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Anastácia tinha terminado seu café, e esperava ansiosamente por Constance. Nina e Erik tinham ido até o lago, pois a criança queria colher flores para presentear Anastácia. Edmund chegou apressado, já era quase de tarde, trazendo com ele Constance e seu filho, Junior.

A criança se alegrou ao ver a jovem e correu a abraçando. Por sua vez, Constance estava apreensiva, pensava que algo de ruim tinha acontecido com sua amiga, mas foi um alívio ao ver a jovem bem e feliz.

- Oh, Anastácia. Que bom te ver novamente! Estava com tanta saudade. A mulher abraçou a jovem sob lágrimas.

- Eu também!! Estava morrendo de saudades de vocês. Sinto muito, não queria dar preocupações.

- Não foi isso, e sim... esse senhor, todo elegante bater na porta de minha humilde casa. E me trazer até aqui .... Essa mansão .... Ela é .... Muito comentada no vilarejo. Constance sussurrou.

- Ah, sim. Eu falei que morava um pouco longe, bem .... É aqui, e....

- Você está sendo mantida aqui? Querida, se estiver pisque duas vezes. A mulher se aproximou e discretamente sussurrou no ouvido da jovem.

- Oh... não, claro que não! Eu estou bem, na verdade... A jovem corou, ao mesmo tempo Nina e Erik chegaram animados.

- Boa tarde, lindas damas. Erik estava sorrindo e pousou sobre a mesa um ramalhete de flores.

Nina correu alegremente com uma flor em mãos e entregou para a jovem

- B...boa tarde. Constance ficou paralisada ao ver o homem, suas vestes e sua presença remetia algo sombrio.

- Isso ... Que estou tentando falar, Constance... Eu e Erik estamos juntos. A jovem deu um breve sorriso e pegou na mão do homem.

- Sério? Quer dizer...olhando assim vocês formam um ótimo casal. Mas, amiga... Eu ... É estranho, não que seja ruim! Não... Eu fico contente em te ver tão bem. Oh, eu queria esfregar isso tudo na cara daquela vadia, que é sua madrasta! A mulher cruzou os braços irritada.

- Sobre isso... Acho que será concedido seu desejo, senhora. Erik ri e acaricia as costas de Anastácia.

- Ah... Eu não entendi. O que ...

- Edmund você pode ficar aqui e olhar Nina e seu novo amiguinho? Erik percebe que a criança já estava conversando sem parar com o garoto, que a olhava de forma divertida.

Caminhando até o escritório, Anastácia retirou de uma gaveta as cartas e explicou tudo para Constance, que lia cada linha daquele documento com pesar.

- Vagabunda! Eu sempre achei que Innes fosse uma desgraçada, mas isso? Isso é demais! Ela é doente... Constance xingava aos quatro ventos a madrasta da jovem.

- Minha amiga, conte comigo. Eu irei imediatamente esfregar na cara daquela velha, que você está bem ... Tão bonita e está sendo amada ... Constance cerrou os punhos e gesticulou algo

- Não ... Nós temos um plano. Amiga, eu sei que pode soar estranho, mas iremos dar a Innes uma baita surpresa. Anastácia se aproxima de Constance, se sentando na poltrona.

Erik ficou quieto, iria apenas concordar e falar apenas o necessário, ao observar a jovem explicando tudo para a mulher.

- Então ... eu irei espalhar a notícia de sua morte? Mas.... É mentira, eu irei mentir?? Constance olhou preocupada a jovem.

- Com a partida do monstro, vulgo eu. Iremos começar os rumores de uma nova família, muito rica que irá dar uma festa de boas-vindas a todos do vilarejo, um pretexto para todos virem. Erik quebrou o silêncio em que estava.

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