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O jogo contra Corvinal foi um sucesso imenso para a Sonserina.

No campo não existia Antony, nem Anna, nem briguinhas e nem nada. No campo, era Draco a procura do pomo de ouro e Aurora derrubando os outros da vassoura. Como sempre, ela tinha protegido Draco sempre que um balaço ia pra cima dele, e naquele momento em que os dois estavam voando juntos, lá encima, tão longe do chão, parecia que estavam voando pra longe dos problemas, finalmente entrando em sintonia.

Não ligaram para os flash's das cameras de Lenne, e nem para seus respectivos parceiros que estavam os olhando. Era o único lugar aonde conseguiam ser reais parceiros de novo, e aquilo era bom.

Mas logo, o pomo de ouro se acomodou nas mãos de Draco, e com a vitória nas mãos, tiveram que descer.

- Vencemos! Estamos na final! - Draco se anima.

- Vencemos!

Quando Aurora foi para o abraçar, viu seu caminho sendo interrompido por uma lufada de cabelos loiros que agarraram Draco primeiro. Aurora deu um passinho para trás, vendo os olhos do menino, Draco estava muito sem graça, parecia chateado, mas Aurora não ficou ali para ver o que mais conseguia descobrir em seu olhar.

Virou as costas e foi para junto de Oliver, comemorando com ele, deixando Draco com Anna.

A comemoração, como sempre, foi no Salão Comunal da Sonserina, aonde contrabandearam comidas e bebidas, encheram bexigas e festejaram pelo resto da noite. Aurora se juntou a Oliver e alguns outros alunos, mas estava fazendo de tudo para evitar Draco ali, se via o menino se aproximando, ela saia de fininho, principalmente se ele estava com Anna na cola, o que sempre estava.

Quando finalmente se cansou de ficar dando voltas para o evitar, sentou-se com Pansy em um sofá, expulsando dois garotos do primeiro ano dali.

- Não pode correr dele pra sempre. - Pansy lembra.

- Não pra sempre, só até que eles dois terminem.

- Para com isso! - As duas acabaram por dar risada. - Um dia, Aurora, vocês dois ainda vão simplesmente admitir que gostam um do outro, e tudo isso vai acabar bem.

- Não é que eu goste dele. É só que... Ele é meu melhor amigo, e eu sinto ciúmes.

- Uhum. Ok. - Desdenhou. - Se me permite agora, eu acho que eu vou tentar as minhas chances com um garoto que eu vi. Você e Draco já beijaram alguém, não quero ficar pra trás. Tchauzinho!

- Boa sorte! - Aurora deu risada.

E enquanto Pansy se afastava, Aurora percebeu que ela não estava indo ver garoto porcaria nenhuma. Draco estava se aproximando, estava sozinho, e Aurora podia apostar tudo que Pansy tinha inventado aquilo pra poder largar eles dois sozinhos ali.

- Ah, desgraçada... - Murmurou.

Tarde de mais até mesmo para bolar um plano pra sair de fininho, quando percebeu, Draco já estava se sentando ao lado dela.

- Ei! Tudo bem?

- Tudo sim. - Sorri pra ele. - E você?

- Sim, tirando o fato de que você esta me evitando a noite toda.

- Não estou não. - Mentiu.

- Ah, Aurora, nenhum de nós é idiota. Eu sei quando você esta chateada comigo, e sei quando esta me evitando. - Deu um sorrisinho sem graça. - É parte de ser seu melhor amigo, eu sei tudo sobre você. É por causa da Anna, não é? Você não parece ir muito com a cara dela.

Ah, a vontade de soltar tudo o que ela sentia sobre Anna foi grande. Mas as palavras de Draco no campo voltaram a sua cabeça. Eles eram melhores amigos, se apoiavam em tudo... Ela devia isso a ele.

- Ta doido, Draco? Nada haver. Ela é... - Não tinha complemento nenhum para dar a menina. - Vocês dois são... - Terríveis, péssimos, um nojo... - Ela parece gostar de você.

Draco da de ombros:

- Acho que sim.

- Você acha? Estão juntos a algumas semanas, você deveria saber.

- Queria que gostar de alguém fosse tão fácil assim. - Ele a olhou, os olhos de tempestade intensos sobre ela.

- Também queria. - Aurora suspirou.

Draco da uma risadinha amargurada, o próximo comentário não saiu tão amigável e despreocupado quanto ele queria:

- Problemas no paraíso?

- Paraíso? Não to nem perto de paraíso algum. - Ela riu.

- Pensei que você e Antony estivessem bem.

Aurora deu de ombros, meio desconfortável, desviou os olhos. Mas Draco queria muito saber daquilo, então segurou a mão de Aurora, chamando sua atenção de volta para ele:

- Qual é? Pode me contar Aurora, sou eu.

E por ser ele ela não podia dizer tudo. Queria contar que sentia que Antony e ela não iriam durar muito tempo, queria dizer que cada dia ela percebia que não ligava tanto para aonde Antony estava, ou o que ele estava fazendo, ou com quem, não ligava tanto quanto ligava sobre Draco. E por ser Draco ali, ela não podia contar tudo.

Suspirou, ela odiava aqueles novos sentimentos idiotas, só vieram para atrapalhar tudo.

- Aconteceu alguma coisa com vocês? - Ele pergunta, baixinho. - Ele fez alguma coisa? Falou algo que não deveria? Minha oferta pra quebrar a cara dele ainda esta de pé, se quiser.

- Não. - Ela negou rapidamente. - Não, não foi nada disso. Só acho que... - Suspirou. - Não acho que esteja rolando muito, sabe?

- E por que?

Deu de ombros para se barrar de dizer o que realmente queria dizer.

- Não conversamos muito, sabe? Na maioria do tempo ele so fica me elogiando, ou andando por ai juntos, é como se eu fosse um troféu que ele ganhou. Me sinto mais em um desfile do que em um namoro, não é assim mais tão divertido.

Draco concordou, devagar, pensando naquilo. Aurora gostava de ser os centros das atenções, por ser quem era, por conta de um jogo, por algo incrível que tenha feito na aula. Conquistas, ela gostava de ser vista por suas conquistas, por ela. A todo o caso, a maioria de suas conquistas foi por seu mérito, ou junto com seus amigos, e ela adorava ser os centros das atenções por isso. Mas não era um troféu, não era um prêmio, e não aceitava que fosse vista como um. Draco sabia bem disso.

- Já disse isso pra ele? - Draco perguntou. - Talvez se você dissesse o que pensa, poderia evitar muita confusão, poderia concertar as coisas.

Ah, como Draco queria poder ouvir seus próprios concelhos. Se fizesse, talvez pudesse acabar com tudo aquilo.

- Acho que sim. - Aurora concorda, acaba por dar um sorrisinho ao amigo. - Obrigada, de verdade.

- Por nada. - Sorri. - Vai parar de fugir de mim quando eu estiver com a Anna agora?

- Não. - Se levantou, deu um sorrisinho para ele. - Amo você, é meu melhor amigo, e apoio suas decisões. Mas não de tão perto assim.

- Justo. - Da de ombros.

Aurora o da um sorrisinho antes de sair dali, deixando Draco a pensar, se deveria ou não seguir seu próprio concelho.

🐉

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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora