Capítulo 29

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Point of view Bianca Andrade

Acordei no dia seguinte sentindo meu pescoço receber vários beijinhos. Abri um dos olhos rapidamente apenas para certificar-me de que era Rafa e voltei a fechá-lo.

Eu: "Bom dia!"

Rafa: "Bom dia! Melhorou do porre, querida?"

Eu: "Não."

Rafa: "Eu ia trazer um café da manhã pra você, mas iam achar estranho, então trouxe um copo de água, um remédio e um café pra você ficar boa. Levanta, vai." - ela voltou a beijar minha pele.

Eu: "Não precisava, Rafinha. Mas obrigada." -finalmente abri os olhos.

Rafa: "Nada."

Eu: "Cadê a Gi?"

Rafa: "Todo mundo já levantou, meu bem."

Eu: "Que? Todo mundo?" -me sentei na cama. "Ai, que dor de cabeça."

Rafa: "Sim. Toma!" - ela me entregou o café.

Eu: "Nossa, vão me achar uma folgada, que vergonha."

Rafa: "Tá doida? Eu que quis te acordar porque sei que você não gosta de perder o café da manhã, mas todo mundo falou pra eu te deixar dormir mais."

Eu: "Ai, você já me conhece tão bem." - me aproximei dela e deixei um selinho em seus lábios. "Vou beber isso aqui e tomar um banho, aí vou lá tomar café."

Rafa: "Tudo bem. Mas quando cê terminar vai lá no meu quarto que eu quero te mostrar um trem ." - ela me deu um selinho e saiu do quarto.

Fiz toda a minha higiene matinal e me encaminhei para o quarto de Rafa. Dava para ouvir barulhos de muitas conversas pela chácara, devia estar cheia de gente arrumando a festa.

Bati na porta e ao ouvir um "pode entrar", a abri.

Eu: "Oi."

Rafa: "Fecha aí a porta."

Eu: "Fala de novo."

Rafa: "O que?"

Eu: "PoRta." - imitei seu sotaque.

Rafa: "PoRta, poRteira, poRtão." - gargalhei.

Eu: "Ai, tudo pra uma gay safada tik toker." - sentei na cama ao seu lado.

Rafa: "Olha aqui isso que coisa mais linda, nunca te mostrei."

Ela me mostrou dois quadros. Em ambos continha a foto da gente se abraçando e o desenho de como o céu estava no dia que fizemos a igrejinha dentro do BBB e pedimos perdão uma para outra. Mas em um estava escrito o que a Rafa disse para mim, e em outro estava escrito o que eu disse para ela.

Eu: "Meu Deus, que coisa linda."

Rafa: "Sim! Eu recebi um pouco depois de sair da casa, e o cartãozinho dizia que um era meu e o outro era pra eu te entregar se um dia a gente se resolvesse. Queria ter te dado antes, mas acabou ficando aqui em Goiânia."

Eu: "Nossa, tô muito emocionada, olha que delicadeza, tá perfeito." - Não conseguia tirar os olhos dos quadros.

Rafa: "Caramba, não acredito nisso, de novo, já é sei lá a quinta vez só de ontem pra hoje, que absurdo!" - ela se levantou muito brava, indo fechar a cortina do quarto.

Eu: "O que foi, Rafa?"

Rafa: "Os vizinhos ficam olhando aqui dentro ali pela cerca viva." - ela estava tremendo, com os olhos cheios de água. "As meninas já tinham me falado que isso acontece quase todo dia. Acho que tudo tem limite."

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