sentada em uma das cadeiras altas com o cotovelo apoiado na mesa e eu de pé com a touca e o avental emblemado com o nome da loja: Angel's Sweet Deli.

Minha irmã uma loira com os olhos azuis e muito bonita é mais velha que eu dois anos, já é casada e tem um filho. Eu e ela somos bem diferentes, apesar de sermos irmãs do mesmos pais, eu nasci com o cabelo castanho claro e olhos também castanhos, uma mistura do meu pai que tem cabelos escuros e com minha mãe que é loira com os olhos azuis. Minha irmã é uma ótima pessoa, sempre fomos muito unidas e ela me aconselha em muitas coisas, porém a minha decisão já está tomada e reforçarei a ela.

— Irei, já estou com 25 anos, uma vida financeira estabilizada, Graças a Deus, minha loja está indo muito bem e agora é o momento de ter meu filho.
— Mas Glenda, você é uma mulher linda, independente e não tem necessidade de recorrer a inseminação artificial sozinha para ter um filho, eu conheço vários homens solteiros que saíram com você. Inclusive, você lembra daquele meu amigo advogado, ele está solteiro, é um bom partido, posso ligar para ele agora e marcar um jantar para amanhã.

Minha irmã pegou o celular fazendo o gesto para ligar e eu a cortei energética.

— Pode parar, não me venha com esses seus amigos, Lívia, além do mais relacionamentos é a última coisa que quero na minha vida e você sabe muito bem porque.

Suspirei fundo, minha irmã é uma pessoa incrível, companheiro e minha melhor amiga, mas não entende meu ponto de vista sobre homens e sempre insiste em me apresentar a seus amigos. As vezes se torna até inconveniente.

— Lívia, eu quero apenas um filho, não um relacionamento, o primeiro e único já bastou, nenhum homem entenderá a minha condição e eu não os culpo, por isso decidi não me relacionar nunca mais.

— Glenda, você teve pouquíssima experiência com homens, na verdade só teve uma, sei que aquele que não gostamos de falar o nome te magoou, mas dê uma chance, nem todos os homens são iguais. Além do mais, quem disse que todos reagirão negativamente sobre seu problema?

— Para mim todos reagirão da mesma forma, apenas uma experiência já bastou, não quero mais passar por aquilo. Você sabe porque não deu certo e não dará com nenhum outro homem, por isso o melhor caminho e gerar essa criança sozinha.

— Eu entendo, só acho que é muito radical, tenho certeza que algum homem entenderá seu pequeno problema e juntos ter uma família. O problema não é o procedimento em si, que inevitavelmente terá que fazer, mas o fato de você fazê-lo sem ajuda de alguém, sem um amor, não quero que negue a sua felicidade por causa disso.

— Eu sei que parece radical, optei por nem mesmo escolher o doador, não quero saber nada sobre ele, a única coisa que exigirei é que seja saudável, nem mesmo sua etnia quero saber, do jeito que meu filho vier o amarei e dedicarei minha vida a cuidar dele ou dela. E sobre o amor, sinceramente, prefiro ficar só com os livros de romances.

Lívia me olhava com seus grandes olhos azuis incrédula, mas logo sorriu e veio me abraçar.

— O que dizer, te apoiarei nessa, você sabe que te amo e qualquer decisão que você tomar na sua vida eu apoiarei. Só quero o seu bem.
— Obrigada Lívia, você é a melhor irmã que poderia ter.
— Mas ainda tenho a esperança de te apresentar alguém... Você lembra...
— Não quero saber.
— Mas...
— Não!

Grávida do Mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora