• Fireproof •

Ascaríase

LEIAM OS AVISOS DO FINAL DE CADA CAPÍTULO. É FUNDAMENTAL. ALGUMAS VEZES EXISTEM ILUSTRAÇÕES PARA QUE SE ORIENTEM NA PAISAGEM.
NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR E CURTIR.

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Deku alsou vôo até a Cidade Das Águas Calmas, levando consigo o cajado que projetava sua magia.
Ele se sentia estranho, como se a brisa sussurrasse em seu ouvido, soando velha e nova, antiga e atual, como uma cantiga em um vulto de sussurros. Vá mais rápido. Você precisa ir mais rápido. Haruki. Haruki. Haruki.
Algo dentro do seu peito gritava e martelava forte, e ele não conseguia entender o motivo. Por sua confusão, acabou acelerando o bater das asas.
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Ascaríase se encontrava no meio da Ilha, gigante e poderosa, se estendia ao céus com casas e cabanas flutuantes pela magia. Era em grande parte habitada pelos seres do primeiro reino, do Ar. Ao centro, uma gigantesca árvore se estendia infinitamente aos céus, e em suas raízes uma gigantesca bacia de águas cristalinas se entendia a quilômetros de diâmetro, sendo todas seguradas pela própria árvore. As folhas eram de um vermelho intenso que brilhava e cintilava na luz solar, provocando shows de luzes avermelhadas, alaranjadas ao por do sol. Ela era sagrada, originada de dois amantes que deram a vida um pelo outro. A árvore cresceu a partir do sangue e a bacia de água se encheu por suas lágrimas. Todos os quatro povos, Ar, Terra, Água e Fogo eram responsáveis por mante-la. Ela emanava energia e controlava a magia dos seres presentes naquela terra.

Um grande grupo de fadas, elfos e algumas outras criaturas se amontoavam ao redor das bordas das raízes, curiosos e assustados. Izuku já sabia muito bem o motivo do alvoroço.
Ao avistaram o seu rei, algumas fadinhas mais velhas se puseram de pé e fizeram reverência, fazendo o de cabelos verdes sorrir e balançar a cabeça.

- Nao precisam fazer isso, crianças.
- Mas nós sempre vemos os mais velhos fazerem... - Disse uma das fadas menores. Ela possuía um cabelo azul celeste muito bonito, preso em uma trança ao alto da cabeça, revelando as maçãs do rosto fundas e as orelhas pontudas. Ela possuía lindos pares de olhos verdes amendoados, e parecia ser durona e curiosa.
- As vezes os mais velhos exageram um pouco. Não acho correto vocês fazerem isso. Somos todos iguais aqui. - Ele continuou, paciente e passando a mão no cabelo da garota, sorrindo em seguida. A garotinha sorriu também, concordando em respeito ao líder.
- Agora me deem licença. Preciso...Resolver isso. Viram Haruo?

Uma das garotas soltou uma bufada de ar, cruzando os braços. Ela tinha cabelos desgrenhado e selvagens, além de sardas em grande quantidade e olhos amarelados como os de um gato. Izuku conhecia aqueles olhos.

- Hideaki? Hunf, aquele idiota. Não apareceu em casa desde ontem, meus pais já o procuraram em todos os lugares. - Disse a garota. Pela intimidade que proferiu o primeiro nome de Haruo e a semelhança, devia ser irmã dele.

Concordei com a cabeça e me virei, caminhando para a entrada da árvore. Ela era tao gigantesca que os povos fundaram o Castelo dos Quatro Reinos ali dentro, e era usado para reuniões entre os povos. Deku subiu as escadas, em direção aos aposentos de discussão. No meio do caminho, ouviu novamente a brisa sussurrar em seu ouvido.

Haruki...Haruki...

Ele piscou, olhando em volta, a procura do que estava o chamando.

Fuyuki? Isso não tem graça! Volte aqui!
Ele avistou uma porta no fim do corredor, a voz vinha de lá.
Ela era familiar, e causava arrepios às costas do garoto. Ele piscou, confuso.

Haruki! Haruki!

A voz foi se tornando mais clara, mais grossa e rouca, melódica. Aquilo mexeu com o coração de Deku, que sentia como se já tivesse ouvido aquilo antes.
Ele caminhou pelo corredor, até uma porta. Era a sala de casos especiais. Levou calmamente as mãos até a maçaneta e a girou.