Capítulo 12

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Point of view Bianca Andrade

Me aproximei dela mais ainda e ela não recuou. Mirei sua boca e ela mordeu os lábios, o mundo parecia ter parado. Rafaella era uma mulher extremamente linda, simplesmente não havia a mínima possibilidade de alguém acha-la feia. Minha vontade naquele momento realmente era de beijar ela ali mesmo. Mas e se ela não quisesse? E seu estragasse tudo? Deveria arriscar?

Estávamos frente à frente. Olho a olho, respirações cruzadas.

- Olha, se você quiser me parar, é agora. - falei olhando no fundo de seus olhos.

- Eu não quero. - ela disse em um sussurro.

Segurei com a mão esquerda seus fios de cabelo como se fosse fazer um rabo de cavalo, e apoiei a outra mão no chão, a vendo fechar os olhos. A milímetros de sua boca, perdi a coragem, dei um beijo no canto de seus atraentes e chamativos lábios.

Abaixei um pouco mais e fiquei rente ao seu pescoço. Comecei a dar leves beijos por toda a extensão de sua clavícula. Olhei para seu rosto novamente, seus olhos permaneciam fechados, as sobrancelhas estavam franzidas, e ela mordia os lábios. Maravilhosa. Suas mãos começaram a passear pelas minhas costas, por dentro da minha blusa, e as unhas me arranhavam levemente. Eu estava extremamente excitada. Voltei para seu pescoço e dei beijinhos molhados, seguidos de leves mordidinhas.

Me assustei quando suas mãos seguraram meus ombros e me afastaram. O medo correu pelo meu corpo. Será que ela não havia gostado?

Ela olhou meus olhos por alguns segundos, parecia pensar. Abri minha boca já preparada para pedir desculpas, mas fui surpreendida por ela antes.

-Foda-se. - Foi o que ela disse antes de me puxar para mais perto e me beijar. O beijo se encaixava como se fosse o encontro das últimas duas partes de um quebra-cabeças. As línguas dançavam como em uma valsa. O leve gosto de álcool permanecia, Mas surpreendemente sua boca tinha um gosto único, perfeito. Meu peito parecia sair fogos de artifício. Me ajeitei sentando em seu colo, sem parar de beijá-la um segundo. Suas mãos me seguravam com força. As minhas mãos adentraram os fios de seus cabelos e eu dei leves puxadas.

Até que, infelizmente, meu telefone tocou. Deixei ele tocar por algum tempo, mas a pessoa estava sendo insistente. Rafa finalizou o beijo com alguns selinhos, e eu mordi levemente seus lábios.

- Pode atender. - saí de cima dela e peguei o objeto.

- Oi, amigo. - Vi Rafa levantar e sentar no sofá. Ela parecia nervosa. - Como você sabia onde era? Ah, claro. Ok. Pode ser. Tô descendo.

- O que houve? - Ela perguntou.

- O Miguel veio me buscar. Amanhã é dia né. - Eu estava completamente sem graça. O que caralhos tinha acontecido ali?

- Tudo bem. - peguei minhas coisas e a segui até a porta. - Você vai deixar seu carro aí?

- Não, ele veio de uber e vai voltar dirigindo.

- Ok. - ela abriu a porta.

- É... tá tudo bem? - Me aproximei e ela se afastou.

- Aham.

- Mesmo?

- Aham. - Ela não estava nada bem.

- Tá. É... tchau então.

- Tchau, Bia. - fui caminhando até o elevador, extremamente incomodada com a situação. Quando chegou, estava quase entrando, até ouvir sua voz.

- Ei, me avisa quando chegar em casa, ok?

- Ok! Boa noite.

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Boa noite queridos.

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