The House (RABIA VERSION)

Cap. 27

BIANCA P.O.V

– E ai, vai me levar lá? - Perguntava pela terceira vez a minha mãe.

– Filha, já disse que não dá. - Ela disse enquanto se virava para mim. - Tenho que ir até sua escola, reunião lembra? - Perguntou obvia.

– Me deixa ir sozinha então? Juro que volto em uma hora! - Pedi fazendo manha.

– Tem a Rafa, Bia, peça pra ela.

– Tá louca? - Disse alto. Ela tem que tá, só pode.

– Rafaella ou nada meu bem, eu não posso te levar até lá e sozinha você não vai. - Ela disse terminando de organizar a cozinha. - Falando nela, onde ela tá em?... ainda tenho uns assuntos pendentes com ela. - Disse já saindo do cômodo.

– Mãe, será que você pode escutar a sua filha aqui por favor?

– Ah, olha ela aí. Vem Rafa, preciso falar com você agora. - Ela disse já subindo as escadas. Vi a loira se levantar do sofá suspirando, ri de sua cara amedrontada.

– Me deseje sorte. - Ouvi Rafaella falar ao passar por mim.

– Boa sorte! - Desejei entre risos.

Mônica P.O.V

– Fecha a porta. - Pedi assim que minha amiga adentrou o quarto.

– Manda, Mônica! - Ela disse enquanto se jogava na cama.

– Rafa... - A olhei sem saber nem por onde começar.

– Mô... - Me imitou rindo. - Qual é Monica, até parece que nunca tivemos uma conversa assim, é só perguntar ou sei lá.

– É a minha filha agora Kalimann, é diferente. - Disse a encarando.

– Não é diferente, eu entendo que sempre que isso aconteceu você falou com ela e não com quem ela transou. Mas você é minha melhor amiga, todas as vezes que foram importantes pra mim, era pra você que eu contava.

– Rafa, foi com a minha filha agora, entendeu?

– Entendi. - Disse suspirando.

– Como estão as coisas entre vocês? - Perguntei vendo ela se sentar ao meu lado.

– Não existe coisas entre nós Monica. - Ela disse rindo sem humor. - Pra ela é só sexo, por mais que ela diga coisas lindas, que seja extremamente perfeita comigo... é só sexo.

– Ela têm uma namorada Rafaella, você entende que...

– Ou tinha né?! - Disse me interrompendo.

– Elas ainda não conversaram sobre isso, então elas ainda são namoradas sim. - Disse vendo ela revirar os olhos. - Oque há com você afinal?

– Nada Mônica, estou muito bem obrigada. Acho que a ultima vez que passei mau foi...

– Kalimann, você sabe muito bem o quê eu quis dizer.

– Ah, Amiga... - Ela começou tentando fugir do assunto novamente.

– Rafa, isso de você revirar os olhos quando digo que elas ainda são namoradas, dizer que pra ela é só sexo... pra você não é?

– Claro que não Monica, quer dizer é... mas amiga, não tô abusando da sua filha não, que coisa.

– Mas é claro que não, é você quem tá dando pra ela. - Disse vendo ela corar no mesmo momento, ri da sua cara enquanto ela me olhava como se não acreditasse no que eu acabará de dizer.

– Pra sua informação não foi só eu que dei não tá!? - Ela disse rindo, dei um leve tapa em sua perna a fazendo rir mais.

– Respeita minha filha! - Disse entre risos. Rafa me olhou ainda rindo e disparou.

– Eu vou entender caso você queira me dizer que isso é errado, porque realmente é. - Ela começou dizendo, agora levando o assunto a sério. - Ela tem namorada, não me orgulho de ser o possível motivo do fim do namoro mas não me arrependo, então me ajuda Mônica, por que isso sim é errado. - Disse agora me encarando. - Não gosto de ser a outra, não gosto de saber que pra ela é uma atração... por mais que pra mim também era, mas mudou, deixou de ser uma atração e eu nem percebi quando isso aconteceu. Eu só... só estava totalmente entregue a ela. - Disse por fim me encarando enquanto deixava algumas lágrimas disfarçadas caírem por seu rosto.

– Eu não te chamei aqui pra uma bronca Rafaella, mas que bom que você entende que isso é realmente errado, é da minha filha que estamos falando e se isso for continuar, estaremos falando da felicidade dela e da sua também, e você sabe o quanto eu me importo. - Disse enquanto via ela se aproximar deitando-se com a cabeça em meu colo. - Vocês duas vão saber o quê fazer, tenho certeza que vão ficar bem com tudo isso. - Finalizei enquanto afagava seus cabelos.

– Obrigada, espero mesmo que façamos a coisa certa. - Ela disse já se levantando. - Agora vai, você tem uma reunião lembra?

– É tenho que ir mesmo, se cuida viu?. - Disse dando um abraço nela.

– Deixa comigo, ah Mônica eu vou ao mercado vai querer alguma coisa? - Perguntou-me.

– Na verdade vou querer sim, mas não é nada do mercado não. - Disse a olhando insegura.

– Tudo bem, o que é então? - Ela perguntou rindo.

– Bianca precisa ir falar com Mariana, pode leva-lá até lá por favor? - Perguntei vendo ela me encarar séria, balançando a cabeça negativamente. É, iria ser mais difícil do que eu imaginava.

BIANCA P.O.V

– Coloque o cinto. - Ouvi Rafaella dizer assim que entrou no carro, ela havia ficado no mercado para efetuar o pagamento e eu que odeio ter que esperar resolvi vir logo para o carro.

– Qual é o problema Rafa, por que está assim? - Perguntei com a esperança de que ela me dissesse o que estava acontecendo. Desde sua conversa com dona Mônica ela estava sendo rude comigo, isso quando não me ignorava. - O que minha mãe te disse afinal?

– Não há problema algum Bianca, e o quê sua mãe e eu conversamos é algo nosso, você não precisa ficar sabendo de tudo o tempo todo. - Disse ríspida.

– Não fico sabendo de tudo o tempo todo. E sim, alguma coisa aconteceu, até ontem estava tudo bem lembra? - Perguntei para ela enquanto a encarava, ela tinha toda a sua atenção voltada ao transito, me curvei sobre ela depositando um beijo em sua bochecha enquanto repousava minha mão em sua coxa voltando a me sentar novamente. - Passamos um tempão na piscina lembra? - Voltei a perguntar apertando levemente sua coxa. A olhei vendo que ela ainda assim continuava séria, encarando os carros a sua frente. Subi minhas mãos até sua virilha, massageando lentamente sua coxa, ouvi ela suspirar e apertando as mãos em volta ao volante. - Vamos Rafa, você suspirou bem mais alto ontem. - Disse vendo ela fechar os olhos rapidamente quando meus dedos contornaram o zíper de sua calça. Voltei a me curvar sobre o banco afastando seus cabelos para ter livre acesso ao seu pescoço. - O que acha de encostar o carro um pouco? - Perguntei ao pé de seu ouvido, mordiscando-o em seguida. Senti o carro frear bruscamente fazendo com que eu voltasse a sentar-me em meu lugar novamente, vendo a mesma me olhar séria.

– Onde fica a casa da Mariana? - Ouvi ela perguntar com a raiva aparente em sua voz.