A Família Cullen

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Naquela noite, Leah teve uma noite de sono extremamente agradável, ainda mais do que o normal e, quando amanheceu, ela não pôde deixar de se lembrar do lindo sonho que tivera com o falecido pai, onde ele lhe pedia para tentar seguir em frente, tentar romper todas aquelas lembranças e ser feliz com Lucian... Espere, por que raios ele lhe pedia para ficar com Lucian? Nem sequer conhecia o rapaz.

― Isso é um absurdo! – pensa ela, saltando da cama no segundo seguinte.

Longe dali, na hospedaria, o trio cherokee também usufruiu de uma ótima noite de sono, com Hana e Kiary num quarto, e Lucian sozinho em outro. Pela primeira vez em décadas, estavam dormindo sem medo de serem atacados durante o sono, podendo relaxar inteiramente e dormir uma noite inteira, despreocupados com turnos de vigia.

Quando os primeiros raios de Sol adentraram a janela do quarto de Lucian, ele desperta e se levanta. Ainda cambaleando, se dirige ao banheiro e, depois de lavar o rosto com uma boa quantidade de água gelada, fitou sua imagem no pequeno espelho do local. O lobo trajava a mesma calça do dia anterior, porém, agora sem camisa e de cabelos soltos, o que evidenciava a aparência juvenil que carregava há anos.

Ela fecha os olhos por alguns segundos e pela primeira vez, agradeceu aos céus pela constante presença de vampiros em sua vida, pois o fizeram congelar no tempo e preservar sua juventude para conhecer Leah, muitos anos depois. Afinal, uma garota tão bonita não iria se interessar por um velho decrépito...

Lucian sai do quarto apressadamente, entrega a chave de seu quarto na recepção e procura um local agradável no exterior do prédio para se deitar e sentir os raios de Sol em sua pele, antes que o tempo fechasse novamente sobre a cidade. Um gramado perto à hospedaria parecia o lugar ideal e, sem pensar muito, Lucian se deita sobre a grama e fecha os olhos, deixando que a parte despida de seu corpo aproveitasse a manhã de Sol.

O tempo passa rapidamente. Kiary é a segunda a acordar e ansiosamente procura pelo seu alfa, o encontrando em poucos minutos. Ela se aproxima lentamente, mesmo sabendo que teria sua presença notada, e se deita ao lado de Lucian, depositando o dedo indicador em seu abdômen e deslizando-o pelos contornos masculinos que tanto desejava para si.

― Bom dia, Lucian, com saudades de casa?

― Por que você acha que estou como um lagarto tomando Sol? É claro que é saudade de casa, saudades daquela região quente, do Sol queimando em minha cabeça, do chão queimando a sola dos pés... Agora, você poderia parar de se aproveitar de mim? – questiona, mudando de assunto de repente e agarrando a mão da menina com força, fazendo-a parar com o que fazia.

― Vai me dizer que não sente nada quando o acaricio assim? – Deita-se sobre o tronco do rapaz. – Fale sério, Lucian, aquela história de imprinting não pode ter sido verdade.

― Foi verdade. – Pausa. – E saia de cima de mim. Sempre soubemos que não fomos criados um para o outro, que um dia o imprinting chegaria... Não se iluda comigo, Kiary, pois nunca incentivei sua atração por mim, você é minha irmã de bando e a respeito como tal. Agora vamos nos arrumar para irmos à casa de Sam, ele nos apresentará aos aliados hoje.

― Curto e grosso, como sempre – sussurra ela após a saída do alfa –, mas eu não quero ser apenas a sua irmã de bando.

O Sol já estava a pino quando os Filhos da Lua se encontraram com o bando quileute – utilizando a mesma roupa do dia anterior – e juntos foram para o lugar do encontro. Os lobos corriam apressados, sendo seguidos com apenas um pouco de diferença pelo trio cherokee, fazendo Seth imaginar à que velocidade eles poderiam correr se estivessem realmente transformados.

LeahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora