2. À deriva.

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Jiwon sabia que não devia ter bebido tanto

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Jiwon sabia que não devia ter bebido tanto.

Ainda era segunda-feira e ele já estava tropeçando nos próprios pés de tão bêbado. Sua mãe teria vergonha se o visse agora, ele riu alto com aquele pensamento. Seus colegas de curso resolveram fazer uma pequena reunião em um bar ao lado da faculdade, já era de madrugada quando Jiwon se levantou e anunciou que precisava voltar para seu dormitório. Como ainda estava com o cartão da faculdade no bolso, decidiu cortar caminho pelo campus.

Seus pés se arrastavam no chão, seus olhos pesando com o sono, e a cabeça dormente pelas inúmeras garrafas de álcool que ingeriu. Estava quase alcançando a outra saída da faculdade, quando um som invadiu seus ouvidos.

Ele era doce e calmo, uma melodia gostosa e viciante. Jiwon jurou nunca ter ouvido uma música tão bela quanto aquela. Parou de andar e se virou, procurando de onde aquele som vinha. De repente, seus olhos perderam o foco e sua cabeça começou a girar; Jiwon se sentiu sufocado, como se estivesse se afogando em mar aberto.

Caiu com tudo no chão, começando a tossir engasgado, tentando, desesperadamente, puxar o ar até seus pulmões. A melodia agora estava mais alta, como se quem quer que fosse seu dono estivesse bem próximo de Jiwon. Os olhos frenéticos do homem tentaram, novamente, procurar a fonte daquela música. Sentiu uma presença se agachar ao seu lado, dedos frios tocaram seu rosto e ele conseguiu respirar de novo. Não conseguia focar no rosto daquela pessoa, apenas via dois olhos brilhantes o encarando intensamente.

Se sentiu com sono, mas feliz. E então, após um tempo, a silhueta sem foco tomou a forma de uma linda garota de cabelos negros e olhos claros, sorrindo doce na direção de Jiwon. O rapaz sorriu de volta, um sorriso bobo e apaixonado, e esticou os braços, prendendo a garota num abraço forte, se deleitando com as carícias alheias. Um singelo beijo em seus lábios interrompeu a melodia, e, finalmente, Jiwon voltou a enxergar.

Entretanto, diferente do que imaginou, em seus braços não havia uma garota bonita, mas sim, um ser humanoide com o corpo cheio de penas. Ao olhar o rosto daquela criatura com mais clareza, vendo seus olhos amarelos brilhantes e mortais, Jiwon soltou um berro de medo.

Mas logo fora silenciado pelos dentes do monstro em seu pescoço.

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