Esconderijo

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Sabadou pra quem cumpre a quarentena e vai ficar em casa lendo fic!

Voltei!

Bom, ultimamente temos fechado aí em 2x por semana, mas ao menos os capítulos estão vindo maiores e eu tenho me permitido trabalhar melhor as ideias, porque tenho visto que vcs têm recebido bem.

Aliás, vcs não sabem como é do caralho ver que vcs gostam de uma fic que é mais diálogo do que ação, digamos assim. Até os textões da Marcela vcs elogiam e eu fico...🥺

Enfim, só queria dizer isso mesmo aqui em cima e preparar vcs pra esse de hoje!

Respirem e sigam (sem medo)!





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Rod: Eu acabei perdendo a noção mesmo, desculpa! – disse olhando para o celular – Mas por que você não me ligou? Eu teria acordado e ido lá te encontrar.

R: Não liguei porque queria te encontrar aqui mesmo, longe de lá. – cruzou a perna e ajeitou-se na poltrona.

Rod: Por que?

R: Porque chegou a hora de a gente ter aquela conversa que eu te disse ontem que nós teríamos.

Rod: Que conversa, Rafaella? – levantou da cama – Você mesma insinuou que eu já deveria estar no hospital, não é? Melhor eu me apressar. – tentou sair pela tangente.

R: Já enrolou até agora... –  levantou, bloqueou a passagem assim que o cantor tentou dar a volta na cama para entrar no caminho do banheiro, e concluiu firme:

– Vai fazer pouca diferença e nós vamos conversar, sim.

Rod: Eita, mas que insistência, hein? – deu um passo para trás – Eu espero, sinceramente, que você não venha pesar um clima que já não está bom com a minha mãe no hospital, não é?

R:Ah, cê tá tirando uma com a minha cara, né? – cruzou os braços e fixou a expressão mais incrédula possível no rosto – Mas que climão pesado que deve tá mesmo... – incrementou no tom de deboche – Meu Deus, que preocupação imensa a sua aqui nesse apartamento, dormindo até agora enquanto eu passei a minha tarde inteira enfurnada naquele hospital. – o olhar  veio cheio de ira.

Rod: Ah, você tá brava comigo por isso? – pareceu aliviado – Desculpa, minha riqueza, eu perdi mesmo a noção, mas eu juro que vou compensar! – tentou chegar mais perto, mas Rafa se esquivou.

R: Eu não tô brava com você, não, Rodolffo... Eu tô furiosa, mas é comigo mesma – o homem ouviu sem entender e Rafa foi mais transparente ainda – Não tem um só dia dos últimos meses em que eu não esteja enfurecida comigo mesma por ter voltado a essa página da minha vida junto com você.

A ficha finalmente pareceu cair no cantor de que era mais sério do que isso.

Rod: Rafaella, não vamos nos precipitar... – coçou a testa, nitidamente tentando assumir uma postura mais calma – Final de ano é assim mesmo, muito desgastante e a gente começa a querer jogar tudo para o alto.

R: Eu não comecei a querer, Rodolffo, eu já joguei. – sem meias palavras, ela seguiu – Eu vim aqui hoje só te comunicar o que você sabe – enfatizou – que eu venho ensaiando fazer há muitas semanas.

Rod: Eu sei, meu bem... – tentou chegar perto novamente, levou a mão ao braço dela, mas Rafa puxou e se afastou. Sem repetir a aproximação, o homem insistiu no discurso conciliador – Eu sei que as coisas não andam muito em paz entre a gente, mas você disse que ia me dar uma chance de melhorar.

Cinco Dias (RABIA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora