Capítulo 35

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Odeio falta de diálogo em relações, galeras.

Capítulo enorme e essencial.

Ah, obrigada por tudo. Vocês são incríveis!

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Point of view Rafaella Kalimann

Fui até o elevador de serviço torcendo para que chegasse rápido, e por algum motivo o universo decidiu me ajudar.

Cheguei na portaria e não encontrei Bianca. Saí do prédio desesperada até visualiza-la na calçada, provavelmente esperando um uber ou alguém.

Eu: "Bia! Pelo amor de Deus, não faz assim!" - me aproximei dela. A carioca permaneceu olhando para frente.

Bia: "Vai lá com ele, Rafa." - ela chorava timidamente.

Eu: "Tá doida, Bi? Olha pra mim." - toquei seu rosto e ela virou para o outro lado. "Por favor?"

Bia: "Vai embora, por favor." - ela finalmente olhou para mim.

Seus olhos demonstravam decepção. Sabe quando você apronta e sua mãe não diz nada, não briga, apenas te olha decepcionada? Era mais ou menos esse olhar. Meus olhos marejaram constatando isso.

Eu: "Bia, a gente nunca vai dar certo desse jeito."

Bia: "Acho que o 'a gente' só existia pra mim. Você tá devendo uma resposta pro bonitão lá, né? Ou melhor, pro feio lá." - Eu sorri levemente.

Eu: "Eu omiti coisas de você pra evitar desgaste, admito que errei, e peço perdão por isso, mas eu nunca, nunca mesmo dei alguma abertura pra ele."

Bia: "Vai lá conversar com ele, depois a gente conversa."

Eu: "Amanhã eu vou pra Goiânia, Bia. Cê tem certeza que prefere assim?"

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, apenas olhando para frente.

Eu: "Eu vou lá lutar por nós, Bia. Vou contar tudo pra eles. Você acha mesmo que eu faria isso se realmente não gostasse de você?"

Vimos um carro se aproximar, era um uber e Miguel e Venturotti estavam dentro dele.

Bia: "Me passa o horário do vôo no Whatsapp, te encontro no aeroporto antes de você ir." - ela começou a andar em direção ao carro.

Eu: "Espera." - segurei seu braço. Ela olhou nos meus olhos atenta. "Eu... não esquece tudo que a gente já passou por algo tão bobo, ok?"

Bia: "Eu só preciso pensar um pouco." - tentei dar um beijo em sua bochecha, mas não obtive sucesso pois a carioca desviou e foi em direção ao carro.

Acenei para os dois que estavam dentro do automóvel e quando eles foram embora, subi para o apartamento.

Entrei no local e Rodolffo se levantou sorrindo. Fui em silêncio até sua mala, e a arrastei para o corredor.

Eu: "Vai embora, Rodolffo. Agora!"

Rodolffo: "Como assim, Rafa? Achei que poderia ficar aqui."

Eu: "Achou errado, muito errado. Não sei nem porquê cogitou isso. Vai embora agora!" - segurei a porta e a abri mais.

Rodolffo: "O que tá acontecendo? Por que tá tão irritada?"

Eu: "Eu só quero que você saia daqui." - fechei os olhos, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair.

Rodolffo: "Não faz assim, vamos conversar." - ele começou a se aproximar. "Te enviei tantas flores, tantos cartões, tantas mensagens, e cê não respondeu nada."

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