Capítulo 12 - A Nova Diretoria

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Eu estou chorando por algo que nunca tive. Que ridículo.

- E.L. James

Miguel

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Miguel

Sinto a língua de Matheus passar por cima de meus lábios como se estivéssemos sozinhos, como nos velhos tempos. Entro em pânico quando percebo o que estava acontecendo. Meu ex-parceiro de foda estava me beijando no meio do corretor. Um corredor lotado, nos tornando o centro das atenções naquele instante. Porém, essa não era minha maior preocupação. Percebo isso quando meu beijo foi interrompido por nada menos que uma chuva de socos.

Quando me dou conta, olho para Victor, este completamente tomado pela raiva desferindo bofetadas certeiras no rosto de Matheus. Ele em contrapartida não reagia, não fazia absolutamente nada, apenas recebia a surra. Seu nariz despejava sangue, as bochechas já haviam hematomas vermelhos. Era estranho vê-lo em silêncio com as sobrancelhas franzidas. Por que ele estava agindo desse jeito? E por que esse idiota me beijou? Infelizmente se eu deixar Victor fazer o serviço completo não vai sobrar mandíbula para Matheus se explicar:

— Victor, pare com isso imediatamente. Eu achava que você tinha mais controle sobre si mesmo — Afirmo com tom de nojo e descredibilidade. Isso sempre deu certo para contê-lo, mas dessa vez acabo recebendo um olhar mortal de Victor. Rapidamente percebi que estou lidando com um touro mecânico e que ele não iria parar.

Max me afasta pela gola da blusa, fazendo com que eu engasgue. Nesse momento ele se aproxima de Victor, mas não para interromper a briga. Ele se junta ao brutamonte. No mesmo instante vejo Matheus se encolher recebendo chutes sobre o abdômen. Aqueles garotos estavam descontrolados.

Ótimo, lá se vai minha chance de ter uma vingança apropriada.

Vendo aqueles imbecis batendo no que seria meu antigo companheiro de foda, fico completamente irritado. Eles não tinham esse direito, o que eles estavam pensando? Meu sangue começa a ferver, minha pele aquece rapidamente, mas o maior problema não é esse. Eu sentia como se meu crânio tivesse sido jogado em larva.

Minha cabeça parecia querer explodir a qualquer instante, não estava mais aguentando o som dos socos, das pessoas assustadas no corredor, os gritos que incentivam a briga, o clique das câmeras que filmavam a cena. Tudo isso estava me fazendo enlouquecer. Eu estava no meu limite, minha garganta estava segurando um grito até que quando não aguentava mais solto:

— PAREM COM ISSO! — Porém meu grito não foi a única coisa que ecoou pelo corredor. Duas explosões fizeram com que uma algazarra iniciasse. A briga dos meninos finalmente parou, porém eu vi três cenas desoladoras.

Duas crateras se abriram no meio das paredes que circundam o corredor, uma de cada lado. Alunos corriam desesperadamente entre a poeira e destroços que se espalharam por todo o lado. Entretanto nada disso importava. Max estava caído sobre o chão de bruços. Um corte profundo fazia com que seu sangue cobrisse todo seu rosto, e para completar, uma pedra manchada de sangue estava jogada ao seu lado. Victor me olha arfando visivelmente assustado... Comigo. Eu não ligava para o resto da escola, a explosão ou a correria agonizante que ocorria ao meu redor. Eu apenas me ajoelhei ao lado de Max pegando sua cabeça com delicadeza e colocando-a sobre minhas pernas.

Garotos Infames - CONCLUÍDODonde viven las historias. Descúbrelo ahora