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Jasmine 

Eu me arrumei e já me encontrava bem trabalhada esperando Lawara passar aqui em casa. Ela realmente demorava pra se arrumar, eu já estava perto de desistir, quando ela finalmente chegou.

Agradeci mentalmente.

─ Vai passar um mês lá? ─ indago, ao que vejo o volume da bolsa dela. ─ Apenas peguei o básico para levar.

─ Pode ocorrer uma emergência. ─ Ela diz, e eu estreito meu olhar em direção a ela que tosse falsamente. ─ Vou mandar o boy mandar o cara vir.

Lawara está aprontando, eu posso sentir isso.

Demorou um pouco quando o carro chegou. Entramos e já fomos aquecendo porque eu havia comprado uma caixa de cerveja, e no carro mesmo fomos tomando. Cerca de poucos minutos chegamos no Salgueiro e o cara foi logo pra quitinete deixando nós duas para trás. Eu e ela descemos e levamos as nossas coisas para dentro da casa, depois saímos, entramos novamente no carro, indo rumo agora para o baile que acontecia.

E quando chegamos no local, estava mega lotado, música no último volume e muita curtição rolava. Fiquei mais animada agora. Eu estava louca para entrar no meio e dançar junto com Lawara até não aguentar mais.

E foi o que fizemos, eu e ela fomos para o meio daquelas pessoas e começamos a dançar, apenas sendo um aquecimento para agitar nossos corpos. Só sei que bebemos, dançamos várias músicas, ficando muito tempo apenas em baixo da pista.

Até que um garoto se aproximou de nós, avisando a Lawara para subirmos para o reservado. Ela me puxou sem pensar duas vezes, então subimos, e eu só conseguia enxergar bandidos ao meu redor com fuzis na mão.

Meu Deus!

Lawara foi falar com um cara que eu sabia que era o homem dela, nem cheguei perto, fiquei um pouco afastada, encostada na grade. Vez ou outra eu dançava com o típico copo de uísque com gelo na mão que eu havia pedido.

Estava tão concentrada na música e nas pessoas que dançavam, que me assustei, ao ouvir a voz de Lawara bem perto de mim.

─ Cara, o Arthur tá no meu pé querendo que eu vá pra lá, mas eu avisei que eu não vou. ─ murmurou, assim que estava próxima o suficiente de mim. Ela parecia furiosa.

Eu não disse nada. Apenas ficamos curtindo por um longo tempo, até que um garoto bem novo por sinal, venho ao meu encontro.

─ Aí, tu. ─ apontou para mim. ─ 157 mandou descer isso pra tu, pô. ─ meu olhar recai sobre o balde de cerveja. Fico confusa.

Procurei esse tal de, 157, que eu não fazia a mínima ideia de quem poderia ser, mas se ele estivesse por perto eu poderia usar minha dedução ao meu favor. Mas isso não aconteceu.

Quando me virei para olhar para o menino, ele simplesmente já não estava mais lá, me deixando ainda mais confusa. Mas que merda! O que aconteceu agora foi estranho.

Desisti de procurar pelo responsável do balde, então apenas aceitei de bom grado, aproveitando as bebidas grátis.

Se quer me agradar, fique à vontade, mas não espera muita coisa de mim.

Eu já me encontrava muito alcoolizada e Lawara também. Muitas vezes o namorado dela vinha em nossa direção, um total de dez vezes que posso contar, cobrando postura dela, pois ela estava curtindo assim como qualquer pessoa tem o direito de fazer.

Mas quem disse que ela deu ouvidos? Ninguém controla Lawara. Ela não deu nem bola. Ficamos nessa de curtir até que eu senti meu celular vibrar várias vezes seguidas e, assim, vi as mensagens com fotos enviadas para mim, e era dele.

𝙉𝙊𝙎𝙎𝙊 𝙇𝘼𝙉𝘾𝙀 𝘾𝙍𝙄𝙈𝙄𝙉𝙊𝙎𝙊 Where stories live. Discover now