Capítulo 51

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Estamos na cozinha preparando nosso café da manhã, quando ouvimos o som da minivan da Sra. Kavinsky sendo estacionada na garagem da casa de Peter.

- Eu... eu vou ver se ela precisa de ajuda para descarregar as coisas do carro... – ele diz e corre até a porta.

- Ok. – respondo, com um meio sorriso.

Escuto o som da porta se abrindo.

- Oh! Isso tudo é saudade de mim? – ouço a voz da Sra. Kavinsky dizer.

Não consigo segurar a minha curiosidade, então me inclino até conseguir vê-los.

Peter está levantando a Sra. Kavinsky nos braços e dando beijos em todo o seu rosto.

Ele era um bom filho. Por isso era um bom namorado. E um dia seria um bom esposo e um ótimo pai.

- Se eu soubesse, tinha passado um tempo fora de casa antes. – a Sra. Kavinsky fala, sorrindo ao olhar para ele. De repente ela olha na minha direção e me vê. Abro um sorriso. – Ah! Entendi o motivo dessa alegria toda...

- Bom dia, Sra. Kavinsky. – eu a cumprimento de longe.

- Bom dia, minha querida! – ela responde. – Encontrou alguém para cuidar de você enquanto eu estava viajando, não foi? – ela pergunta para Peter.

Na verdade, era a sua mãe quem tinha me convidado implicitamente para ficar nesses dias na sua casa, mas tudo bem.

- Encontrei sim. – ele diz, com um sorriso debochado e pisca o olho para mim.

- Espero que ele não tenha lhe dado muito trabalho. – ela fala olhando para mim.

- Não deu, não. - respondo, sentindo minhas bochechas corando.

Na verdade, ele tinha dado sim, mas não naquele sentido que a Sra. Kavinsky estava me perguntando.

Depois de dois dias tão intensos, eu estava até um pouco feliz em poder descansar um pouco na minha casa.

Meu corpo estava bastante dolorido pela noite anterior, principalmente nas áreas onde Peter havia me apertado com um pouco mais de força. Notei até algumas manchas arroxeadas, mas ele aparentemente ainda não havia percebido.

Abrir os olhos naquela manhã foi até um pouco difícil, por isso já passavam das dez horas da manhã e ainda não havíamos tomado café. Mas a fome acabou vencendo o meu sono.

Peter põe sua mãe no chão e sai da casa. A Sra. Kavinsky caminha até mim.

- Então você decidiu o que vai fazer depois que o seu curso na França acabar? – ela pergunta, quando estamos a sós na cozinha.

- Decidi sim. Como a senhora disse naquele dia, confeitarias a gente encontra em todo lugar...

- Mas meu filho, não.

- Seu filho, não.

A Sra. Kavinsky sorri e abre os braços para mim.

- Bem-vinda de volta, minha querida!

Aproximo-me e a abraço.

Quando nos separamos, vejo Peter parado na porta da cozinha, com um meio sorriso no rosto e os olhos marejados, enquanto segura algumas sacolas de compras nas mãos.

Enxugo uma lágrima que escorreu dos meus olhos e volto para o balcão para continuar o que estava fazendo quando a Sra. Kavinsky chegou.

- A senhora está com fome? – pergunto.

- Para falar a verdade... estou morrendo de fome!

A Sra. Kavinsky começa a contar sobre a sua viagem. Ela havia visitado algumas casas antigas em um estado vizinho para garimpar algumas coisas para a loja. Era a primeira vez que eu a ouvia falar por tanto tempo.

Para sempre sua, Lara JeanWhere stories live. Discover now